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O que deu errado na temporada do Ravens


A 20ª temporada do Baltimore Ravens na NFL não foi à festa que o torcedor esperava. Depois de cair bravamente para o New England Patriots no confronto divisional dos playoffs, muitos acreditavam que esse seria o ano dos corvos. Entretanto, uma série de fatores acabou definindo o que seria um desastre.

O fim da caminhada foi decretado e agora a franquia já começa a pensar no ano que vem. O que antes era uma das melhores defesas da Liga já não consegue render como antes. No ataque, Joe Flacco continua sem conseguir convencer que é um quarterback de elite, mas não há indícios que ele vá perder seu posto de titular. Além disso, John Harbaugh precisa pensar nas peças para repor o elenco, que acabou com muitos buracos.

Perdas da off-season e Draft:

O problema começou antes mesmo da temporada. Durante a off-season, peças importantes foram perdidas, como Torrey Smith, que decidiu ir para o San Francisco 49ers, e Haloti Ngata, trocado com os Lions.

No Draft, o WR Breshad Perriman, foi à primeira escolha e chegou para ser titular, mas acabou lesionado posteriormente. Javorius Allen, selecionado na quarta rodada, não esperava ser utilizado esse ano, mas as lesões de Justin Forsett e Lorenzo Taliaferro acabaram colocando o rookie como RB. Carl Davis, Za'Darius Smith e Tray Walker acabaram no elenco principal, mas não tiveram destaque.

Lesões e problemas para John Harbaugh:


As lesões acabaram sendo as piores inimigas do Ravens. Entre as principais perdas estão Dennis Pitta, que não consegue se livrar das lesões, Terrell Suggs logo na primeira semana, Steve Smith na semana 9 e Justin Forsett e Joe Flacco na semana 11. Além desses, o rookie Breshad Perriman também se machucou e deixou a posição de WR com um vazio enorme.

O mais impressionante é que o Baltimore saiu sem nenhum jogador lesionado em apenas uma partida, que foi a da semana 16 contra o Steelers. Tirando essa, o time perdeu alguém em todas as outras, o que explica muito a campanha ruim.

O perigo do two minute warning:

Chegam os dois minutos finais do jogo e o torcedor, vendo uma vantagem no placar, pensa que o time não pode ficar completamente nulo. Com o Baltimore, essa tranquilidade passou muito longe. Diversas partidas acabaram decididas apenas no final, incluindo as que o Ravens venceu.

Tirando contra Cardinals (18-26), Seahawks (6-35) e Chiefs (14-34), as outras sete derrotas foram definidas por seis pontos ou menos, sendo que todas vieram de viradas no two minute warning. Nas cinco vitórias, o placar sempre teve apenas três pontos a mais do que o adversário, com exceção da partida contra o Cleveland Browns, definida em um bloqueio de field goal retornado pra touchdown com o cronômetro zerado.

Steve Smith não irá se aposentar:


Steve Smith Sr anunciou nesta quarta-feira (30) que ficará mais uma temporada em Baltimore. Depois de se lesionar na Week 8 contra o San Diego Chargers, o wide receiver resolveu que abandonará a ideia de se aposentar no fim dessa temporada e jogará novamente em 2016 para encerrar a carreira da forma que merece.

É a notícia que os torcedores do Ravens precisavam. O número 89, que está desde 2001 na Liga, se destacou apesar do momento ruim do time. O WR conseguiu manter os números acima da média e recebeu inúmeros pedidos, inclusive de seus treinadores, para reconsiderar a aposentadoria. Com isso, Smith terá mais uma chance de levar o tão sonhado anel do Super Bowl para casa.

O que esperar de 2016:

Com o fim da temporada regular, o Baltimore Ravens entra de férias, mas o planejamento do ano que vem precisa ser feito desde cedo. Em 2015, a equipe acabou tendo seus problemas fortemente sinalizados e precisa correr atrás de soluções. É fato que o Ravens não pode ter um elenco comparável com Patriots, Packers e afins, mas não foi tendo o melhor time que vencemos em 2012.


É importante fazer um Draft inteligente, assim como jogadas calculadas com o Free Agency. Investir nas trocas também pode ser um movimento bom, mas com cuidado para não cometer os mesmos erros de agora.

Melhorar a defesa é o principal, pois só assim o ataque pode começar a trabalhar. Sim, é necessário que o time seja eficiente, assim Flacco conseguirá driblar suas próprias deficiências. Faltou, principalmente, encontrar força quando as derrotas começaram a surgir.

O Baltimore Ravens precisa lembrar a luta de cada um e a luta do grupo como disse Ray Lewis antes do jogo contra o Chargers, “1-6 não define quem vocês são. O que define o que são é o que fazem quando estão com 1-6”. Hoje, com 5-10, o que eles farão? Go Ravens.


Mariana Sá || @imastargirl 

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