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Uniforme e futebol em xeque - América-MG


A cada início de temporada as expectativas dos torcedores em relação aos seus clubes se renovam, e tão esperada como a montagem do elenco, com a contratação de reforços, está à apresentação dos novos uniformes, ou melhor, dos mantos que a equipe vestirá por todo o ano.

Tão logo as primeiras imagens e rabiscos começam a ser divulgados surgem as primeiras discussões entre a turma mais conservadora e aqueles que pedem por novidades. Como o nosso Coelho ostenta o título de dono de um dos mais belos uniformes do país, as discussões acerca do uniforme do clube costumam ser longas a cada vez que uma linha é lançada.

Para 2016 o América inovou e colocou nas mãos do renomado estilista Ronaldo Fraga a responsabilidade de desenhar os uniformes, e o resultado foi uma linha bastante inovadora, conforme era o desejo da diretoria, aproveitando a volta à elite para lançar algo de impacto. Porém os novos uniformes ficaram longe de ser unanimidade entre a torcida. A utilização da cor laranja em todas as camisas causou arrepio na parte mais conservadora dos torcedores, enquanto outros viram nos materiais uma boa oportunidade de marketing para divulgar o clube.

Eu, particularmente, gostei da camisa número um, achei a dois aceitável, e três totalmente fora de propósito. Pode ser que com o passar de um ou dois meses eu mude de conceito e passe a gostar igualmente de todos os materiais, porém, mesmo não me considerando muito conservador, acho que uma camisa totalmente laranja não tem nada a ver com a história do Coelhão.

Todo ano, com o lançamento de mais uma linha de material, ganhamos novos candidatos para as discussões sobre o top dos uniformes mais bonitos da história do clube. Entretanto, é preciso ressaltar que a preferência da torcida e os uniformes mais lembrados sempre estão associados aos títulos e glórias. Garanto que ao perguntar a qualquer um de nós americanos sobre o TOP 5 dos uniformes do clube, as camisas de 1997, 2000, 2001, e 2009 estarão presentes, ao passo que as de 2006 e 2007 raramente serão citadas.

Portanto, de nada adianta criar fatos, contratar estilistas, e fazer festas de lançamento, se o time não corresponder em campo e as campanhas nas competições do ano forem um fiasco. A começar pela da Primeira Liga, e do Campeonato Mineiro, não vejo um lugar muito promissor para o nosso novo manto na história do clube.

Ou a diretoria acorda para o fato de estarmos a menos de dois meses para o início da Série A e dá uma chacoalhada no comando da equipe, além de buscar reforços de qualidade no mercado, ou o laranja estará associado a pesadelos no final do ano, e de inovação passará a ser cor proibida no futuro do clube.

Tomara que eu esteja errado, e tanto o time quanto o uniforme de 2016 possam ser lembrados por vários anos como divisores de água na história do América. Nossa parte, como torcedores, faremos das arquibancadas...

Flávio Guimarães

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