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Inter: Do céu ao Inferno em 365 dias

Um ano que era para marcar o Tri da Libertadores, mas que depois foi focado a Copa do Brasil e ao Brasileirão. Que ao final do campeonato foi focado única e exclusivamente a vaga da Libertadores. Foi um 2015 muito frustrante para os colorados, dentro de campo um time que parecia algo extraordinário, mas que no fundo não conseguia suplantar nem os times do Z4. Vergonhas dentro e fora do gramado também marcaram o ano colorado. Trocas de técnicos sem explicação, 5x0 vergonhoso para o rival, jogadores desrespeitando camisa e até doping foram as manchas no Inter. Mas não só de coisas ruins foram o ano, crias da casa foram destaques dentro de campo, além do Penta campeonato em cima do rival.

Retrospectiva do Internacional em 2015
(Foto: Deive Pazos)
Inicio empolgante

O Inter começou com um inicio promissor e um projeto de encher os olhos de qualquer torcedor, até os mais céticos acreditavam que o Tri era possível. Reforços de peso foram à marca do Inter. Trouxe Réver para ser o xerife da zaga, Vitinho e Lisandro López para qualificar o ataque e Anderson como principal contratação do ano colorado, além destes Nilton, Nico Freitas e o lateral Léo foram contratados para completaram a lista.

Anderson foi contratado a peso de ouro, mas não apresentou muita qualidade.
(Foto: Deive Pazos)
De todos os nomes citados acima nenhum conseguiu se firmar por completo no time, pode se dizer que Vitinho foi deslanchou na reta final do Brasileirão. Nico Freitas, Léo e Lisandro López não vão seguir no próximo ano devido ao baixíssimo rendimento apresentado.  Réver não mostrou nenhuma tranquilidade em campo, mas permanece para 2016, assim como Anderson e Nilton que apresentaram uma pouca melhora e se espera ainda muito deles.

Rodízio, Celeiro de Craques e Surto

O comandante que iniciou o projeto no Internacional, Diego Aguirre, tinha uma filosofia pouco convencional, fazia um revezamento do elenco colorado onde colocava a equipe titular em jogos mais importantes e a equipe reserva, junto com jogadores do sub23, para os jogos do estadual. Essa peculiaridade fez com que alguns jogadores fossem se destacando, Valdivia, Willian, Rodrigo Dourado e Geferson. 

Valdívia, Dourado e Willian foram as maiores surpresas do time.
(Foto: Deive Pazos)
O ultimo citado teve oportunidades graças a um momento ÚNICO, que nunca mais se repetirá no solo gaúcho. O fato pitoresco veio do famigerado Fabrício, onde ele esqueceu toda e qualquer etiqueta e mandar a torcida para longe. Não satisfeito por ter feito obscenidades para a torcida ele retirou o manto colorado, jogou no chão e tratou a torcida, companheiros de clube e toda e qualquer pessoa que tenha afeição ao Inter, como lixo. O ato foi tão inadmissível que o Inter não pensou duas vezes, rescindiu o contrato e ele foi "tomar novos ares" sem se desculpar.

Passando o evento fatídico e no embalo do revezamento e tendo como Valdivia e Nilmar como principais motores do time, o time colorado conseguiu um feito, que no futuro seria o maior do ano, o Penta Campeonato Gaúcho. O Inter conseguiu manter um bom rendimento nos jogos mata-mata e na final jogou com excelência e no agregado venceu o confronto contra o Grêmio por 2x1. Mais um caneco para o lado vermelho do Sul.

Moral alta, Queda e Derrocada

Derrotas em Libertadores, Copa do Brasil e Grenal desmotivaram a equipe.
(Foto: Deive Pazos)
O título estadual fez com que o time e a comissão técnica ganhassem uma força gigantesca, fizesse uma grande partida contra o Galo mineiro e ganhando pela imprensa brasileira status de melhor equipe do Brasil. Passando do Galo o Inter teve um confronto muito difícil com o Santa Fé e no Beira Rio ele conseguiu sua vaga e firmar como o melhor time da Libertadores.

O time que estava em alta rotação, correndo muito e focado totalmente na libertadores, sofreu um baque e teve uma pausa durante um mês durante a Copa América. Após o retorno o Internacional foi eliminado pela sua falta de vontade, ganhou no Beira Rio por um placar magro e no México sofreu um baile com direito ate gol contra. Resultado final Tigres 3 x 2 Inter.

Eliminado, com uma folha cheia de altos salários, o Inter precisou cortar gastos salariais. Nilmar voltou ao mundo Árabe e Aranguiz foi vendido para a Alemanha, o atual treinador também foi mandado embora, pois a dolorosa derrota ainda machucava na direção. Três dias depois da saída do técnico, o Inter entrava em campo para a partida mais vergonhosa da sua vida, pois o Inter sofreu 5 a 0 do Grêmio, e o "fato novo" tinha ido por água a baixo.

Era Argel: Eliminações, Doping e Perda da Vaga.

O Argel pegou a responsabilidade de blindar o elenco e elevar a estima do time, tarefa difícil depois do Grenal vexatório. Seus primeiros passos foram difíceis, pois o time balançava em vitorias e derrotas fora de casa. Quando o elenco conseguiu encaixar uma sequencia de três vitorias contra adversários difíceis, novamente o Inter sofreu uma queda, eliminação na Copa do Brasil para o Palmeiras.

Eliminado de duas copas em um curto espaço de tempo, o momento colorado estava longe de amenizar, por mais que o clube ainda estava invicto em casa, isso não tranquilizava o elenco. O ambiente estremeceu mais ainda quando os volantes Nilton e Wellington foram pegos no exame antidoping por usar um diurético proibido, fazendo os focos negativos voltarem ao Beira Rio, onde teste surpresas eram feitos e boatos que outros jogadores estavam dopados eram constantes. Porém, todos os resultados foram negativos e o elenco podia tentar aliviar a tensão.

Nilton e Wellington foram flagrados no Doping e desfalcaram o colorado nas ultimas rodadas.
(Foto: Deive Pazos)
Argel assumiu o Inter na última rodada do primeiro turno e, de fato, fez a equipe crescer de rendimento. Os números estão aí para provar. O Colorado encerrou o segundo turno na segunda colocação foram 19 rodadas e 35 pontos. O Inter lutou até a última rodada, mas acabou fora do G4, pois alguns pontos do primeiro turno foram desperdiçados e consequentemente a Libertadores de 2016 foi perdida para o São Paulo por dois pontos de diferença.

Projeção para 2016

2016 será um ano de foco no campeonato de nacional.
(Foto: Deive Pazos)
Inter agora tenta se organizar e focar no Brasileirão título que não vence desde 1979. O clube dispensou jogadores caros e que pouco utilizava, trouxe alguns jogadores para compor o grupo, mas o principal "reforço" foi a manutenção do contrato de Vitinho que vai ficar mais um ano no Beira Rio. Agora o Inter vai ao mercado a procura de jogadores de meia a um centroavante, Damião é o mais cotado a retornar ao clube gaúcho.

Que 2016 seja muito melhor que o ano de 2015, pois se mantiver a queda de qualidade, não teremos muitas esperanças, nem mesmo no regional.

Ismael Schonardie | @Ismahsantos

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