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La Tri vence Bolívia e chuva

A Bolívia era um adversário engasgado depois da derrota pela Copa América. Na oportunidade, os bolivianos fizeram 3x0 no primeiro tempo e levaram dois na etapa final (o resultado foi determinante para a eliminação precoce), mas historicamente um freguês. Nos últimos onze jogos foram nove vitórias equatorianas contra apenas uma derrota – justamente esta na Copa América.

Fazer qualquer análise tática de um jogo cujo gramado estava mais para a prática de polo aquático do que futebol seria muito cruel. Gramado, aliás, que foi o grande adversário da noite para o Equador contra a fraca Bolívia em um jogo que deveria ter sido adiado – estamos falando de um torneio que vai definir os participantes da maior competição de futebol do mundo.

HOME - Equador x Bolívia - Eliminatórias Sul-Americanas - Christian Noboa e Alejandro Leonel Morales
La Tri teve muita dificuldade para driblar a grande quantidade de água diante da Bolívia. (Foto: Terra)
O histórico favorável e uma vitória memorável contra a Argentina fora de casa, construíram um cenário positivo que foi confirmado com a vitória por 2x0, ainda que o placar demonstre uma tranquilidade que não se viu, com os dois gols saindo após os 35 minutos.

A partida, mesmo com condições péssimas para o jogo durante os primeiros 45 minutos, esteve longe de ser ruim. O Equador teve muita vontade e pressionou o tempo todo em busca do gol, mesmo demorando a sair.

A insistência em bolas aéreas sequer pode ser colocada como crítica, mas sim como a oportunidade encontrada para enfrentar a grande quantidade de água. No segundo tempo foi possível ver um melhor toque de bola e utilização da velocidade pelos lados do campo.

O saldo das duas rodadas foi ótimo para La Tri: poucas seleções vão vencer a Argentina fora de casa (muitas não vão conseguir fazer isto mesmo dentro de seus domínios). São daqueles três pontos que devem fazer a diferença lá na frente. Depois, mesmo com um gramado impraticável durante boa parte do jogo, nova vitória e mantendo o aproveitamento em 100%.

Paredes disputa jogada: Equador precisou suar para bater a Bolívia, mas segue 100%. (Foto: Lance!)
O torcedor equatoriano tem motivos para empolgação. A seleção começa quebrando um tabu importante de nunca ter vencido a Argentina fora de casa, início arrasador com seis pontos em dois jogos (não havia conquistado essa marca mesmo em outras edições em que conseguiu a classificação) e ainda sem Enner Valencia contundido até 2016.

O futebol apresentado também mostra variações: soube pressionar um time mais fraco quando jogou em casa e, ao mesmo tempo, fez boa partida jogando recuado diante de uma seleção mais forte. O grande desafio será manter a força em casa como diferencial: na última participação foram sete vitórias e um empate.

Em novembro a La Tricolor volta ao estádio Olímpico para receber o Uruguai e sai contra a Venezuela buscando pelo menos mais três pontos para confirmar o bom início.

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