A
irregularidade foi a grande marca do Sampaio Corrêa nesta temporada de 2015.
Seja literalmente, quando a escalação irregular resultou em uma eliminação
precoce na Copa do Nordeste, seja no desempenho dentro de campo: um festival de
empates tirou a possibilidade de voltar a disputar a primeira divisão.
COPA DO NORDESTE: TUBARÃO PAROU NO EXTRACAMPO
O foco do ano
foi declarado desde o começo: Copa do Nordeste. Uma competição curta e
importante que merece a devida atenção. Poupando atletas no Campeonato Maranhense,
o resultado dentro de campo veio.
Uma importante
vitória contra o Sport abriu a campanha e mostrou que os tricolores vinham
forte para buscar a competição, sempre pautado em boas atuações do destaque
Pimentinha. A invencibilidade durou até a sexta rodada, quando perdeu para o
mesmo Sport fora de casa.
Sampaio fez boa campanha no Nordestão, mas foi eliminado por escalação irregular. (Foto: Maranhão Esportes) |
A
classificação, assegurada com tranquilidade dentro de campo, foi perdida por um
fator amador: a escalação do volante Curuca. Irregular, o Tubarão perdeu seis
pontos e acabou eliminado.
MARANHENSE: QUASE DEU
Com o foco
total do primeiro semestre na Copa do Nordeste, a maioria dos jogos pelo
estadual foi disputada com time misto ou reserva. E o mistão da Bolívia Querida
não decepcionou: nenhuma derrota e a classificação com o quarto lugar.
É bem verdade
que foram muitos empates (cinco em oito jogos), uma prévia do que seria visto
no segundo semestre, mas a classificação foi essencial depois da eliminação
precoce no Nordestão. O empate contra o líder Moto Club combinado com a vitória
do São José classificou o time tricolor.
Mesmo jogando boa parte dos jogos com reservas, o Sampaio foi vice-campeão maranhense. (Foto: Maranhão Esportes) |
Na semi, dois
jogos difíceis contra o mesmo Moto Club, time que acabou líder do campeonato.
Já com time completo, o Sampaio venceu o jogo de ida por 3x1, de virada, e
segurou uma derrota simples no jogo da volta para garantir a vaga na final.
O título
escapou no último jogo. Depois de vencer por 2x1 no Castelão, o Tubarão foi
atropelado no jogo da volta e já perdia por 3x0 aos 15’ do segundo tempo. O gol
de desconto, aos 46’ do segundo tempo, não permitiu reação. A derrota gerou
troca de treinador: Léo Condé chegou para a disputa da série B.
COPA DO BRASIL: DERROTA PARA O CAMPEÃO
A vida do
Sampaio não foi longa na Copa do Brasil. Já começou com um susto: derrota para
o fraco Estrela do Norte por 3x2, revertida com facilidade no Maranhão: 4x1. É
verdade que um gol no final da segunda etapa, quando o placar ainda estava 2x0,
assustou a pequena torcida que compareceu ao jogo, mas longe de ameaçar a vaga.
O duelo
seguinte era contra o Palmeiras, o mesmo carrasco do ano anterior, ainda que
tenha causado a demissão do técnico Gilson Kleina. A primeira partida foi
bastante equilibrada e terminou empatada.
No jogo da
volta, o Sampaio assustou. Com um Pimentinha abusado, Diones abriu o placar e
deu mais alguns sustos ainda no primeiro tempo. O Tubarão ainda colocou duas
bolas na trave, mas não conseguiu segurar a pressão no segundo tempo e acabou
goleado pelos paulistas: 5x1.
Bolívia Querida deu trabalho ao Verdão, mas acabou eliminado. (Foto: Sportv) |
Serviu de
consolo a derrota ser, ao menos, para o time que acabou campeão.
SÉRIE B: UMA GANGORRA DO COMEÇO AO FIM
Com técnico
novo e a chegava do atacante Jheimy e mais quatro atletas, o Sampaio chegou
como grande incógnita. Em tese um dos favoritos ao G4, porém com a dúvida sobre
o entrosamento da nova comissão técnica e os novos jogadores.
A estreia
empolgou: vitória contra o Vitória, um dos favoritos ao acesso, dentro do
Barradão. Com oito pontos nas quatro primeiras rodadas, o sonho do acesso
pareceu ficar mais real. A equipe entrosou rápido e só perdeu a primeira na
quinta rodada, contra outro favorito – América-MG.
A campanha era
muito boa até a 10ª rodada. Foram vitórias consistentes contra Ceará e Macaé e
apenas mais uma derrota contra o Santa Cruz. Mas a derrota por 5x0 diante do
grande favorito Botafogo colocou em questionamento a capacidade do time em um
campeonato longo.
A resposta
veio com três vitórias nos quatro jogos seguintes e a consolidação no bloco de
cima, mesmo com tropeços para Oeste e Atlético-GO. A vitória diante do
Bragantino e do CRB animaram a torcida, que fechou o turno oscilando dentro e
fora do G4.
Oscilando muito ao longo do ano, Sampaio não conseguiu o sonhado acesso. (Foto: O Imparcial) |
O começo de
segundo turno foi idêntico ao primeiro: oito pontos em quatro jogos, mantendo a
equipe no bolo de cima da tabela. A primeira derrota também foi diante do
América-MG, mas dessa vez mais dolorida: a primeira derrota em casa e um jogo
de confronto direto.
O show de
empates na sequência – foram quatro em cinco jogos – afastaram um pouco o sonho
de acesso. Mesmo jogando bem, o detalhe fazia a bola não entrar. Um novo
empate, dois jogos depois, diante do Boa Esporte foi um dos grandes tropeços do
Tubarão. Os mineiros vinham perdendo todos os jogos mesmo dentro de casa.
As vitórias
contra o Paysandu e diante do rebaixado ABC, com direito a show de Nadson,
fizeram os maranhenses sonhar novamente com o acesso. Mas veio o tropeço
imperdoável diante do Oeste, em casa. Mesmo jogando melhor a Bolívia Querida
não saiu de campo com os três pontos e perdeu força.
Com apenas um
ponto nos últimos três jogos, o Sampaio viu a vaga ficar com o Santa Cruz – que
teve ótima arrancada no segundo turno. Fica a expectativa para entrar ainda
mais forte em 2016 e conquistar o sonhado acesso.
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