A Seleção Brasileira chega às
Eliminatórias com um peso que nunca carregou antes: É o início da competição
que pode nos derrubar de vez ou nos fazer pensar em renascer. O primeiro
passo desse desafio foi para dar mais uma pitada de desespero a qualquer um que
ainda se habilite a torcer. Faltou Neymar, faltou Brasil.
O Chile, freguês histórico que não
ganhava de nós há 15 anos e naturalmente tremia diante a camisa amarela,
conseguiu um triunfo por 2-0 sobre um Brasil ainda devastado. Quem diria, antes
da Copa do Mundo 2014, que o Brasil poderia ficar de fora do próximo Mundial?
Pois agora é uma realidade e corremos sério risco de, pela primeira vez na
história, não fazer parte do maior campeonato de futebol do mundo.
Graças a um time extremamente limitado, pra sempre abalado depois da humilhação do 7-1 e que fez uma participação pífia na Copa América do outro lado, a
seleção chilena era favorita na partida. Os donos da casa não jogaram seu
melhor futebol, mas foi o suficiente para fazer pressão no segundo tempo e
liquidar o duelo. É preciso apontar que foram apenas dois treinos antes do jogo
e a falta de regularidade nas convocações, ou seja, a mudança constante do
grupo impede que haja entrosamento. Dunga não é um bom treinador e não tem como
fazer mágica.
Na primeira parte as duas
seleções tentavam, mas nenhuma delas conseguiu levar muito perigo ao gol
adversário. Os 45 minutos iniciais foram mornos, a dependência do principal
jogador brasileiro pesou (e muito) e faltou o passe final, a finalização de
qualidade, coisa que fica muito mais difícil com Hulk na frente e Oscar matando todas as jogadas armadas.
Inclusive, é preciso abrir um parágrafo
especial para um caso único chamado Oscar. O jogador do Chelsea voltou à
Seleção após ficar de fora das últimas convocações por lesão, estava nos onze iniciais e conseguiu ser o pior em campo. Sem Neymar, a grande promessa de alguns anos atrás tinha a responsabilidade de criar no time, mas ele não consegue fazer isso. O camisa 11 é irregular, tanto no time de Londres quanto no Brasil, e já não justifica mais sua titularidade.
A torcida da ‘Roja’ lotou o Estádio
Nacional de Santiago, fez muito barulho, gritou até olé e ajudou o Chile a voltar com mais
vontade para o segundo tempo. E, como todos já sabem, quem não faz, leva. O
momento dos chilenos pesou e Eduardo Vargas abriu o placar. Ao final, Alexis
Sanchéz fechou o caixão de vez.
O próximo desafio da Seleção Brasileira será contra a Venezuela, em Fortaleza, e é difícil dizer o que dá para esperar dessa partida. No momento em que vivemos, nem os adversários mais fáceis dão menos trabalho e, mesmo em casa, o apoio da torcida não é garantido.
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