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Um filme com flashbacks, vilões e telespectadores


A partida do Flamengo contra o Coritiba desta quinta-feira (17) pareceu um filme. Foi justamente aquele momento quando tudo começa dar errado e o personagem principal fica submerso em falhas, escolhas ruins e milhões de vilões para culpar. E os telespectadores? Esses trocaram de lado e acabaram apoiando os outros.

É difícil olhar para esse jogo sem lembrar todos os outros que tivemos no primeiro turno. O elenco rubro-negro, mesmo com a volta de peças importantes, resolveu dar à torcida um flashback de dias que deixamos para trás. Ninguém se entendeu em campo e Oswaldo acabou se perdendo junto. Tudo acabou no caminho errado, o do desastre.

Os torcedores, ou telespectadores do enorme filme que virou nosso ano, lotaram o Mané Garrincha, ocuparam cada pedacinho do Estádio. Entretanto, os brasilienses não fizeram a única coisa que o rubro-negro deve fazer: apoiar. Qual é o sentido de ir até o jogo se é para vaiar e sair antes? Ganhamos seis partidas seguidas, estamos em quinto lugar e, no momento que o Flamengo mais precisa, eles levantam e vão embora?

Nós precisamos pegar o que aconteceu hoje e colocar na lista de “jogos para nunca mais repetir”. Chegamos a uma fase do campeonato e da tabela que não permite erros. Não podemos, por exemplo, fazer pênaltis, corretos ou não, marcados ou não, toda partida. Já é o quinto jogo que um lance polêmico acontece. Dessa vez nos custou o resultado inteiro.

É hora de ter cuidado. As próximas partidas envolvem três confrontos diretos longe do Maracanã e um clássico, além de jogos que podem ser complicados dentro e fora de casa. A parte de cima da tabela não é brincadeira, não é fácil. Cada ponto perdido é uma mudança brusca e não podemos voltar a ser o “time de meio de tabela”.



Não existe um vilão. Não perdemos só pelo desempenho ruim em campo. Não foi só pelas escolhas erradas de Oswaldo. Não foi apenas pela falta de apoio da torcida. A combinação disso causou o caos que assistimos hoje. Precisamos nos recompor para não perder o ritmo, nós podemos conseguir atingir o nosso objetivo: o G4.

Mariana Sá || @imastargirl 

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