Fala Turma da Fuzarca!!
Ontem, pude
voltar a minha casa depois de longos meses afastados da arquibancada do
Caldeirão. Ao adentrar em São Januário, vi na felicidade do meu primo, de
apenas sete anos, a minha alegria.
Assim como um
soldado vai à guerra com farda e armas, o meu primo estava indo empunhando a
sua bandeira e todo uniformizado de Vasco.
Não era seu primeiro jogo, mas não importava, ele estava muito feliz -
muito mais do que eu - e mesmo sem saber ao certo as músicas, cantava com um
enorme sorriso.
Ontem, ao lado de seu primo
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A hora ia
passando e a ansiedade aumentava, até que Jordi apareceu em campo para a
frustração do Gabriel – meu primo – porque inocentemente ele não sabe o quão
longe é o Estado Unidos do Brasil, fazendo com que o Martin Silva não possa
jogar. Mas nada o abalava. Chegava a hora dos jogadores subir ao campo para
êxtase total do pequeno Vascaíno que, agora, fincava seus olhos na esperança do
Nenê aparecer. O “DeusNê”, último a entrar juntamente com Andrezinho, recebia a
veneração dos súditos Cruzmaltinos.
Após o soar do
apito, viu-se uma inquietação de Gabriel, devido ao primeiro tempo morno. Ao
olhar para o lado, observou atentamente a GDA balançando as bandeiras, e
virou-se até mim e disse: “Primo, eu vou
bandeirar a maior quando eu crescer. É muito maneiro. Olha como eu fico
bandeirando a minha” e assim seguiu, incansável nos muitos mais que noventa
minutos da partida.
Na etapa
final, quando apareceu no telão à mudança feita por Jorginho, Gabriel novamente
me cutucou para falar e, então, disse: “O
jogador que você gosta vai entrar. Ele fez maior golaço contra o Flamengo”,
balancei a cabeça como sinal de positivo.
Em um dos seus
primeiros jogos em São Janu, com apenas dois anos
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Demorou, mas
enfim, a maior vibração veio aos 26’ do 2T. O cruzamento de Nenê e o gol do
Andrezinho fizeram com que eu e ele déssemos um abraço forte em família, não
somente a de sangue, mas abraçávamos um desconhecido parente vascaíno ao lado.
A magra
vitória por um a zero sobre o Goiás não foi o destaque da tarde, mas sim a
representação verdadeira de que “Enquanto
houver um coração infantil, o Vasco será imortal”.
Abs, galera.
Matheus Freitas @_MFreitas9_
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