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Entre palmas, vaias e gritos de VERGONHA

A noite era de chuva e a expectativa era imensa, condições que antecipavam o clima dentro das quatro linhas: jogo truncado e, para não fugir da regra em confrontos no período noturno, apagão (começa a ficar perigoso que tais apagões ocorram, estão começando a fazer o time - também - apagar em certos momentos da partida).


Com o gramado pesado, que sofrera com uma chuva fina durante o dia todo, já era de conhecimento de todos que o início seria de um jogo mais lento para a equipe da casa, isto pelo óbvio fator anteriormente citado, mas também pelo estilo de jogo aplicado à equipe Londrinense. Cláudio Tencatti sempre é muito cauteloso em suas posturas de jogo, desta vez não foi diferente e o Tuba começou um tanto quanto acuado, o que dava espaço para descidas agudas da equipe tricolor.

Na primeira tentativa mais aguda das partida, jogada lateral e bola cruzada rasteira pelo Paranito, mas o lance foi cortado por Marcelo Rangel. Depois deste primeiro lance, tivemos cerca de dois minutos de bola rolando, tempo suficiente pra fazer os refletores do Estádio do Café (que já haviam apagado antes do início da partida e em outros dias) apagarem novamente e paralisarem o jogo por cerca de 15 minutos.

No retorno da partida, o Paranada precisou mexer e trocou Rafael Carioca (que trombou com uma placada de publicidade) por Fernandes e o goleiro Marcos pelo reserva Wendell (substituição que ocorreu por dores musculares do titular).

Foto: Wellington Ferrugem/LEC
Aos minutos pós apagão, couberam algumas (poucas) jogadas, tanto Londrina quanto o Paraná preferiram tocar bola na intermediária e procurar escapadas pelas laterais. De uma destas escapadas surgiu a primeira boa chance do LEC no primeiro tempo, cruzamento de Raí Ramos e o zagueiro Pitty quase fez a festa da torcida da casa quando colocou a bola no travessão. O jogo seguia bem, o Alviceleste Paranaense adiantava sua linha de marcação e sempre travava os ataques tricolores em sua intermediária, até que (vamos frisar este momento: ATÉ QUE) Raí Ramos e Sílvio não se comunicaram e deixaram a bola sobrar para Robson que, sozinho, driblou Marcelo Rangel e empurrou pra abrir o placar. Pouquíssimas chances foram criadas nesta primeira etapa, o Londrina detinha o maior tempo de posse da bola com toques na intermediária e tentativas de se infiltrar nas laterais visitante. Mas cabe destacar as boas finalizações de Murilo Rangel, esta explodiu no travessão; e o bom chute de Germano que passou à esquerda do goleiro paranista.

Foto: FuturaPress
Se o primeiro tempo fora de poucas chances e muitos passes, a cara para a segunda etapa ficou diferente quando Paulinho Moccelin invadiu a área adversária e quase empatou, isto aos 40 segundos desta etapa complementar. De fato, o primeiro tempo fez bem ao dono da casa, que voltou pressionando a saída de bola e buscando chegar próximo ao gol adversário, hora pelos cantos, hora pelo meio. As tentativas surtiram efeito, principalmente quando Jô furou a defesa tricolor na velocidade e foi derrubado pelo goleiro Wendell dentro da área, pênalti assinalado pelo árbitro, cobrado por Keirrison e defendido pelo arqueiro paranista. A decepção do K99 foi grande pela chance desperdiçada, mas não demorou muito para que ele se redimisse. Já que, 8 minutos após a falha, o artilheiro aproveitou a confusão gerada na cobrança do escanteio e aproveitando a sobra, empurrou para o fundo das redes. 

A equipe visitante aproveitou o alvoroço criado pelo gol e pelo ânimo que isto trouxe para a partida e quase fez o segundo, mais uma vez na bobeira da zaga. O jogo seguia nos moldes do final do primeiro tempo, o Tubarão pressionava pra tomar a bola e buscava infiltrações pelas laterais em busca do gol da vitória. Poucas chances saíram destas jogadas, podendo ser destacado apenas o desvio de Keirrison no cruzamento rasteiro, mas este susto não foi sequer a metade do tamanho do susto que a torcida levou quando o prc apertou e quase fez seu gol da vitória, isto teria ocorrido se não fosse pela heroica presença do guarda redes Marcelo Rangel no momento da pressão paranista. No momento em que o LEC conseguiu aliviar a pressão, a partida foi encerrada com números finais de 1 a 1.

Há o que se lamentar pela partida, já que poderíamos conquistar três pontos, não fosse a noite pouco inspirada do K99 (da possibilidade de vencer e só termos conquistado o empate, surgiram as vaias). Há também de se lamentar a notícia de que o STJD vai julgar o Londrina pelos apagões do estádio, podendo ocorrer multa e uma punição mais pesada, interdição temporária; fato é que tais episódios já viraram piada não só entre os clubes mais próximos, mas também entre os demais participantes do campeonato. A própria torcida se manifestou e ao sinal do segundo apagou começou um sonoro coro de "VERGONHA". Mas tem de se admitir que deste empate levamos boas lições, principalmente as de que temos poder para jogar e fazer o adversário sofrer, ainda mais quando se trata de jogos dentro de casa. E é assim que devemos jogar, pressionando a saída de bola, marcando firme e obviamente atacando mais, finalizando mais vezes de fora da área e (por que não!?) contando com as boas atuações dos principais atletas (desta forma de jogar surgiram os aplausos).

Foto:Wellington Ferrugem
Londrina (1) x (1) Paraná teve um público de 2412 torcedores (o que surpreende é que os corneteiros ficaram em casa com o friozinho e a chuva) e uma renda de R$ 27.945,00.
O Londrina veio a campo com Marcelo Rangel, Raí Ramos, Sílvio, Matheus e Léo; Germano, Diogo Roque (Paulinho Moccelin), Rafael Gava e Zé Rafael (Netinho); Keirrison e Jô (Bruno Batata) e como sempre, comandado por Cláudio Tencatti.
Já Claudinei de Oliveira escalou Marcos (Wendell), Leandro Silva, Pitty, João Paulo e Rafael Carioca (Fernandes); Lucas Otávio, Anderson Uchou, Diego Tavares e Murilo Rangel (Marcelinho); Lúcio Flávio e Róbson.

Na próxima rodada:
Londrina x Tupi - Estádio do Café - 04/06 às 16 horas
Vila Nova x Paraná - Serra Dourada - 03/06 às 20h30

Vitor Guimarães || @VitorBatata3
Linha de Fundo || @SiteLF

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