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2015 do Dragão: Aprendendo com os erros

Eliminação precoce no Campeonato Goiano e na Copa do Brasil, público de 47 pagantes e uma série B para ser esquecida. Um breve resumo do que foi o ano do Dragão, que fez um 2015 razoável, mas promete um 2016 melhor. Este foi o ano do Atlético Clube Goianiense!

Pré-temporada

Vindos de um 2014 onde vencemos o Campeonato Goiano e não subimos para a série A por displicência do nosso antigo presidente, o Atlético tinha tudo para planejar um 2015 vitorioso, manter a base e conquistar o bicampeonato Goiano, ir bem à Copa do Brasil e conquistar o acesso no Campeonato Brasileiro.


Porém, nosso ex-presidente Valdivino José de Oliveira resolveu atrapalhar a eleição para novo presidente no clube, atrasando todo o planejamento que só começou em janeiro de 2015, enquanto os demais clubes faziam amistosos já com elenco praticamente definido, o Atlético mal tinha jogadores para começar o estadual, já que todo o processo de renovação ficou travado devido à guerra política no clube.

Campeonato Goiano


Comandado por Marcelo Chamusca, a equipe Rubro Negra até começou bem o Campeonato Goiano, venceu a Anapolina fora de casa por 1-0 e acendeu as esperanças do torcedor que o ano poderia ser realmente vitorioso. Mas, a partir da segunda rodada o Dragão ficou um turno inteiro sem vitória, até a demissão de Chamusca do cargo de treinador e a contratação de Marcelo Martelotte, que era o atual Campeão Goiano, e até conseguiu uma reação da equipe, mas muito tardia.
O Atlético terminou o Campeonato Goiano apenas em 6º lugar com 10 times em disputa, com aproveitamento de 45,2% 19 pontos em 14 jogos (5v, 4e e 5d) deixando um frio na barriga para o torcedor, temendo uma série B desastrosa.

Copa do Brasil

O Dragão enfrentou o Coruripe-AL na primeira fase, apesar do primeiro jogo ter sido bem complicado onde arrancamos um empate com gol de Pedro Bambu SIIIIM, o segundo jogo vencemos por 2-0 até com certa facilidade e nos classificamos para enfrentar o melhor ataque do ano até então: o América de Natal.


No confronto contra o Dragão Potiguar em Natal, o Dragão Goiano sucumbiu durante 20 minutos deixando o adversário abrir 3-0 no placar, praticamente eliminando o Atlético com menos de meia hora de jogo. Mas o segundo tempo foi diferente, o Rubro Negro reagiu e emplacou uma sequência de boas jogadas, bola na trave e dois gols, o goleiro Bussato (que mais tarde seria contratado pelo ACG) foi o nome da partida, porém no apagar das luzes o América fez o 4º gol e foi com boa vantagem para o Serra Dourada.


Em Goiânia a obrigação atleticana era vencer por dois ou mais gols de diferença, começou com tudo pra cima do Mequinha, mas não conseguiu traduzir sua ofensividade em gols ao final dos 45 minutos iniciais. A etapa final foi carregada de emoção e suspense, o Atlético chegou a abrir o placar e até teve um pênalti escandaloso não marcado, aquele gol poderia ter classificado o Dragão Campineiro para a próxima fase, mas o 1-0 não foi suficiente e o Todo Poderoso ACG foi eliminado precocemente do torneio nacional.

Campeonato Brasileiro da Série B

A principal competição a ser disputada pelo Rubro Negro até que começou interessante, foram diversos reforços que chegaram para completar a equipe que, antes de começar a disputa, era tida como uma das que poderia brigar por um acesso a série A 2016, mas não foi bem isso que aconteceu.


O Atlético começou bem, venceu a equipe do Boa Esporte por 1-0 com gol do estreante Arthur, vindo do Londrina, o atacante barbudo seria o principal destaque atleticano na temporada e terminaria como artilheiro do time no ano e na competição. A segunda, terceira, quarta e quinta rodada foram marcadas pela ausência de gols atleticanos e foi acesa a luz laranja de alerta no escritório do nosso diretor de futebol Adson Batista.


Depois de vários resultados negativos, foi decidido pela demissão de Marcelo Martelotte, que mais tarde viria a conquistar o acesso pelo Santa Cruz com jogadores que ele levou do Dragão consigo, como Luizinho e Diogo Campos. Jorginho foi o escolhido para tocar a bola pra frente e, poucas rodadas depois foi demitido e Gilberto Pereira assumiu para levar o Dragão de volta as glórias.

