Tricolor chega à sétima derrota como visitante e vê vaga do G4 ameaçada.
O São Paulo foi a campo nesta ultima quarta feira
tentando quebrar um tabu de 6 anos sem vencer na Vila Belmiro. A última vitória
do Tricolor foi em 2009, em uma espetacular partida que terminou 4x3 para os
visitantes. Porém, a equipe do Morumbi tinha um dado importante ao seu favor,
não tomava gol há quatro jogos e tinha a volta do artilheiro Alexandre Pato.
O Santos por outro lado, vinha de 12 jogos de invencibilidade
jogando em casa, sendo 8 vitórias consecutivas. Às ausências de Geuvânio e Lucas Lima eram às principais baixas da
equipe Santista, que teria que apostar nas demais opções para manter o tabu.
PARTIDA:
O São Paulo fez de tudo na ultima partida, menos jogar
futebol. A equipe montada por Juan Carlos Osório contava com uma gama de
desfalques e o técnico colombiano teria que surpreender novamente para
enfrentar um adversário que também almeja o G4. Ainda sem Rogério Ceni, que
está com edema e inflamação no adutor, o seguro Renan Ribeiro ficaria responsável
mais uma vez por proteger às redes Tricolor.
Entretanto, é impossível se manter organizado e
estruturado quando seus companheiros de sistema defensivo não possuem
habilidade suficiente se quer para vestir a camisa, quem diria jogar um
clássico de tal grandeza. Antes do primeiro gol, o Santos possuía maior controle
de bola e não permitiu o avanço dos visitantes, fechando-os em seu esquema
tático.
Não demorou para que o Tricolor entrasse na roda, e após
uma falta boba e falha defensiva, David Braz de cabeça marcou para a equipe
Santista, que só confirmava seu favoritismo. Erros de passes aconteciam a todo instante para ambos os lados, e se
destacava quem errasse menos.
Aos 43 minutos, em uma falha infantil e juvenil do lateral
Reinaldo, Gabriel lançou a bola para Rafael que chutou no canto direito do goleiro
Renan marcando o segundo gol do Peixe. O
guarda redes Tricolor ficou na reclamação com o arbitro alegando falta de
ataque. O lance foi limpo e o gol legal.
Com o final da primeira etapa, o pequeno número de
torcedores do São Paulo presentes largavam a tona xingamentos para o lateral
esquerdo Reinaldo. Na volta a segunda etapa, Osório muda a formação tática na
qual deveria ter começado e aposta em Michel Bastos e Wesley para um time mais
ofensivo.
As alterações não foram suficientes e não surtiram efeito
tático. E novamente, não demorou para que o Santos ampliasse o placar em mais
uma falha defensiva Tricolor. O jovem zagueiro Lyanco viu Ricardo Oliveira
ganhar a frente e não o acompanhou, atitude que acarretou em gol e prato cheio de
zoações para o rival.
O jogo se manteve morno, o Santos ainda teve boas
oportunidades, mas já satisfeito com o placar, não insistiu em ampliar. Aos 42
minutos, o atacante São Paulino, Rogério, fez uma excelente jogada e tocou para
Michel Bastos, que encheu o pé no travessão.
Essa foi a única boa e real chance
Tricolor na partida. Com a derrota, o São Paulo está ameaçado de terminar a
rodada fora do G4, já que um dos concorrentes direto a vaga, o Flamengo, joga
nesta quinta feira. A próxima partida da equipe do Morumbi é um duelo difícil contra
o Grêmio neste domingo (13/09/15) na Arena do Grêmio.
OPINIÃO:
Com mais uma derrota fora de casa o São Paulo viu o sonho
que já era difícil se tornar impossível. O título do campeonato brasileiro
ficou distante com mais uma derrota. São 13 pontos de diferença para o primeiro
colocado, que é o Corinthians. O próprio Osório reconheceu que o time agora
briga apenas pela ultima vaga do G4.
É uma pena, pois falta de aviso não foi. A diretoria do
São Paulo mais uma vez, com ausência de planejamento, joga uma temporada
completamente no lixo. Foi pedido a chegada de reforços para o setor defensivo
desde do fim do ano passado. Cobranças e opções não faltaram, mas a arrogância
do senhor Carlos Miguel Aidar, senhor cujo dispenso comentários, insistiu que o
São Paulo não precisava de zagueiros, que tinha ótimas opções formadas da
própria base.
O São Paulo mostrou hoje e comprovou que é apenas um time
que joga em casa. Uma equipe mediana que não alcançará nada mais que a quarta
colocação no campeonato. Está muito inferior aos demais candidatos e corre
sério risco de perder a vaga nas próximas rodadas, onde seus adversários são oponentes
direto pela briga.
Com apenas 29% de aproveitamento em clássicos nesta
temporada, é preciso uma reformulada e a chegada de novos jogadores, que façam
jus ao nome e instituição São Paulo e de alguma forma cative os demais
jogadores.
A redenção do time está na Copa do Brasil, título nunca
conquistado. Este troféu, amenizaria a pressão da torcida com o elenco e seria
uma boa ocasião para o encerramento da carreira do goleiro Rogério Ceni, que
não merecia finalizar sua historia no clube de tal forma, jogando ao lado de
tantos jogadores medíocres.
FICHA TÉCNICA:
Local: Vila Belmiro, São Paulo.
Publico: 5.552 torcedores.
Renda: R$ 342.290.
Arbitragem: Luiz Flavio de Oliveira, Emerson Augusto
de Carvalho e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa.
Cartões Amarelos: Wesley; São Paulo. Thiago Maia;
Santos.
SANTOS:
Vanderlei, Victor Ferraz, David Braz, Gustavo
Henrique e Zeca; Thiago Maia, Renato e Marquinhos Gabriel e Rafael Longuine
(Serginho); Gabriel (Marquinhos) e Ricardo Oliveira (Nilson).
Técnico; Dorival Júnior.
Técnico; Dorival Júnior.
SÃO PAULO:
Renan Ribeiro; Bruno, Lyanco, Edson Silva e Reinaldo;
Thiago Mendes, Hudson (Wesley) e Ganso; Wilder (Michel Bastos), Alexandre Pato
(Centurión) e Rogério
Técnico; Juan Carlos Osório.
1 Comentários
Ótima análise do jogo de ontem, espero ansiosamente o próximo...
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