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Sport Club do Recife: Sorte ou competência?


Onze jogos se passaram e o até aqui único invicto do Brasileirão conquistou 23 pontos - seis vitórias e cinco empates - e ainda tem de lidar com grande parte da imprensa (principalmente do sul-sudeste) o tratando com demérito, como se uma campanha dessas e o excelente futebol apresentado até aqui tivessem caído do céu ou fossem uma mera maré de sorte.

Quando se pergunta a esses mesmos comentaristas o que é necessário para atingir uma vaga na Libertadores ou o título, os mesmos respondem: Vencer em casa e somar pontos fora.

O Sport está seguindo essa regra ao pé da letra faz 11 rodadas, então porque a descrença de que ao fim do campeonato possamos conseguir uma vaga na Libertadores ou até mesmo o tão sonhado bicampeonato? Será unicamente preconceito com o futebol de fora do "eixo"?

A boa campanha é um reflexo do projeto criado pela diretoria em parceria com o técnico Eduardo Baptista. Indo na contramão do futebol brasileiro, o técnico rubro-negro está à quase 1 ano e 6 meses no cargo e isso se deve também aos cartolas leoninos que bancaram a permanência do treinador após as eliminações da Copa do Nordeste e do Campeonato Pernambucano, e aí está o resultado. Além de ótimo profissional, Eduardo mostrou realmente acreditar no projeto após ter recusado propostas de times como Santos, Grêmio e Fluminense.

Outro ponto de fundamental importância é a ótima gestão financeira que vem sendo realizado no clube, o que possibilitou a vinda de reforços como Hernane, Diego Souza, André, Marlone, etc. E a manutenção dos salários em dia. Não esquecendo também da parceria com a Adidas que vem rendendo ótimos frutos, batendo recordes de vendas e levando o Sport para um patamar de nível mundial como um dos clubes que mais vendem camisa da marca alemã.

O elenco montado pelo técnico é um caso a parte. Escolhidos a dedo, os comandados de Eduardo vem jogando muito bem, com uma marcação encaixada, com um ataque rápido e com uma precisão absurda nas finalizações. Um time sem vaidade, sem estrelismos, onde todos jogam para o bem do time e para levar o Sport Club do Recife o mais longe possível nesse campeonato. Os destaques são Durval, Renê e Rithely:

Durval: Os números do xerife rubro-negro falam por si só. São 11 partidas e NENHUMA FALTA COMETIDA, 97% de precisão nos passes e 100% de precisão nos desarmes. O ídolo leonino vem jogando muita bola e recebendo elogios até dos que outrora criticaram sua volta ao Sport chamando-o de "ex-jogador em atividade". Se não é o melhor, está entre os melhores zagueiros da competição, sem dúvida nenhuma.

Renê: Regularidade resume a realidade da base rubro-negra. Absoluto na esquerda, o prata da casa de 23 anos chegou à sua 49ª partida seguida na série A, mostrando futebol digno de seleção brasileira. Perfeito nos desarmes e melhorando a cada dia sua ofensiva, o lateral é tranquilamente o melhor esquerdo do campeonato até aqui.

Rithely: Maior ladrão de bolas do campeonato, o volante vem sendo de fundamental importância para essa campanha. Sempre preciso nos desarmes e chegando bem na frente como elemento surpresa, o camisa 21 vem jogando o fino da bola e merecendo seleção faz tempo.

O rubro-negro pernambucano tem uma das melhores defesas da competição com apenas 10 gols sofridos em 11 jogos, o segundo melhor ataque com 20 gols marcados e está invicto na série A desde o fim do ano passado, somando 18 jogos sem saber o que é sair de campo derrotado. Achou pouco? Junte a isso os 100% de aproveitamento dentro da Ilha do Retiro/Arena Pernambuco, locais em que o Sport está invicto a 25 jogos.

O Leão pode até enfrentar uma má fase nas próximas rodadas e cair algumas posições, mas isso não tira o mérito que lhe está sendo tirado até esse momento. Ninguém chega a lugar nenhum por acaso, muito menos permanece no G4 por onze rodadas, das quais, liderou cinco.

E como diz a torcida: Nunca duvide do Sport!

Lucas Lemos | @pqfasisolucas @noticiasscr

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