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Aquecimento Olímpico: Vôlei de Praia

Foto: Mariana Sá
Sol no céu refletindo na areia da praia, uma rede que divide a quadra, um belo cenário para um jogo de vôlei. Uma dupla de cada lado, sem reservas, disputa qual é a equipe melhor. São dois sets de 21 pontos e, caso necessário, um terceiro, o tie-break ou set desempate, que, diferente dos outros, fecha em 15 pontos. A leveza, a atenção e os voos do vôlei de praia exigem muita técnica, força e inteligência dos jogadores.

Lá vem história...

O vôlei de praia entrou para o calendário olímpico em 1996, nos Jogos de Atlanta. Porém, esta modalidade do vôlei já era muito praticada. Diz a história que na década de 20 a modalidade praticada nas areias da Califórnia, Estados Unidos, virou febre. Contudo, a relação entre esporte, praia e Rio de Janeiro sempre teve boa sintonia e foi na cidade olímpica que aconteceu o primeiro evento internacional do esporte, em 1987.

Ágatha e Bárbara serão representantes do país na Olimpíada. Foto: FIVB
Se o Brasil na década de 30 considerava o esporte nas areias de Copacabana e Ipanema amador, hoje somos uma potência no vôlei de praia. No primeiro ano em Jogos Olímpicos, levamos a medalha de ouro com a dupla feminina Sandra e Jackeline e a prata com Mônica e Adriana em uma final digna verde-amarela.

Nas cinco edições do vôlei de praia nos Jogos Olímpicos, o Brasil conquistou medalhas pelo menos no feminino ou no masculino. Além da final feminina brasileira em 1996, a bandeira brasileira estava no pódio em Sydney, 2000, com prata e bronze, Atenas, em 2004, com prata e Londres, 2012, com o bronze.

Já os homens conquistaram a primeira medalha em Sydney com José Marco Melo e Ricardo Santos, que levaram a prata. Em Atenas, Ricardo voltou à final com Emanuel Rego e dessa vez conquistou o ouro. Nas duas edições seguintes, o Brasil ficou com prata e bronze em 2008 e prata em 2012.

RIO 2016

O querido Emanuel, medalhista olímpico e recordista em participações em Olimpíadas ao lado da australiana Natalie Cook, foi a cinco edições dos Jogos e se aposentou das areias. O craque brasileiro, que dedicou 25 anos ao esporte e conquistou 155 títulos, três medalhas olímpicas (ouro em Atenas, 2004; bronze em Pequim, 2008; e prata em Londres 2012), pretende influenciar a nova geração de vitoriosos.

Pedro Solberg e Evandro, a dupla masculina na Olimpíada. Foto: Divulgação/FIVB
O ciclo olímpico de 2016 nos tem trazido muita esperança. Nos resultados do Campeonato Mundial da Holanda de 2015, terminamos em primeiro e terceiro lugar masculino com Alison Cerutti e Bruno Schmidt, e Pedro Solberg e Evandro Gonçalves. Na disputa das mulheres, o pódio foi genuinamente brasileiro, Ágatha Bednarczuk e Bárbara Seixas, Taiana Lima e Fernanda Berti, e Maria Elisa e Juliana Silva. Por outro lado, devemos ter cautela com as duplas estadunidenses femininas, que conquistaram as últimas três medalhas olímpicas.

Em agosto, no Rio de Janeiro, serão 48 times lutando pela sonhada medalha olímpica, e quatro duplas estarão nos representando: Ágatha e Bárbara, Larissa e Talita, Alison e Bruno Schmidt, e Evandro e Pedro Solberg.

As outras duplas dos países participantes serão selecionadas de acordo com o ranking olímpico divulgado em 12 de junho, que convocará 30 equipes. Os demais ainda terão oportunidade na Copa Continental, de 20 a 26 de junho, que tem direito a 10 vagas. As duas últimas duplas serão definidas em uma competição de 4 a 10 de julho.

Local de competição: Arena de Vôlei de Praia

Projeto da Arena em Copacabana. (Foto: Globo Esporte)
Cartão postal da cidade maravilhosa. Entre as praias do Leme e de Copacabana, de frente para a Avenida Princesa Isabel. Berço do vôlei praiano, legitimamente carioca. É lá que a Arena de Vôlei de Praia estará durante os Jogos Olímpicos Rio 2016.

A Arena foi montada provisoriamente com capacidade para 12 mil torcedores. Instalada na famosa praia em formato de meia lua, os quatro quilômetros de extensão serão pouco para a grandeza da competição olímpica. Com algumas modificações do plano original das quadras, na Olimpíada essa estará perpendicular ao mar para os ventos soprarem à favor dos vitoriosos.

Com carinho, Cássia Moura e Mariana Sá (@cassinha_moura | @imastargirl)

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