A brilhante arrancada depois da chegada de Oswaldo de Oliveira deixou o torcedor
rubro-negro esperançoso. Chegar ao G4, objetivo que parecia distante, lutar na
parte de cima da tabela e conquistar seis vitórias seguidas gerou a falsa
sensação de dever cumprido, e desta forma o time se acomodou.
Depois da partida contra a Chapecoense, quando o Flamengo conseguiu uma ótima vitória
fora de casa e mostrou claros sinais de comprometimento com o sonho da
Libertadores, o elenco pareceu esquecer como funciona o campeonato. Desde
então, as derrotas para Coritiba e Atlético-MG só reforçaram que o time está
longe de ter o que é preciso para se manter na luta, pelo menos por agora.
Com
a pífia derrota para o Vasco ontem, lá se vão dois jogos “em casa” e a chance
de conquistar seis pontos. No confronto direto contra o Atlético, mais um
desempenho que beirou o ridículo. Depois de seis resultados positivos em sequência,
o time foi do céu ao inferno em poucos dias. Já são três partidas sem nem um
esboço daquele time de antes.
Hoje
o rubro-negro ainda luta com a volta de jogadores que, lesionados e sem ritmo,
tentam ajudar e acabam atrapalhando. Além disso, os defensores são, e essa é a
única palavra sincera para defini-los, burros e não tem a capacidade de fazer
seu único trabalho. A preocupante série de pênaltis feitos é próxima do
absurdo, já que é quase sempre da mesma forma. Paulo Victor já não sai atrás
das bolas e apenas olha quando elas passam perto.
Cobranças
de escanteio ou de bolas na área são quase como pênaltis e, se a estatística
discorda que são os lances mais perigosos, a zaga do Flamengo faz questão de
mudar isso. Todos os jogos, sem exceção, têm ao menos um lance em que o posicionamento
é tão ruim que nem parece que são jogadores profissionais ali.
Ao
meu ver, as vitórias, mesmo com lances preocupantes como a contra o Cruzeiro,
acabaram mascarando e fazendo o torcedor ignorar problemas recorrentes do time.
As frequentes falhas acabaram sendo revertidas em intensas porradas que
resultaram em placares como esses últimos.
Há
três semanas afirmei que o caminho até a Libertadores é difícil e que énecessário, além de esperança, trabalho duro. Hoje é evidente que falta, acima
de tudo, mais doação em campo. Chega de jogadores querendo resolver sozinhos e
de imaturidade em campo. Faltam dez rodadas até o fim do Campeonato. E ai
Flamengo, é agora ou nunca?
Mariana Sá || @imastargirl
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