Alo amigo leitor, sócio torcedor
do Linha de Fundo. Ando afastado desse
espaço à aproximadamente duas semanas por questões pessoais (trabalho anda me
tirando um pouco do tempo). Contudo esse hiato foi fundamental tanto para o
bolgueiro que vos fala, quanto ao próprio Atlético: Adrenalina do Atlético e
Cruzeiro a parte, confesso que saí do Independência como aqueles sobreviventes
de desastre, estava um tanto quanto desacreditado com o rumo que o campeonato
estava tomando e obviamente, esse misto de frustração, insegurança e até uma melancolia
transpareciam nas palavras.
Essas semanas sabáticas foram
essenciais para a observação e para a reflexão para as coisas que aconteciam ao
Atlético, e principalmente para atentar que nosso campeonato começou de fato
com os gols dos EUA (obrigado Yankees!!! obrigado Tio Sam!) em cima do Equador,
com consequente volta confirmada de Erazo e principalmente de Cazares (como um
articulador de jogadas faz falta).
Fonte: fotos.sapo.pt |
Seriam ali quatro jogos em casa
contra três adversários cuja vitória é obrigação (Ponte, América e Botafogo) e
um jogo para o time se afirmar (Corinthians). Apesar de nos encontrarmos no
rebaixamento, a meta de quatro vitórias seguidas era possível, e esses pontos
recolocariam o Galo de volta no bolo. A primeira parte da missão foi cumprida
com excelência 3x0 na Ponte com show de Cazares, e 2x1 no Corinthians com o
faro de Fred e (sim) um gol irregular, mas como disseram alguns durante a
semana: “ganhar do Corinthians no apito não é roubo, é reembolso”.
O terceiro trabalho seria contra
outro rival caseiro, o América, ainda engasgado na garganta do atleticano por
aquele fatídico 2x2 no Mineirão que nos tirou o título estadual. O momento do
adversário é outro, com técnico novo, o Coelho tenta não ser algo que era
previsto que seria, um saco de pancadas para os fortes rivais da série A.
Contudo mesmo com o péssimo momento do rival sabia-se que não seria fácil,
visto que é clássico...e clássico é clássico e vice versa.
Em relação ao jogo contra o
Corinthians, uma mudança: Urso voltaria ao time no lugar de Rafael Carioca,
poupado por conta de um desconforto muscular. Nesse sentido o time entrou em
campo no tradicional 4-2-3-1 (todo mundo na sua posição o que ajuda muito no
rendimento). Victor, Rocha, Leo, Erazo, Douglas Santos, Jr. Urso, Donizete,
Clayton, Cazares, Robinho e Fred.
Importante mencionar que em
termos de funcionamento de time, já no terceiro jogo com a mesma formação, deu
para notar duas coisas. Marcelo de fato tem DNA ultra ofensivo, para seu time
funcionar o ataque tem que estar afiado, o volume ofensivo vai garantir a
eficiência defensiva, assim como Cuca e Levir. Ainda na comparação com os
técnicos de 2012-2013 e 2014-2015 diria que o Galo de Marcelo tem mais traços
de Cuca do que de Levir Culpi. No sentido de Marcelo não está muito preocupado
em controlar o jogo com a posse, ele quer passar por cima dos adversários com
ritmo, ou seja, é um jogo de pressão, esticada para os homens de velocidade e
muitas bolas para o centro avante.
Contudo a execução desse jogo é
inviável sem a presença de pelo menos uma cabeça pensante no meio campo, no
caso Cazares, sem o equatoriano o time peca por falta de massa encefálica confunde
ritmo com pressa, e um jogo de apenas chutões para o pobre centroavante ver se
virar lá na frente. É só lembrar o Cruzeiro de 2013/2014, não havia muito
brilhantismo em construção. Era ritmo, intensidade e muita precisão na bola
parada lateral.
Voltando ao jogo, digamos que
dessas três últimas rodadas, talvez esse tenha sido tecnicamente a pior,
relaciono talvez com a partida do próprio Cazares, mais apagada do que de
costume. Se o maestro não joga a engrenagem tem dificuldade. Vejam pelo Mapa de
Calor do meia nos últimos três jogos e reparem na participação do equatoriano
contra o América, muito mais restrita aos flancos do que no centro da cancha (Fonte:
Footstas.net).
Ainda segundo o footstats, Galo ficou menos com a bola 48% contra 52% do América, consequentemente esse foi o jogo o segundo jogo com o menor número de passes certos, 256 (perdendo apenas para o confronto com o Santos quando trocou a pelota por 249 vezes); menor número de finalizações certas, quatro (empatado com as derrotas para dupla Grenal e empate para o Flu); cruzou a bola apenas três vezes para área (menor número do campeonato) e abusou dos lançamentos longos, 27, contra apenas 13 do América, ou seja, os números comprovam que a bola passou pouco pelo meio campo do Atlético.
Fonte: FootStats |
Ainda segundo o footstats, Galo ficou menos com a bola 48% contra 52% do América, consequentemente esse foi o jogo o segundo jogo com o menor número de passes certos, 256 (perdendo apenas para o confronto com o Santos quando trocou a pelota por 249 vezes); menor número de finalizações certas, quatro (empatado com as derrotas para dupla Grenal e empate para o Flu); cruzou a bola apenas três vezes para área (menor número do campeonato) e abusou dos lançamentos longos, 27, contra apenas 13 do América, ou seja, os números comprovam que a bola passou pouco pelo meio campo do Atlético.
Fonte: Superesportes |
Mas para vencer o América com
todo respeito ao adversário, não é preciso de uma atuação brilhante (fato que
acentua a incompetência de Aguirre no estadual). O jogo foi literalmente resolvido em três
minutos, como num passe de mágica o Galo tirou um Coelho da Cartola: jogo no
lado esquerdo da defesa americana, pressão, Suelinton e Adalberto se enrolam,
Clayton rouba a bola, corta para dentro e acha Robinho, que com uma frieza monstruosa
apenas deslocou João Ricardo e empurrou a bola para o fundo da rede.
Fonte: Superesportes |
Fonte: Superesportes |
Agora é manter o foco e continuar cumprindo a programação, uma vitória contra o Botafogo é primordial, e obrigação para o time, caso tenha mesmo as pretensões de Libertadores e de Título que todos achamos que tem.
Como diria a ex presidente, vamos
ganhar do Bota para deixar a meta aberta, e quem sabe nos confrontos seguintes
contra o Figueira, o Fla e o Coxa possamos dobrar a meta.
Saudações Alvinegras e Aqui é Galo!
Por: @Mhfernandes89
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