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Palavras de um rebaixado

38 rodadas sendo 35 na zona de rebaixamento e 14 na lanterna. Nove vitórias, 11 empates, 18 derrotas, a pior campanha da história vascaína. O que se esperar de um time como esse?


O rebaixamento aconteceu, novamente, a segunda vez em três anos e a terceira na história do Vasco. Não há mais chances, possibilidade ou esperança. Acabou, caímos!

Chegamos à última rodada do campeonato sem destino certo, sem saber qual seria nosso rumo, precisávamos da vitória e da cooperação de outros times para nos livrar da vergonha de ver o Gigante cair mais uma vez. Não dependia só do Vasco, mas nem nossa parte nós fizemos. Não ganhamos o jogo, deixamos a honra e o respeito para trás e nos permitimos passar por tudo isso de novo.

É claro que não deveríamos ter deixado chegar a esse ponto, deveríamos ter feito mais ao longo da competição, mas ainda havia aquela última gotinha de esperança. Só que deu tudo errado! Quem precisava ganhar, perdeu. Quem precisava perder, ganhou. E nós empatamos, ficamos devendo mais uma vez.

Não há mais desculpas ou justificativas, só tristeza e dor. No desespero do senhor, no choro da criança, na incredulidade do menino, na desilusão da moça. O sofrimento, a comoção é geral, nosso pior pesadelo se tornou realidade mais uma vez, e não temos mais armas e nem forças para lutar contra ele. Só podemos aceitá-lo e juntar os cacos que sobraram para tentar nos reerguer.                                
Foto: esporte.ig
Palavras nunca serão o suficiente para expressar o que cada vascaíno sente, aquele brilho nos olhos, o sorriso de sempre, o “Eu Escolhi Acreditar”, tudo se perdeu, outra vez. Contudo, ainda amamos o Vasco e estaremos sempre juntos, onde quer que seja. A torcida que nunca se entrega, que acredita até o fim, continua aqui, em cada um de nós, independente das circunstâncias. E isso é o mais bonito de se ver.

Apesar de tudo que aconteceu, temos orgulho de sermos vascaínos, de torcer por um time com tanta história e tradição. Temos orgulho de sermos parte de uma nação que ama, acredita, apoia acima de tudo e que carrega a Cruz de Malta no peito onde estiver.

Foto: Lance
Por enquanto, não há mais nada a se fazer, a não ser esperar uma possível volta por cima, na próxima temporada. Até lá, só posso dividir minhas humildes e sofridas palavras, palavras de uma torcedora, uma sofredora, uma rebaixada.

Nos vemos na Série B. Até lá!

Ana Clara Soares (@AnaClaraSoares1)

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