Quatorze atletas, duas etapas de
30 minutos, quadra e uma bola. O mínimo necessário para uma peleja olímpica de
Handebol. Um dos esportes coletivos mais praticados do planeta, tornando-se
referência em vários países.
Seleção feminina em ação nos Jogos Olímpicos de Londres 2012 (Foto: Reprodução) |
Lá
vem história...
Designado do haaddbold, hazena,
salon e raftball, o Handebol tornou-se oficialmente um esporte em 1920. Antes
praticado em áreas abertas, começou a ser realizado em ambientes fechados
apenas em 1924, por consequência do frio. Motivo também do surgimento de outros
esportes de quadra.
O local mudou, mas o campo
continuou o mesmo. Os primeiros mundiais da modalidade foram realizados em
quadras, porém de grama. O pós Segunda Guerra Mundial e a criação da antiga
Federação Internacional de Handebol (FIHA) foram pontos chaves para o
esquecimento dos gramados, popularizando o Handebol de salão incluído pela
primeira vez no Mundial de 1954, no naipe masculino e em 1957, entre as
mulheres. A primeira aparição do handebol nos Jogos Olímpicos foi em Berlim,
1936. Após um período inativo, o esporte retornou aos Jogos de Montreal, em
1976. A estreia brasileira em Olimpíada deu-se na edição de Barcelona, em 1992
com a seleção masculina, mas foram as meninas que fizeram história assegurando
a vaga para os Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000, com os próprios méritos,
indo além, ficando na oitava colocação. A história foi reescrita em 2012 com a
classificação inédita as oitavas de final após terminar a fase de grupos em
primeiro.
O Handebol é composto por algumas
regras básicas e que devem ser conceituadas como: o goleiro é o único jogador
que pode tocar a bola com os pés, estando dentro de sua área. Não existe
escanteio quando a bola é tocada pelo goleiro, apenas se for jogador de linha.
Os jogadores não podem pisar na área do goleiro. Os pênaltis no Handebol são
chamados de 7M (metros). Os dois minutos representam uma punição dada a um
jogador que cometeu uma irregularidade segundo os critérios do árbitro. O time
fica com um jogador a menos durante dois minutos, sem direito de substituição.
Rio
2016
Dos esportes coletivos, o
Handebol promete ser o mais equilibrado. Das 12 seleções classificadas no
feminino, dez tem chances de medalha. Noruega, Romênia, Holanda, Montenegro,
Brasil, Rússia, Espanha, Suécia, França, todas postulantes ao pódio no Rio
2016. O Brasil vive uma fase irregular, caiu nas oitavas no último Mundial. Um
resultado normal pelo equilíbrio das seleções. Como dito antes, são favoritas
ao pódio, inclusive ao ouro.
O panorama no masculino segue o
mesmo. França, Croácia, Alemanha, Dinamarca, Suécia e Catar com sua legião de
atletas naturalizados brigarão gol a gol por medalhas. O Brasil vem para
surpreender. Ao contrário do naipe feminino, os homens ainda buscam o sucesso
mundial. Jogam em casa, com o apoio da torcida. Fatores que podem ajudar à
Seleção chegar às oitavas. Um grande feito.
Jogadores da seleção masculina (Foto: EZRA SHAW / AFP) |
Local
de competição: Arena do Futuro
Casa exclusivamente do Handebol e
do golbol (Paralimpíada), a Arena do Futuro é uma instalação temporária. Após o
Rio 2016 ela será desmontada para construção de cinco escolas públicas no Rio
de Janeiro. O espaço terá capacidade para 12 mil torcedores. Parte dos
materiais serão doados para a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), como
balizas e redes. Seu custo foi de R$ 146,8 milhões (recurso do governo federal
e execução da prefeitura).
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