Heriberto Hulse é o palco do duelo deste domingo. (Foto: Cristiano Andujar) |
A
Chapecoense viaja neste domingo (24) para Criciúma, onde enfrenta o
Tigre às 18h30. Já sem chances de conquistar o returno e o título
do Catarinense antecipadamente, faz com que todos tenham o pensamento
de um jogo para cumprir tabela.
Guto
Ferreira confirmou uma equipe totalmente reserva, assim como o
próprio Criciúma. Mas se engana quem pensa que este jogo não vale
nada. A história traz um tabu de 16 anos sem vitórias do Verdão no
Estádio Heriberto Hulse, além de que uma vitória traga de volta a
confiança da Chape, que vem de duas derrotas seguidas na
competição, visando a grande final da competição diante de um
Joinville motivado e em grande fase.
O
histórico dos duelos entre Chapecoense e Criciúma mostram partidas
cheias de emoção, rivalidade e títulos. Nas últimas quatro
finais que o Verdão esteve presente, o Tigre foi adversário em
três delas.
Elenco tricampeão Catarinense 2007. (Foto: Divulgação/Chapecoense) |
Na
primeira delas, em 2007, enquanto o Criciúma despontava como
principal favorito para conquistar o título estadual, a Chapecoense
com um elenco modesto foi a surpresa, levando o returno e
garantindo a vaga na final. No jogo de ida, as equipes se enfrentaram
no Estádio Regional Índio Condá, como era conhecido na época a Arena Condá. O resultado de 1x0 após falha bisonha de Zé Carlos dava a vantagem do empate para o Verdão.
No
jogo da volta, o Criciúma vencia por 2x1 e, jogando por dois
resultados iguais, aguardava o apito final do árbitro para comemorar
o título daquele ano. Faltando 10 minutos para acabar a partida,
Valmir cruzou e encontrou Fábio Wesley, que empurrou a bola para o
fundo da rede, empatando o duelo. Os minutos restantes tinham ar
de dramaticidade, e terminaram com o apito final do árbitro e a
comemoração dos visitantes, que pintaram o Heriberto Hulse de verde
e branco.
Segundos após o gol contra de Carlinhos Santos, enlouquecendo a Arena Condá. (Foto: Flávio Neves) |
As
equipes voltaram a decidir um estadual em 2011, com a Chapecoense
ficando com melhor campanha e com a vantagem de decidir a
grande final com o apoio de seu torcedor. Na partida de ida, em
Criciúma, uma vitória por 1x0 do Tigre tirava a vantagem do empate
do Verdão.
Na
volta em Chapecó, a obrigação de vencer ficou do lado verde e
branco. A forte marcação do time carvoeiro parecia ser
intransponível. A cada minuto que passava, o drama aumentava, até
que, aos 23 minutos, Neném, que acabava de entrar, cobrou falta, o
zagueiro Carlinhos Santos tentou cortar e empurrou a bola no fundo
das redes de Andrey, marcando gol contra e enlouquecendo a Arena
Condá. A tranquilidade só chegou após o apito final do árbitro,
consagrando o Verdão Tetracampeão Catarinense.
A
última e mais triste final entre as equipes foi realizada em 2013,
após um primeiro turno em que o Verdão não deu chances, passou por
cima dos adversários e garantiu presença na decisão do estadual. No
segundo turno, enquanto via um Criciúma crescendo a cada jogo, a
Chapecoense não conseguia desempenhar o mesmo futebol e caia de
rendimento a cada partida. No primeiro jogo da final, realizado em
Criciúma, o Tigre em grande fase venceu por 2x0 e dificultou a vida
da equipe do Oeste para o jogo da volta.
Em 2013 foi a vez do Criciúma fazer a festa fora de casa, levantando a taça em plena Arena Condá. (Foto: Marcelo Silva) |
Em
Chapecó, o Verdão conseguiu marcar logo no começo da partida com o
zagueiro Rafael Lima após cobrança de escanteio. Porém, a forte
marcação dos visitantes garantiu o placar de 1x0 e o título para
o Criciúma, que devolveu a festa em 2007.
Hoje
a Chapecoense encontra-se na mesma situação que 2013. Após vencer
o turno sem grandes dificuldades, vive fase conturbada depois de
perder a invencibilidade contra o Metropolitano e ver o Joinville
conquistar o título do returno em plena Arena Condá.
O
duelo deste domingo pode, para muitos, valer só para cumprir tabela. Entretanto, uma vitória além de trazer de volta a moral e a confiança do
elenco, acaba com um tabu de 16 anos sem vitórias no Estádio
Heriberto Hulse.
Marcelo Weber || @acfmarcelo
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