Depois devencer o América-MG jogando muito mal, o Flamengo voltou ao Campeonato Carioca
sabendo que não podia continuar com atuações terríveis na competição. No
segundo clássico seguido, Muricy entregou à torcida um time diferente e, para a
alegria geral, com mudanças que fizeram a diferença.
A surpresa já
começou quando a escalação oficial saiu. O impossível se tornou possível e
Márcio Araújo, finalmente, foi para o banco. Os volantes foram Willian Arão e
Cuéllar, que, juntos a Mancuello mais recuado – diferente do último jogo –,
fizeram uma grande partida. Na zaga, Wallace e Cesar Martins, que entrou no
lugar do poupado Juan, repetiram a dupla que não dava certo ano passado. Mas
dessa vez deu.
O Flamengo
entrou com: Paulo Victor, Rodinei, Wallace, César Martins, Jorge; Cuéllar,
Willian Arão, Mancuello; Marcelo Cirino, Emerson e Guerrero. E a escalação, que
está, para mim, próxima do ideal, mudou e muito o desempenho em campo.
Dominante durante a maior parte do jogo, o Mais Querido conseguiu fazer
exatamente o que não fez nas últimas partidas, jogando bem, forte e com
intensidade.
Claro que o
Fluminense não passou os 45 minutos iniciais sem arriscar. Apesar da boa
atuação, a zaga não é a melhor possível e deu abertura para algumas chances
adversárias, mas o tricolor finalizou mal ou parou em Paulo Victor em todas
elas. E o Flamengo foi para cima com uma vontade de vencer que é até difícil lembrar
quando vimos pela última vez.
Aos 13 minutos
da primeira etapa, Mancuello cobrou escanteio fechado, Cavallieri falhou e a
bola parou em Willian Arão, que agiu rápido e chutou forte para o fundo das
redes. O Fluminense, já perdendo, sofreu e sofreu muito. Foram chances de
Guerrero, Cirino, Sheik, pela direita com Rodinei, que melhora a cada jogo,
pela esquerda com Jorge, que está tentando voltar a atuar bem, ou pelo meio com
Mancuello e Arão. Cuéllar fechou a defesa e fez tudo sem comprometer. Foi tudo muito
bom.
No segundo
tempo, logo aos dois minutos, Guerrero recebeu um cruzamento certeiro de
Rodinei, pulou, cabeceou e deixou Henrique assistindo seu gol no chão. Até aí
tudo foi ótimo, mas não tinha nada resolvido. Aos 6’, Cuéllar cometeu falta e
retardou a cobrança, Pierre chegou empurrando o volante por trás e Marcos
Júnior resolveu bater no colombiano também, que ficou muito irritado e foi
controlado pelos companheiros. O juiz chegou atrasado no lance e acabou
expulsando o rubro-negro e Marcos Junior.
E aí começou o
sufoco. Muricy tirou Mancuello e colocou – ele – Márcio Araújo. A partir dessa
mudança o Fluminense partiu para cima, mas a zaga conseguiu segurar o
resultado. O ritmo diminuiu por conta do cansaço e da chuva, mas o Fla tentou
uns chutes e também viu o adversário ter algumas chances de gol. Aos 37’ eles
conseguiram quando Wallace cometeu falta na entrada da área, Gustavo Scarpa
bateu por cima da barreira e Paulo Victor, pulando atrasado, não conseguiu
defender. Para completar o difícil fim de jogo, o zagueiro capitão acabou
expulso com o segundo amarelo por chutar a bola para longe depois de uma falta.
Como disse
Diego Souza depois do fim do primeiro tempo, “Graças a Deus acabou”.
Na próxima
partida já teremos mudanças. Contra a Cabofriense, quarta-feira, Muricy Ramalho
não poderá contar com Wallace e Cuéllar, suspensos, e Guerrero, que levou o
terceiro amarelo por comemorar com a torcida e está fora. Para substituí-los, o
treinador deve voltar Juan e Márcio Araújo para os titulares e testar Felipe
Vizeu no ataque.
Mariana Sá || @imastargirl
Fotos: Flamengo
0 Comentários