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Uma nova saga: como levar o futebol feminino à sala de aula #01

 Como surgiu o tema e qual a motivação da minha pesquisa

Eu, Larissa Campesan, colunista do futebol feminino aqui no LF estou no último ano do ensino médio e decidi fazer a minha parte fomentando o futebol feminino. Assim, decidi usar o tema como objeto de estudo, segue aqui, a minha motivação e a história.

Eu sempre ouvi falar da nossa rainha do futebol, a Marta, mas nunca tinha visto um jogo dela realmente. Foi em 2016, durante as Olimpíadas do Rio que eu vi meu primeiro jogo da seleção feminina de futebol. Até hoje eu lembro das marcas do discurso que a Marta fez, palavra por palavra e foi ali que algo surgiu. Mesmo assim, foi só em 2018, durante a Copa do Mundo da Rússia (masculina) que eu me envolvi 100% com futebol. 

Foram muitos os motivos para eu estar no ritmo do futebol, já que cresci em uma família que todos assistem os jogos e os homens já jogaram ou ainda jogam. E como eu já entendia mais da vida que em 2014, quando teve a Copa no Brasil, eu acompanhava mais a seleção brasileira. E também, meu professor de educação física estava trabalhando o tema, tanto que eu lembro claramente quando o Prof. Alisson Rosa mencionou que existia a Copa do Mundo feminina, essa, que começou apenas em 1991.


Na hora eu tive um choque, porque não era tão claro assim as diferenças entre ambas as modalidades, como nasceu em mim a curiosidade, perguntei mais, porém, meu professor não sabia muito. Então, eu fui atrás.

Foi ali, o meu primeiro choque, depois, com uma pesquisa, eu vi que o meu time do coração, o Corinthians, tinha uma equipe feminina e iria jogar contra a equipe da minha cidade, Ferroviária, que é tradicional dentro da modalidade. E aí, veio o segundo choque. Que mesmo vivendo em um núcleo da base feminina, eu nunca acompanhei de perto os jogos.


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Estádio Doutor Adhemar de Barros - "Arena da fonte luminosa" (Reprodução/acervo pessoal)


Depois de dois choques eu passei a tentar acompanhar o Corinthians e a seleção brasileira, assisti à Marta recebendo o prêmio FIFA The Best e passei a entender melhor a modalidade. Mas, mesmo que eu já estivesse acompanhando um pouco, eu não sabia muito, foi apenas em 2019, vendo todos os jogos da Copa do Mundo na França, que eu me viciei. 


Passei a assistir todos os jogos; saber das equipes; ir em alguns jogos na minha cidade; conhecer as jogadoras do meu time e até mesmo a escrever aqui e espalhar o futebol feminino para todos os meus amigos. Em 2020, antes dessa pandemia louca, eu estava carimbando presença nos jogos da cidade, fiz amizades no estádio - porque, depois de ir à final do Campeonato Brasileiro A1 em 2019, o primeiro jogo, eu amei a sensação de assistir a um jogo no estádio e conhecer jogadoras e jornalistas. 



Estreia da Ferroviária pelo campeonato brasileiro A1 em 2020 (Reprodução/arquivo pessoal)

Também conheci todas as dificuldades que o esporte traz, percebi a mudança que estamos vivendo e pensei: “como começa a transformação?”. A resposta é simples, com conhecimento, e vi na minha escola uma oportunidade. 


Na minha escola, no último ano do ensino médio, no CE SESI 339, tem uma matéria chamada “EIXO Integrador Interáreas - Pesquisa em Foco”, que busca incentivar o aluno a ser o protagonista, pesquisar, desenvolver e estudar sobre algum tema específico, e, neste ano, eu poderia escolher o tema que quisesse. Decidi então, que queria trazer a pauta do futebol feminino brasileiro para sala de aula. Um desafio! 


Assim, eu poderia fazer a minha parte, quanto ao incentivo do futebol feminino. O meu professor da disciplina, Prof. Renan Gauthier, gostou da ideia e pediu para eu pensar e delimitar cada vez mais o meu tema, para escrever e construir um projeto. Experimentando assim, a escrita acadêmica, técnica, seguindo os padrões da ABNT, como se fosse uma iniciação científica. Com a ajuda também do meu orientador, Prof. Guilherme Pimentel.


Comecei a pensar então, meu tema geral seria evolução histórica; o tema específico, a mulher no esporte no brasil; o objetivo geral, análise da mulher no futebol ao longo dos anos e objetivo específico, a situação do futebol feminino pós copa 2019; foi assim então, que nasceu a minha pesquisa: “Futebol feminino brasileiro: resistência e empoderamento” 


E, pensando nisso, decidi divulgar os resultados que estou obtendo durante essa pesquisa, porque assim, eu consigo levar para além da sala de aula. A partir de hoje, então, começo uma série de textos para inteirar vocêsdo futebol feminino brasileiro. Espero que me acompanhem nessa! 


Um abraço e até a próxima, Larissa Campesan (@fclarisz_)

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