Há exatamente três jogos, após o
duelo contra o Bahia, o Paraná não marcava, eram mais de 270 minutos e falei que “procurávamos gols”. Essa falta de gols era proveniente da falta de criação da equipe de
Claudinei Oliveira. Robson estava mal, Valber mal e Nadson não conseguia
carregar o time nas costas toda hora. Depois disso, marcamos quatro gols em dois jogos
(Sampaio e Oeste) e a parte ofensiva do time voltava a funcionar. Hoje mudo a
afirmação para “Achem o gol”, porque o que perdemos de gols hoje não foi
brincadeira.
Sem Nadson e Valber, lesionado e
suspenso respectivamente, a expectativa para ver como o Tricolor iria se
comportar em campo era grande. As alternativas mais claras e lógicas eram ou a
escalação de dois meias, Marcelinho e Murilo, ou avançar Diego Tavares para o
meio, colocar Leandro Silva na direita e pôr um meia. Claudinei optou pela
segunda opção e escalou o seu famoso 4-2-3-1 com: Marcos; LSilva, João Paulo, Pitty
(#VoltaAlisson) e RCarioca; Uchoa, LOtávio, DTavares, Murilo e Robson; Lucio
Flavio.
Foto: FuturaPress |
Pouco antes da bola rolar, a luz
do estádio apagou e a partida atrasou. Os refletores voltaram, o jogo começou e
o Tricolor em cima do Londrina. Diego Tavares precisou somente de dois minutos
para invadir a área pela direita e tentar o passe Lucio Flavio, mas Marcelo
Rangel interceptou e impediu a abertura do placar. Não demorou muito e os refletores
apagaram novamente. O famoso time de província, como diria o poeta Durval Lara
Ribeiro, ou simplesmente Vavá. Nessa brincadeira de acende e apaga luz, o
Tricolor perdeu dois jogadores, Marcos e Rafael Carioca saíram para as entradas
de Wendell e Fernandes.
Depois de 15 minutos sem luz, o jogo foi
reiniciado. As equipes tentavam voltar a impor seu ritmo, Pitty meteu uma bola
contra o próprio patrimônio que quase matou metade da torcida paranista, e eis
que surgiu Robson para ilumir a noite londrinense. Numa falha bizarra da zaga, ele saiu na cara do goleiro, deu um corte que quebrou no mínimo umas três vértebras e tocou pro gol livre. 1x0 Tricolor. Como de costume: recuamos.
Mesmo jogando cautelosamente, o segundo quase veio. Murilo Rangel bateu de
longe e a bola explodiu no travessão.
No segundo tempo foi o Londrina
que começou em cima e de cara conseguiu um pênalti um tanto quanto duvidoso. Na
minha opinião nada clubista, o atacante já dobra a perna antes do Wendell tocá-lo,
sendo assim segue o jogo. Keirrison foi pra cobrança e WENDELL PEGOU. Infelizmente, não muito depois o mesmo Keirrison conseguiu empatar a partida. E
foi aquela velha história: faz gol – recua – toma gol – sai louco. A estratégia
poderia ter dado certo, mas aí vieram os gols perdidos.
Primeiro Tavares aproveitou a
bola na grande área, saiu na cara do gol e mandou pra fora. Depois foi a vez de Robson
receber na área, limpar o zagueiro e isolar. Mais uma pra Tavares, Marcelinho o achou entrando sozinho e ele mandou em cima do goleiro. Voltamos com
Robson: a bola do escanteio, sobrou pra ele bater dentro da pequena área e o
goleiro pegou. 1x1 com gosto amargo em Londrina.
Faltou pontaria ao Tricolor: 12 chutes, 1 gol Fonte: Footstats |
Pra não falar que só tivemos
coisas ruins nesse jogo, tivemos alguns destaques na equipe paranista.
Primeiramente o goleiro Wendell, que ganhou todas por cima, fez boas defesas e
ainda pegou um pênalti. Lucas Otávio também fez outro grande jogo no meio e tem
tudo para ganhar a vaga de Uchoa quando Jean voltar ao time. Até o apagado Murilo
fez um jogo razoável. Por outro lado, Fernandes foi muito mal e Pitty novamente
muito inseguro, Alisson tem que entrar no lugar dele para ontem. Amanhã de manhã
a equipe já parte rumo a Goiânia, onde enfrenta o Vila Nova na sexta-feira.
Devagarzinho
estamos chegando, para cima deles, Tricolor!
Fellipe Vicentini |
@_FellipeS
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