Mais uma temporada chegou ao fim, e que tal relembrar
os momentos mais marcantes para os cruzeirenses durante o ano de 2015, pode
comparar o Cruzeiro 2015 como uma fênix, literalmente a Raposa renasceu das
cinzas, da dor e sofrimento, para força e superação.
Por mais que encerramos o ano sem títulos tivemos
momentos inesquecíveis na Copa do Brasil, Libertadores, Campeonato Mineiro e
Brasileirão.
O inicio do ano:
Todo torcedor cruzeirense realmente pensou que a
temporada 2015, seria semelhante como foi nos dois últimos anos, porém sofremos
com uma diretoria totalmente desorganizada e as principais contratações “desesperadas” e desnecessárias, dinheiro
mal gasto, e o principal, o clube estava sendo comando por mercenários, o que
foi de certo modo um total desrespeito com o torcedor.
Transformações na diretoria foram o principal para a
mudança dentro da Toca II, e não podemos esquecer-nos das polêmicas com a saída
de Marcelo Oliveira que apesar de ter sua marca na história da Raposa, estava
em má fase e pegou uma sequência de derrotas preocupante, e a eliminação no
Mineiro e Libertadores de forma “humilhante”
entrou na conta de Marcelo, o que apressou sua saída do time mineiro.
Chegada de Luxemburgo em Belo Horizonte,
especificamente no Cruzeiro, o jogo de estreia deu uma chama de esperança para
o torcedor celeste, porém foi apenas fogo de palha, a decepção chegou algumas
rodadas depois e o mais deprimente foi a forma que saímos da Copa do Brasil,
foi realmente um vexame a eliminação dentro de casa contra o Palmeiras de
Marcelo Oliveira.
Mais uma vez mudança no comando celeste, Mano Menezes
chegou e renovou as forças do Cruzeiro e relembrou o futebol da Raposa e
reviveu jogadores que andavam sumidos durante o campeonato, Mano alcançou a
marca de 13 jogos de invencibilidade, e o mais importante tirou a equipe da
zona da confusão da tabela, mas no final do ano abandonou o barco quando
decidiu ir para China.
Porém vamos relembrar por etapas o retrospecto
celeste, dos piores aos bons momentos do Time do Povo.
Campeonato Mineiro:
O Campeonato Mineiro foi o primeiro de alguns dos confrontos
que encontraríamos durante o ano e também uma amostra de como seria a temporada
2015.
A Raposa fez sua estreia no mineiro em Governador
Valadares contra o Democrata, o time ainda passava por adaptações com saídas e
entradas de jogadores, apesar de tudo isso a equipe que ainda era comandada por
Marcelo Oliveira começou com o pé direito a competição, após arrancar a virada
celeste em Valadares.
O desempenho da Raposa foi até razoável com três
empates, uma derrota e sete vitórias durante as 11 rodadas, mas quando parecia
que o time tinha se encontrado a fase de eliminatórias chegou e a história foi
completamente diferente, principalmente a eliminação pelo Atlético-MG nas semifinais.
Libertadores:
Os momentos mais marcantes sem dúvida foram nos jogos da
Copa Libertadores, o retrospecto da Raposa na fase de grupos foi um tanto
positivo com dois empates, três vitórias e apenas uma derrota, terminando a
fase de grupos na liderança do Grupo 03 com 11 pontos, e nas oitavas de final o
primeiro adversário da equipe mineira foi o São Paulo.
Quando o assunto é mata-mata, Cruzeiro e o Tricolor
Paulista tem um longo histórico de confrontos diretos e já era de se esperar um
jogo completamente emocionante pela tradição que ambos possuem na competição.
A primeira partida foi no estádio Morumbi, onde o time
celeste perdeu por 1x0 com gol do argentino Centurión, porém o jogo de volta
seria na Toca III e a postura dos jogadores cruzeirenses surpreendeu a todos,
durante os 90 minutos a Raposa foi totalmente superior e não foi de propósito
que venceu por 1x0 com gol de Damião, mas no placar agregado estava 1x1, o que
significa pênalti: Fábio brilhou, Gabriel Xavier resolveu e desse modo
emocionante aposentamos o goleiro Rogério Ceni, que até fez boas defesas, mas
não impediu a eliminação paulistana.
