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A regra é clara: Fora de casa é empate

A chance de conseguir a primeira vitória fora de casa era grande, afinal o jogo era contra o Joinville, que nas três primeiras partidas não conseguiu sequer um resultado a seu favor. Mesmo com a partida sendo fora de casa, o Tubarão se organizou e, antes da bola rolar, Tencatti anunciou que o time por ele comandado não entraria em campo para empatar ou sair derrotado. 

O início do primeiro tempo foi fraquíssimo, poucas jogadas trabalhadas ou tentativas de se chegar ao gol; destaque apenas para a finalização de Cléo Silva, que passou à direita do gol defendido por Marcelo Rangel. Em compensação, os 15 minutos finais desta etapa foram alucinantes. Aos 35 minutos, surge boa chance para o Londrina quando Rafael Gava finalizou com direção ao gol e a bola acertou o braço de Bruno Aguiar, em seguida ainda carimbou o travessão. Na sequência do lance, Keirrison dominou de costas para o gol adversário e foi agarrado pelo lateral do tricolor catarinense; o árbitro nada marcou e, no contra-ataque, Juninho recebeu sozinho dentro da área pra abrir o placar.

O lance do gol em si não teve irregularidade, mas a sequência de dois pênaltis para o Tuba, em que nenhum foi marcado, é para no mínimo ser questionado. Se no primeiro lance o zagueirão pulasse para tentar desviar com o braço junto ao corpo, nada deveria ser questionado, mas o atleta pula com os braço abertos mostrando no mínimo que ou não estava atento ao que fazia ou que estava mal intencionado, uma vez que todo defensor sabe dos riscos de saltar para desvio com os braços abertos; há de se questionar também a marcação do outro defensor que, sem nenhuma possibilidade de chegar a bola, agarrou o K99 e cometeu uma falta não assinalada pela arbitragem.

Se não bastaram os lances citados anteriormente para deixar o primeiro tempo com uma cara pelo menos diferentes dos 30 primeiros minutos, o Londrina ainda empatou com um belo cabeceio de Keirrison, este teve o faro de atacante e adiantou a marcação para desviar o cruzamento de Jô.

Foto: Divulgação/JEC
O segundo tempo começou tão fraco quanto o primeiro, as equipes pouco procuravam espaços para jogadas mais agudas e por consequência o nível de criação foi baixo, até os 14 minutos quando Diogo Roque deu uma pancada para Oliveira praticar bela defesa. Se os primeiros 20 foram pouco disputados e pouco ofensivos, destes mesmos minutos em diante o que se viu foi um Joinville tentando acelerar o jogo, pressionando saídas de bola e finalizando de fora da área, há de destacar a finalização de Paulinho Dias que obrigou o goleiro Alviceleste a sujar sua farda. Daqui em diante a pressão que a equipe da casa exerceu foi grande, tanto em jogadas de toque de bola quanto em jogadas de toque próximas à área Londrinense, quanto de finalizações de fora da área. O time de Claudio Tencatti se fechava e buscava o contra-ataque para fazer o seu gol e liquidar a partida, tentativas que até a marca dos 40 minutos surtiam pouco efeito, ainda tivemos chance de vencer com Rafael Gava que mesmo após driblar o goleiro ainda conseguiu acertar a bola no zagueiro e que um minuto depois ainda forçou Oliveira a defender um chute rasteiro que buscava o canto do goleirão.

Em mais uma partida, o sentimento foi de que a vitória esteve muito perto e jogamos a chance de conseguir 3 pontos fora de casa foi jogada fora, desta vez ou por vontade de se consagrar ou por desespero em querer matar a partida e não ter olhado para o lado, tendo a possibilidade de simplesmente passar a bola para um companheiro melhor colocado que com certeza mataria a partida. Há de se destacar o progresso que vem sendo conseguido pelo equipe desde o final do paranaense, o time saiu de uma derrota na estreia para 2 empates contra equipes recém rebaixadas da série A e uma vitória diante de um dos grandes do nordeste. Creio que este time das primeiras rodas mesmo mostrando sua evolução ainda tem muito a progredir e devido à sua estabilidade, pode chegar até mesmo próximo ao G4 no final da competição. Diferente da equipe do Joinville que vaiou o técnico Hemerson Maia durante vários momentos e ao final da partida direcionou alguns protestos à figura do professor, tais atitudes são explicadas pela campanha do tricolor catarinense que até agora não venceu no campeonato e está na 17ª colocação.

Foto: Salmo Duarte/ Agência RBS
Joinville (1) x (1) Londrina

Público total: 1995 torcedores
Renda: R$ 23.905,00

A equipe da casa comandada por Hemerson Maia veio a campo com Oliveira, Everton Silva, Bruno Aguiar, Victor Oliveira (Adriano) e Júnior; Naldo, Paulinho Dias, Juninho (Murilo) e Pereira (Diones); Fernando Viana e Cléo Silva.

Já o Tubarão, de Claudio Tencatti assim foi escalado: Marcelo Rangel, Igor Bosel, Sílvio, Matheus e Léo; Germano, Diogo Roque (Bidia), Zé Rafael (Leílson), Rafael Gava, Jô (Paulinho Moccelin) e Keirrison.

Na próxima rodada, o Joinville viaja a Juiz de Fora para enfrentar o Tupi, na terça feira às 21h30, e o Londrina faz um jogo cheio de rivalidade contra o único adversário paranaense deste campeonato, o Paraná, dentro de casa, também na terça às 19h15.

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