Apresentador,
empresário e dono de fortes opiniões, Milton Neves é sinônimo de entretenimento
e futebol no cenário Brasileiro.
Atualmente apresenta "Gol o grande momento do
futebol" e o programa "Terceiro Tempo", na Rede Bandeirantes de Televisão. Com
muito humor e informação, Milton cria polêmicas com suas declarações, alfineta
clubes e jogadores, mas consegue manter o alto nível de credibilidade e
informação.
O
apresentador, que começou no rádio aos 17 anos de idade, nos concedeu uma
entrevista e falou um pouco sobre o início de carreira, o Futebol Brasileiro e
o momento que mais o abalou emocionalmente.
Gostaríamos
de agradecer pela disposição em nos atender e conceder essa entrevista.
Agradecemos também toda a assessoria que foi atenciosa conosco.
Confiram
a entrevista:
Conte
um pouco sobre seu começo de carreira.
Não
foi fácil, primeiro na saudosa Rádio Continental de Muzambinho-MG. Depois, na
Rádio Colombo, de Curitiba-PR. Na capital paranaense também fui estudar. Passei
frio, fome e uma saudade enorme de Minas Gerais.
Como
comunicador você tem uma longa e brilhante trajetória profissional. Qual você
considera o momento mais marcante da sua carreira? Você acha que a mídia
influencia na questão dos altos salários pagos a jogadores pelos clubes
atualmente?
Tive mais do que poderia
imaginar. Cada domingo é uma satisfação, fazendo rádio e televisão. A cobertura
do trágico 1º de maio de 1994 (morte de Ayrton Senna) foi marcante,
infelizmente. Presenciar o título do Santos no Pacaembu na Libertadores de 2011
foi uma emoção maravilhosa.
Com relação aos salários
dos jogadores, aqueles que ganham muito bem (e são poucos) recebem de acordo
com o retorno que dão aos seus clubes e respectivos patrocinadores.
Dentre
toda sua carreira, qual foi o fato no mundo esportivo que deixou você mais
abalado emocionalmente?
A
mim e muitas outras pessoas, a morte do Ayrton Senna. O 7 a 1 da Alemanha sobre
o Brasil também foi um "baque" forte, guardadas as devidas proporções.
Como
você trata o amor e o ódio de seus telespectadores?
Faz parte. É impossível agradar a
todos. Nem tenho essa pretensão.
Acha
que o fato de declarar publicamente o time que torces te prejudica de alguma
forma no teu trabalho? Se pudesses orientar a quem está começando, achas melhor
dizer para essa pessoa declarar amor por seu clube ou esconder para si?
Na Copa de 90, no lobby do Hotel
Polo, em Roma, entrevistei o genial Armando Nogueira, que me disse que
jornalista esportivo não só pode como deve ter um time de futebol de coração e
torcer pela seleção brasileira. Concordo integralmente com o Armando Nogueira.
Você
chegou a um patamar da sua carreira em que já pode demonstrar suas preferências
quando se trata de times brasileiros. Porém, a maioria dos jornalistas
esportivos ainda tem que mostrar imparcialidade, até mesmo para não perder o
publico do rival e não ser hostilizado em narrações e comentários. O que você
considera mais difícil e até que ponto um jornalista/ comentarista pode ser
julgado pela comemoração diferenciada de um gol do seu time do coração? E qual
seu o segredo para se manter parcial e ainda ser seguido e admirado por
torcedores de todos os times brasileiros?
Acho perfeitamente possível você
declarar seu time e, mesmo assim, continuar sendo respeitado por ouvintes,
leitores e telespectadores.
Por que
o Brasil não consegue revelar tantos jogadores de qualidade como antigamente?
Quais os pontos fortes e fracos que o futebol brasileiro enfrenta no momento?
Perdemos aquela vastidão de
campinhos de várzea, não é mesmo? Da quantidade surge a possibilidade em se
obter qualidade. Mas não é apenas isso, há também a dificuldade em se
manter os jogadores nos clubes brasileiros, isso atrapalha.
No
futebol brasileiro os times do Nordeste sofrem preconceito? Se sim, qual o
principal fator que gera esse preconceito?
A mídia sempre olhou mais para o
Rio e São Paulo. Minas e Rio Grande do Sul vindo na sequência. É uma pena,
porque o futebol do nordeste, norte e centro-oeste tem uma linda história. Bahia
e Sport Recife, entre outros, já estiveram no topo do futebol brasileiro.
Há uma
diferença gritante entre os clubes brasileiros e europeus. Em sua opinião, isso
se deve principalmente a quê?
Dinheiro e organização.
Depois
do 7x1, o Dunga foi escolhido para reformulação na seleção. Em uma de suas
declarações, o técnico falou que a tática engessa o jogo e que não deveria ser
treinada desde pequeno, porque acaba com o estilo brasileiro. O que você achou
da escolha? Decisão certa para assumir a seleção? Se não, quem você
contrataria?
Dunga foi bem em 2010, apesar do
erro absurdo em não ter levado Neymar e Ganso para a África do Sul. Penso que
pode novamente fazer um bom trabalho. Não acredito que se ele fosse o técnico
da seleção na última Copa teria perdido de 7 a 1 para a Alemanha. Por justiça,
o escolhido deveria ter sido o Tite.
Você
que já viu varias gerações defendendo a seleção, o Brasil voltará a ser temido
pelos adversários?
O Brasil continua sendo temido.
Claro, o 7 a 1 minimizou esse impacto da camisa canarinho. Mas temos Neymar.
Quem não vai temer jogar contra um jogador como o Neymar?
Por
fim, deixe uma mensagem aos seus fãs, aos que buscam ter sucesso como você.
Trabalhem muito. Quanto mais
vocês trabalharem, mais sorte terão! Grande abraço!
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