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O Fluminense não deve entregar o jogo


Depois dos resultados da penúltima rodada desse Campeonato Brasileiro, nosso Tricolor chega a ultima partida sem pretensões. Temos a chance de, mais uma vez, terminar como o melhor carioca da competição, mas depois de um segundo turno tão terrível a vitória serviria para levantar o moral do time rumo à Florida Cup.

Acontece que caiu no nosso colo a oportunidade de rebaixar o Vasco. Clube cujo presidente fez questão de deixar claro o desprezo que sente pelo Fluminense em várias oportunidades. A dúvida entre deixar o Figueirense ganhar sem nenhum esforço ou jogar para valer caiu sobre a torcida e, com certeza, está pairando sobre as Laranjeiras. Perder pode até acontecer, pois conseguimos essa façanha por 18 vezes na competição, só não podemos fazer corpo mole e deixar o Figueirense fazer o que quiser.

Devo lembrar que não estou falando de uma instituição qualquer. O Fluminense não é um time qualquer. Temos que recordar que não foram ações como a que alguns torcedores pedem que nos rendeu a Taça Olímpica. O Fluminense é maior do que um simples resultado. Não é à toa que fomos considerados utilidade pública em 1926 (cliqueaqui para ver o decreto). O Tricolor é conhecido por sua lealdade e fidalguia, incapaz de prejudicar os outros para levar vantagem e deve continuar o legado que vem desde sua fundação.

O Torneio Início do Futebol Carioca de 1927 é um exemplo da integridade do Tricolor. No dia seguinte à conquista pela quarta vez do campeonato, a diretoria se deu conta de que o clube havia infringido o regulamento da competição de forma involuntária ao trocar dois jogadores de uma partida para outra quando apenas uma substituição era permitida. Diante da constatação, o Fluminense oficiou espontaneamente à Associação Metropolitana de Esportes Atléticos comunicando a irregularidade e o torneio acabou anulado.

Em 1932, o Flu enfrentava o Olaria e aos 10 minutos de jogo, com o placar em 0-0, o árbitro Luiz Neves apitou um pênalti inexistente a nosso favor. Os próprios jogadores tricolores reconheceram o erro do árbitro e De Mori chutou a penalidade propositadamente para fora. Outra vez o Flu deu uma aula de moralidade no futebol.

O legado dessa instituição centenária não pode ser apagado de maneira tão forte pelos próprios torcedores. Vejo vários criando hashtags para que percamos e li ameaças de cancelamento do sócio-torcedor caso não deixemos o Figueira ganhar. Por favor, Tricolores, não vamos nos rebaixar a um nível tão baixo e sujo do futebol. Somos muito melhores que isso.

Vence o Fluminense usando a fidalguia

Saudações Tricolores

Matheus Garzon

Essas e várias outras histórias estão contados na Bíblia do Fluminense, escrita por Sergio Trigo e lançada no ano passado.

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