Junto de Gilberto, chegaram reforços importantes como Júnior Viçosa, Jorginho e Feijão. A partir daí o Dragão engatou nove jogos sem derrota, perdendo apenas para o Botafogo no RJ, e depois foram mais 10 jogos sem derrota. Isso mesmo, 20 jogos e uma derrota apenas, para muitos não quis dizer muita coisa, mas, nessa altura do campeonato, o Atlético estava vivo na disputa pelo G4.


Infelizmente depois de uma crise interna de comando, o técnico Gilberto Pereira perdeu completamente o controle da equipe e emplacou uma série de resultados negativos, que fizeram o Dragão correr novamente risco de rebaixamento e culminou em sua demissão há duas rodadas do fim. Assumiu João Paulo Sanches, da comissão permanente atleticana, com a missão de vencer um dos jogos finais para o Dragão permanecer na série B em 2016, Oeste em casa e Bahia em Salvador eram os objetivos, mas nem precisou do segundo.

Atlético e Oeste fizeram um jogo de matar ou morrer em um verdadeiro temporal no Serra Dourada, em um jogo com quatro gols, uma virada e de quase cinco mil pagantes, o Dragão sobressaiu sobre o clube paulista vencendo por 3-1 e afastando de vez o fantasma do rebaixamento podendo assim pensar em 2016, fazendo apenas um amistoso sem importância contra a equipe do Bahia fora de casa, onde acabou perdendo a partida e terminando em 14º no Brasileirão da Série B.

Destaques no campo

É importante destacar alguns dos principais nomes da temporada atleticana, podem não ser a opinião de todos os atleticanos, mas com toda a certeza estão na seleção do ano do Dragão!


Arthur foi um dos destaques, o atacante veio do Londrina emprestado e mostrou a que veio, sendo o artilheiro da equipe no ano. O jogador teve seu contrato encerrado e deve ir para o futebol Chinês.


Júnior Viçosa veio da Suíça para tratar de uma lesão no rubro negro e acabou por ficar, é o atacante mais qualificado do elenco e jogou praticamente sem ritmo durante o ano, porém, foi um dos destaques do ano atleticano e promete muito mais para 2016.


Juninho fez um de seus melhores anos no Dragão, o atacante de 30 anos sempre foi alvo de lesões e nunca conseguia fazer uma sequencia de jogos, algo que conseguiu esse ano e foi fundamental para a permanência atleticana no final da temporada. Infelizmente está de transferência para o Fortaleza.


Jorginho resolveu o problema crônico na camisa 10 rubro negra, chegou junto de Jr. Viçosa vindo do futebol coreano e chegou voando, marcando gols e dando passes precisos. O jogador fica pra 2016 e promete ser um dos destaques positivos do Atlético no ano.


Pedro Bambu, como sempre, é a marca da garra desse time. Quando ele vai mal, tudo desanda, mas quando ele vai bem geralmente o Dragão vence e convence. É um dos triunfos rubro negro e motivo de orgulho para a torcida, o valente e polivalente jogador continuará em 2016 no ACG.


Éder Sciola começou bem questionado na equipe, mas evoluiu muito bem durante o ano e acabou por se tornar um dos principais jogadores do elenco e foi o líder de assistências no ano, o lateral direito provavelmente irá para o futebol paulista com promessa de retornar para a disputa do brasileiro.


Eron, apesar de tecnicamente não ter sido um destaque, foi na raça. A cada bola recuperada e cada lance perigoso era visível à entrega do lateral esquerdo que não desistia de nenhum lance. Seu contrato foi encerrado e provavelmente não será renovado.


Rafael, apesar de não jogar muito durante a temporada, foi peça importante inquestionável na zaga atleticana, sendo um verdadeiro xerifão, juntamente de Samuel e Marlon fizeram uma zaga firme e nos livraram de várias derrotas.


Todo bom time começa por um bom goleiro, nosso capitão não poderia ficar de fora, apesar de questionado pela torcida no fim do ano o goleiro Márcio foi um destaque positivo e tem contrato com o Dragão até o fim de 2016.


É importante ressaltar a importância da gerência de futebol que faz milagre com pouco dinheiro. Adson Batista é sem dúvida alguma, um dos maiores diretores de futebol do país, se não do continente, e devemos agradecer por ele continuar prestando serviços ao Atlético mesmo depois de tantos problemas. Por isso eu deixo aqui o meu obrigado e minha admiração a este grande profissional que vai nos ajudar por muitos anos ainda (Amém).

E que 2016 seja diferente!

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