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Vi, vivi e venci

Somente uma pessoa até o dia de hoje recebeu uma carta de mim, somente uma pode ter todos os meus sentimentos expostos em linhas, só uma pessoa recebeu algo de mim, somente ela teve compilada todas as alegrias, tristezas e mancadas que passamos, mas essa pessoa sempre me disse que eu era o maior colorado que ela conheceu, e que realmente eu era viciado, minha historia de amor com ela não foi de cinema nem nada, pois ela era a coadjuvante da história mais linda que existia, onde o maior protagonista era algo abstrato, algo irreal, algo GIGANTE.

Hoje descobri parando para pensar, vivo o maior romance da minha vida, e vou explicar um pouco de como foi isso. Nosso amor começou lá pelos anos 90, mais específico no dia 28 de agosto de 1993, ali foi selado o pacto da nossa aliança, em meio ao vermelho do sangue e o branco da minha pele, e desde esse dia não me arrependo deste amor, pois o que foi prometido era que eu defenderia as cores que eu nasci. Claro que passamos momentos difíceis, mas passamos glorias magníficas, feitos que ninguém poderá tirar da gente meu amor.

Colorado, Colorado, nada vai nos separar, somos todos seus seguidores, para sempre eu vou te amar. (Foto: Deive Pazos)
Queria agradecer muito os que contribuíram para que esse romance acontecesse. Gostaria de agradecer primeiramente aos meus pais que sempre me apoiaram na decisão em que escolhi e por todos os momentos que eles me proporcionaram no estádio, nunca me esquecerei dos dias que ia com vocês nos jogos e nas reuniões do conselho do clube, também nunca deixarei passar em branco os dias que andava no túnel do Beira Rio passando a mão no alambrado dizendo: "PAI, MÃE! Eu amo o Inter". Outros responsáveis por esse amor foram os Gremistas, sim os amargos. Obrigado por tudo que vocês me falavam durante os duros anos 90, vocês nos fizeram forte. Enquanto o colorado estava péssimo, vivi o quase rebaixamento, as finais desperdiçadas, os vexames e desilusões que vivemos foram necessárias para criar casca em nós dois. No meu colégio todos eram gremistas, somente eu usava a camisa vermelha com meus 5, 6 anos de idade. Provocações, flautas eram constantes, mas eu estava lá, de camisa vermelha, com o velho escudo no peito desafiando a turma inteira, muitos colorados dessa época não resistiram e se voltaram a sua pátria. Eu aguentei firme e forte. Meu avô gremista certo dia me disse: "Filho, você é um herói. Você é um dos malucos que tem coragem de ser colorado, dos doidos que resistiram".

Aguentei firme e forte. Tudo isso que aconteceu foi armado pelo destino, e hoje tudo se encaixou. Eu me lembro de Dunga x Palmeiras na cacunda do meu pai. Lembro-me do Fabiano Cachaça na Social, lembro-me de Librelato x Paysandu assistindo com a minha mãe, porém também me lembro de Sóbis e Fernandão e de toda a campanha que um amigo da minha mãe me levou em 2006, recordo do Iarley e do Gabirú contra o Barcelona na Goethe. Vem na minha lembrança a cada noite que durmo a imagem de D'alessandro e Taison na popular tocando murga com a Popular a 4 metros de distancia de mim depois de golear o Chivas numa noite épica. Posso descrever muitos momentos lindos que vivemos Inter, esse amor é quase impossível de entender.  Porém prefiro citar algumas musicas que explicam tudo:

"Inter, estaremos contigo, tu és minha paixão não importa o que digam, sempre levarei comigo". "Vamos meu Inter, a vida inteira eu esperei por isso, nas horas ruins eu estava contigo e o mundo inteiro eu vi tu conquistar". "Por que nos momentos mais difíceis eu estava do teu lado e nunca te abandonei". "Eu sou desde pequeno colorado". "De meu pai herdei esse amor verdadeiro, de seguir meu colorado aonde vai". "Por que é nas más que eu demonstro que te amo igual". "A cada dia eu te quero mais, e o sentimento não vai acabar". "Pelo Rio Grande e pelo nosso amor". "Segue tua senda de vitórias, Colorado das glórias, orgulho do Brasil"!

107 anos de glorias, e eu sigo contigo fazendo história.

Ismael Schonardie|@Ismahsantos

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