Pode-se afirmar que os paraguaios
são a quarta maior força do futebol sul-americano em se tratando de Copa
América. São dois títulos do torneio e seis vice-campeonatos. A ida as quartas
de final da Copa do Mundo de 2010 e o vice-campeonato da Copa América de 2011,
fizeram do Paraguai uma Seleção em contínua ascensão na América do Sul. Na
época, o país vivia uma fase iluminada. O seu melhor momento desde 1953 e 1979,
quando se sagrou campeão continental. Entretanto, a não classificação para a
Copa do Mundo de 2014, tendo terminado as Eliminatórias vergonhosamente na
última colocação, colocou em xeque todo o trabalho. Foi a pior campanha já
feita pela seleção paraguaia na história, que culminou com a interrupção de uma
sequência de quatro participações consecutivas no Mundial.
Agora, sob o comando do técnico
Ramón Díaz, a seleção precisa juntar os cacos e se reerguer. O treinador já
salientou que seu principal objetivo é fazer com que os paraguaios
classifiquem-se para a Copa do Mundo de 2018. Portanto, o momento é de
recuperação da autoestima. A Copa América servirá como um grande teste, já que
a equipe caiu em um grupo dificílimo, ao lado das grandes potências
sul-americanas Uruguai e Argentina e da Jamaica, seleção convidada que busca
surpreender. Avançam para a próxima fase as seleções líderes e vice-líderes de
cada grupo, bem como os dois melhores terceiros colocados gerais.
Para buscar uma boa campanha no
torneio, a lista de convocados conta, principalmente, com jogadores
experientes. O principal destaque é o atacante Roque Santa Cruz, maior
artilheiro da seleção. Outros nomes de peso são o também atacante Lucas
Barrios, o goleiro Justo Villar, que já participou de três Copas do Mundo e é
figura carimbada na lista de convocados do Paraguai desde 1999, e o meia Óscar
Romero (irmão de Ángel Romero, jogador do Corinthians), jovem revelação do
Cerro Porteño que agora joga no Racing.
O Paraguai também conta com nomes
conhecidos do futebol brasileiro: Víctor Cáceres, que joga no Flamengo, os
laterais Miguel Samudio (ex-Cruzeiro) e Iván Piris (ex-São Paulo) e o volante
Eduardo Aranda (ex-Vasco).
Na última edição, jogada na
Argentina, os paraguaios foram a grande pedra no sapado do Brasil. Na primeira
fase, as equipes empataram pelo placar de 2 a 2. Nas quartas de final,
novamente se enfrentaram e o Paraguai avançou de fase, após empate no tempo
normal e vitória por 2 a 0 nas penalidades. Na grande final, os paraguaios não
foram páreos para o Uruguai, que venceu por 3 a 0.
A seleção paraguaia não tem
nenhum grande craque. Nada de especial em termos de habilidade. Mas, com
certeza, muita garra. Força. Raça. Vontade. Características herdadas de seus
antepassados guerreiros, os índios guarani. Um guarani não se entrega nunca.
Luta até o fim para defender sua terra, seu povo, suas cores. Com uma formação
tática organizada e com muita dedicação, a equipe poderá avançar na competição
e deixar para trás os resquícios do recente vexame nas Eliminatórias.
Jogos da 1ª fase:
13 de junho - Argentina x
Paraguai - Estádio La Portada, em La Serena;
16 de junho - Paraguai x
Jamaica - Estádio Regional de Antofagasta, em Antofagasta;
20 de junho - Uruguai x
Paraguai - Estádio La Portada, em La Serena.
Lista de convocados da Seleção Paraguaia:
Goleiros: Justo Villar (Colo-Colo-CHI),
Antony Silva (Independiente Medellín-COL), e Alfredo Aguilar (Guaraní-PAR);
Defensores: Paulo da Silva (Toluca-MÉX),
Miguel Samudio (América-MÉX), Pablo Aguilar (América-MÉX), Marcos Cáceres
(Newell's Old Boys-ARG), Iván Piris (Udinese-ITA), Fabián Balbuena
(Libertad-PAR) e Bruno Valdez (Cerro Porteño-PAR);
Meio-campistas: Víctor Cáceres
(Flamengo-BRA), Osvaldo Martínez (América-MÉX), Néstor Ortigoza (San
Lorenzo-ARG), Richard Ortiz (Toluca-MÉX), Óscar Romero (Racing-ARG), Osmar
Molinas (Libertad-PAR) e Eduardo Aranda (Olimpia-PAR);
Atacantes: Roque Santa Cruz (Cruz
Azul-MÉX), Lucas Barrios (Montpellier-FRA), Nelson Haedo Valdez (Eintracht
Frankfurt-ALE), Édgar Benítez (Toluca-MÉX), Derlis González (Basel-SUI) e Raúl
Bobadilla (Augsburg-ALE).
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