Em seguida, nas quartas de final o rival da vez foi o
River Plate, que para essa decisão lotou o Monumental de Nuñez com mais de 60
mil torcedores presentes, mas os jogadores argentinos que fizeram uma partida
totalmente apática deparam com um Cruzeiro maduro e equilibrado dentro de
campo, dessa maneira o time azul encontrou um gol com Marquinhos no segundo
tempo.
A Raposa jogava pelo empate no jogo de volta, mas fez uma
partida totalmente contrária do primeiro jogo, pareceu que só estava o River em
campo e com uma vitória merecida a equipe argentina venceu por 3x0 com gols de
Sánchez, Maidana e Téo Gutierrez, e assim o Cruzeiro se despediu da Libertadores
e de Marcelo Oliveira.
Copa do Brasil:
Já nas oitavas de final, a equipe que naquele momento
era treinada por Luxemburgo, fez seu primeiro jogo pela Copa do Brasil contra o
Palmeiras.
Apesar de uma postura ofensiva no jogo de ida, a
Raposa ainda encontrava problemas com chances de gols desperdiçadas e falhas
nas jogadas, e foi com os erros que surgiu o primeiro gol palmeirense com
Cleiton Xavier, o empate cruzeirense veio dos pés de Leandro Damião, o gol da
virada do porco veio com Rafael Marques.
No jogo de volta, ainda restava esperança do lado azul
e branco, até porque era necessário fazer apenas um gol para passarmos de fase,
mas Gabriel Jesus, Barrios marcaram o triunfo do verdão, os gols de
misericórdia da Raposa foram feitos por Alisson e Vinicius Araujo, perdemos
dentro de casa e nos despedimos de forma “vergonhosa”
da Copa Do Brasil.
Brasileirão:
Com a eliminação da Copa do Brasil, o único foco da
Raposa deveria ser no Campeonato Brasileiro, mas a irregularidade ainda andava
lado a lado com o time mineiro.
No dia 2 de junho, Vanderlei Luxemburgo assumiu o
comando celeste, em busca de reencontrar o bom futebol do Cruzeiro, porém ao
decorrer do Campeonato Brasileiro vimos um comando instável e o que
transparecia é que havia problemas internos dentro da Toca II.
A paciência com Luxa acabou no jogo contra o Santos,
quando perdemos dentro do Mineirão por 1x0, apesar da derrota naquela noite
aconteceu dois pontos positivos: Luxemburgo saiu, e a Nação Azul saiu do
Mineirão com um “pacto de fidelidade”, o que se resumia a apoiar o time
incondicionalmente, pelo fato de torcemos pro Cruzeiro e não para técnicos e
jogadores e o principal a Raposa é maior do que qualquer crise, técnico ou
jogador, foi onde também saiu o lema “Time
do Povo”.
Começamos o mês de setembro com o “pé direito”,
quando recebemos a noticia que Mano Menezes assumiria o comando celeste, frio
na barriga e muita fé, porque ali estava nossa ultima esperança, e depois de
tantos erros durante o ano, finalmente um acerto. Mano restaurou aquele clima
de união dentro da Toca II e o mais importante reviveu os resultados positivos
do Cruzeiro, em três meses tirou a equipe da parte mediana da tabela, e colocou
numa posição melhor e a poucos pontos do G4, nos deixando até sonhar com Libertadores.
Infelizmente, a temporada 2015 não terminou como
planejamos, e mais uma vez houve mudanças na parte técnica, Mano Menezes não
resistiu à proposta da China e deixou Minas, e a Raposa sem perder tempo elegeu
Deivid como novo treinador do Maior de Minas, apenas uma coisa que desejamos
que continuem com essa postura de um gigante dentro de campo.
Expectativas 2016:
Apenas esperamos que em 2016, o Cruzeiro permaneça com
essa postura e que cada jogador que vim e aqueles que já estão, reconheçam o
peso da camisa do Cruzeiro, que possa fazer por onde e honrar nossa história.
Almejamos títulos, brigar pela parte cima de cada
campeonato que participamos, união e muita alegria para cada torcedor da Raposa
e o principal, esperamos que 2016, seja diferente de 2015.
Apesar de tudo, ou talvez por causa de tudo, conte
sempre com seu torcedor Cruzeiro, até 2016.
@Paulinha_CEC
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