Caos,
sofrimento, agonia e alegria. Essas quatro palavras podem definir o 2015 do
Figueirense. E aqui no Linha de Fundo, você acompanha um breve resumo de como
foi o ano alvinegro.
O 2015 começou
- como sempre - com o fraco Campeonato Catarinense. Com uma primeira fase cheia
de altos e baixos o Figueirense não conseguia apresentar um futebol aceitável,
e, além disso, vivia a indefinição de um goleiro. O problema do arqueiro foi
resolvido rapidamente, após Alex Muralha receber uma chance, e não largar mais.
Porém, o futebol ainda não era aquele que o torcedor esperava. E mesmo com um
futebol ruim, os adversários eram piores, e o Figueira se classificou para a
próxima fase.
Na segunda
fase, aí sim! Jogou bem, apenas uma derrota, mas empatava muito. E por causa
desses empates, ficou só em segundo na classificação. Foi à final, e quis o
destino, que o adversário fosse o mesmo da edição anterior: o Joinville.
A final do
campeonato foi uma das finais mais mal jogadas que já esteve no Catarinense.
Dois times que pareciam não querer vencer o jogo. Com isso, a única coisa que
poderia acontecer eram dois horríveis 0x0. Tanto em Florianópolis, quanto em
Joinville. Os dois placares iguais deram o título ao JEC, mas uma denúncia
vinda da Federação Catarinense dava conta de que o clube do Norte de SC havia
escalado um jogador de forma irregular. A denúncia foi confirmada, o Joinville
foi julgado e condenado em todas as instâncias, e o Figueirense foi declarado o
campeão estadual.
A campanha
deste ano na Copa do Brasil foi considerada muito boa em relação às campanhas
das edições anteriores. O Figueirense eliminou Princesa de Solimões-AM, Avaí,
Botafogo, Atlético-MG, e só caiu para o Santos nas quartas de final.
O Brasileirão
com certeza foi à parte mais caótica de 2015. Logo na primeira rodada, tomamos
uma "tunda" de 4x1 para o Sport. Tá certo que estávamos com o time
reserva jogando, mas era uma amostra grátis do sofrimento que vinha por aí. Já
com o time titular, é claro que o futebol jogado tendia a melhorar. Melhorou,
mas não foi nada tão significante.
Tínhamos garra
e raça. Isso até Argel Fucks receber e aceitar o convite que recebera do
Internacional. Mas sabe aquele ditado que diz que nada é tão ruim enquanto
possa piorar? Então... Quem o Figueirense contratou pra ser novo técnico? René
Simões! Eu juro que tento entender a cabeça dos dirigentes do Figueira, mas
nunca consigo. Fala sério, quem em sã consciência contrata René Simões em pleno
2015? Ainda bem que viram a burrada que fizeram, e logo o demitiram.
Hudson
Coutinho, que até então era o interino, assumiu efetivamente como técnico, e
com ele voltou um pouco da garra de antigamente. Um pouco. Ganhamos jogos na
base do desespero. Bem jeito do Figueirense, mesmo. Essa ansiedade de se vai
ser rebaixado ou não, só acabou na derradeira última rodada. Disputando contra
Avaí, Vasco e Goiás, o Figueirense foi quem se salvou, e com gol do sempre
contestado e às vezes amado, Marcão.
Retrospecto do Figueirense em 2015:
69 jogos
27 vitórias
19 empates
23 derrotas
78 gols pró
77 gols contra
48,3% de aproveitamento
Para terminar: Não fomos rebaixados, legal, beleza,
maravilha. Mas agora, eu cansei de todo santo ano estar lá brigando contra o
nojento rebaixamento. Acho que já tá mais do que na hora do Figueirense começar
a pensar em coisas maiores. Sei que a calculadora que a CBF e Rede Globo usam
para dividir as cotas é toda errada, mas essa desculpa de falta de dinheiro já é
mais velha que andar pra frente. O Figueira com pouco dinheiro já montou bons
times que foram muito competitivos. Quer ser maior? Para de pensar pequeno.
Chega de contratar esses jogadores "Zé Coquinho" que acham nos times
do interior de Santa Catarina. Estuda melhor o mercado! Não há mais lugares
para amadores no futebol.
Patrick Silva |
@figueiradepre
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