Quem se acostumou a ver o
Bragantino de Marcelo Veiga cuja característica principal era a forte marcação
e um time pesado pode se assustar ao ver a versão 2015 do time, comandado agora
por Wagner Lopes. O time marca como todos os outros, mas joga muito mais – e permite
ao adversário jogar também.
Essa atualização de jogo tem feito bem ao time de Bragança
Paulista e tornado os jogos muito mais interessantes de assistir. O jogo diante
do Bahia, na Arena Fonte Nova, foi mais um exemplo disso.
A derrota por 3x2 deixou o time um pouco mais distante do
acesso, especialmente pelo começo irregular. Porém, a impressão deixada em
campo é positiva: o melhor em campo foi o goleiro baiano Douglas Pires,
mostrando que o Massa Bruta pode sonhar com o acesso ainda nesta temporada pelo
bom futebol que vem apresentando.
Na próxima rodada o Bragantino recebe o Macaé no Nabi Abi
Chedid e, depois, visita o Oeste em Osasco. As vitórias são importantes para
manter o time perto do G4. Já o Bahia enfrenta um Ceará em ascensão fora de
casa. Boa oportunidade para apagar o jogo ruim de hoje – escondido pela vitória.
Jogadores do Bahia comemoram vitória difícil contra o Bragantino (Foto: Globo Esporte) |
O
JOGO
Bahia e Bragantino fizeram um primeiro tempo muito bom na Arena
Fonte Nova. Não faltou vontade, disposição e até emoção, ainda que muito mais
por falhas das defesas do que por méritos dos ataques.
Não que tenham sido 45 minutos de emoção desde o apito
inicial. Depois de um ataque perigoso do visitante com menos de um minuto de
jogo, a partida ficou travada. O Bahia pouco conseguia criar contra um
Bragantino que não fazia a melhor das marcações.
O jogo seguiu truncado até os 24 minutos, quando em erro
infantil da defesa baiana Lincom roubou a bola e sofreu pênalti de Douglas
Pires, que foi advertido com cartão amarelo. O mesmo Lincom bateu muito mal e
perdeu a chance de abrir o marcador.
O duelo ficou mais aberto e as chances começaram a aparecer.
O Bragantino não se abateu com o pênalti perdido e conseguiu abrir o placar aos
36: Gilberto aproveitou a sobra de uma ótica defesa de Douglas Pires e balançou
as redes. Bragantino 1x0.
O time paulista nem teve tempo para aproveitar a vantagem e
enervar a torcida do Bahia. Aos 37, Máxi Biancucchi perdeu gol na pequena área. No lance seguinte, Kieza se enroscou com Luan e o juiz marcou pênalti. O próprio Kieza bateu bem e empatou o confronto.
Os minutos finais do primeiro tempo seguiram o ritmo com uma
boa chance para cada lado. Ainda teve tempo para um erro feio da arbitragem: em
contra-ataque do Bragantino Jaílton desarmou na bola, mas ela continuaria com
os paulistas. O juiz matou a jogada e nem deixou cobrarem a falta – tudo isso
bem no “dia do árbitro”.
O segundo tempo seguiu no mesmo ritmo com um Bragantino mais
perigoso. Em menos de dez minutos foram duas jogadas perigosas. Ironicamente
quem marcou foi o Bahia: aos 14, Kieza ganhou na raça da zaga alvinegra e bateu
cruzado para Máxi Biancucchi descontar e se redimir do gol perdido na primeira etapa.
Os paulistas sentiram o gol e diminuíram a força ofensiva, mas
continuaram criando oportunidades com ajuda especial da defesa tricolor que constantemente
mostrava buracos. Douglas salvou duas boas chances de empate dos visitantes.
A partir dos 40 minutos, o jogo perdeu intensidade e parecia
definido. Parecia: aos 45, novo pênalti sobre Kieza convertido por Souza: 3x1.
Ainda deu tempo do Bragantino descontar com Lincom, aos 49. Tarde demais para
uma reação.
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