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Com pequena ajuda, Barcelona vira jogo contra Atlético

Primeiro gol da partida. Foto: www.marca.com
O jogo:

É meio complicado falar ou descrever o que aconteceu hoje no jogo Barcelona x Atlético de Madrid. O confronto dessas duas equipes pode ser considerado a melhor partida ou não, a mais emocionante dessa Champions League. Mas, além do bom futebol demonstrado pelos dois times, o que vimos ou comprovamos hoje foi que existe sim uma pequena “máfia” ajudando o Barcelona nos jogos mais importante deles. Já já explico tudo isso.

Mas voltando ao jogo, o Atlético foi quem mais surpreendeu a todos, principalmente na escalação inicial. O treinador Diego Pablo Simeone optou por colocar Carrasco no lugar de Augusto e, com isso, mostrou ao Barça que o time colchonero não viria para jogar na retranca. Os primeiros 15 minutos foram daquele pequeno estudo que quase sempre tem, as duas equipes não arriscava, só tocavam a bola de um lado para o outro tentando descobrir qual a estratégia ou a postura que cada um colocaria em jogo. Mas pela qualidade dos dois, isso não duraria e, aos 18 minutos, Messi arriscou chute rasteiro, por pouco a bola não entrou.

O Atlético de Madrid até que jogava bem, conseguia alguns pequenos espaços e, com isso, criava uma preocupação ao time catalão. A primeira chegada do Atlético foi aos 24 minutos com Griezmann, mas a recompensa maior só chegou um minuto depois, com o gol de Fernando Torres. El Niño, como é chamado na Espanha, recebeu um belíssimo passe de Koke entre dois zagueiros, o atacante não pensou duas vezes e soltou o pé, a bola ainda passou por baixo das pernas de Ter Stegen.

Tudo aquilo parecia não estar acontecendo, o Atlético jogava bem e tinha aberto o placar no Camp Nou. A verdade é que alguns torcedores do Barça começaram a ficar meio assustados com a postura do time de Simeone. O Atlético ainda tentou ampliar e por pouco não conseguiu, já que, aos 32 minutos, Ter Stegen operou um milagre na cabeçada de Griezmann.

Sem dúvida tudo estava ocorrendo como Simeone queria, um Atlético bem defensivamente e perigoso ofensivamente, tudo parecia estar dando certo até os 35 minutos, quando Fernando Torres perdeu o tempo da bola e acabou fazendo uma falta besta encima de Busquets. O atacante acabou levando o segundo amarelo e deixou o campo aos 35 MINUTOS DA PRIMEIRA ETAPA. Isso foi o suficiente para acabar com um esquema tático de Diego Simeone, foi como um balde de água fria para todos os jogadores. O Atlético ainda conseguiu segurar o Barcelona, mas viria todo um segundo tempo pela frente.

Jogadores do Atlético se desesperam com o cartão vermelho para Torres. Foto: www.marca.com
Bom, o segundo tempo sinceramente foi um inferno para qualquer torcedor colchonero. O Atlético de Madrid praticamente jogou o segundo tempo inteiro no próprio campo, ou melhor, dizendo dentro da sua área. Sinceramente eu nunca vi um time sentir tanto uma expulsão de um jogador como o Atlético sentiu hoje, foi impressionante.

O Barcelona só tinha um pensamento atacar e fazer gols, já o Atlético nem era se defender, mas sim rezar. Foi chutes de fora da área, bola no travessão, bolas dentro da área do Atlético todo hora e de todos os lugares. Messi, Neymar e Suarez não conseguiam vencer o goleiro Oblak, mas o sentimento dos torcedores colchoneros e até mesmo do treinador Diego Simeone era que a qualquer momento sairia o gol do Barcelona.

A resistência do Atlético até que durou muito, mas aos 62 minutos, Suárez aproveitou um chute errado de Jordi Alba para empatar o jogo colocando ponto final no sonho do Atlético de uma vitória. É claro que depois do empate a pressão do Barcelona só aumento. Luis Suárez só precisou de mais 12 minutos para fazer outro gol e decretar o placar do jogo. Sem dúvida o segundo gol do Barça já era esperado, a pressão que o time catalão colocou encima do Atlético era impossível não levar a virada.

Ninguém pode dizer que o jogo não foi emocionante, até mesmo quem não torce por nenhum desses dois times sentia toda a energia desse confronto. Mas também não podemos deixar em branco o que de fato vem acontecendo na UEFA Champions Legue ou em outras competições.

Desde que existe a Champions mesmo, o Barcelona é o time que mais se beneficiou dos cartões vermelhos dos jogadores adversários. São 30 cartões vermelhos, o único time que chega perto do FC Barcelona é o Bayer com 20, uma diferença muito grande. José Mourinho foi um dos poucos treinadores que reclamou disso, quem não se lembra do treinador cansar de falar que não conseguia jogar contra o Barça sempre com um a menos, ou se não aquela semifinal da Champions em 2011 entre Real Madrid e Barcelona onde Pepe foi injustamente expulso, sendo que nem tinha tocado no Lateral Brasileiro Daniel Alves.

Não estou dizendo que a expulsão de Fernando Torres foi justa ou injusta, mas vamos pensar, 35 minutos do primeiro tempo se fosse Messi ou Neymar, o árbitro expulsaria? Claro que não. Vamos também reparar um lance antes do segundo gol de Luis Suárez, o uruguaio deu um tapa na cara do lateral brasileiro Filipe Luís, lance para cartão vermelho, mas o árbitro só deu amarelo, por que será?

É difícil aceitar tudo isso, times que não tem toda essa potência ou prestígio, que não tem tanto dinheiro como os gigantes serem claramente prejudicado com foi hoje. É horrível para os torcedores, mas é pior para um jogador que esta ali treinando todo dia e vem se dedicando muito como o Atlético. É uma injustiça.

O jogo da volta só acontecerá no dia (13), quarta-feira, no Vicente Calderón e pode ter certeza que os torcedores colchoneros vão lotar e vamos lutar até o final. Antes disso, ainda temos que disputar o Campeonato Espanhol, o nosso adversário será Espanyol, fora de casa, domingo (10). 

EU ACREDITO E TODOS OS COLCHONEROS ACREDITAM, VAMOS SEM MEDO!

Texto escrito por Alzemir Neto, colunista do Atlético de Madrid.

Twitter:

Alzemir Neto: @NeetoMoraes96
Linha de fundo: @SiteLF

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