Três jogos em
casa, uma vitória e três derrotas, apenas três
pontos em doze disputados; dois
jogos fora de casa, nenhuma vitória e três derrotas, nenhum ponto em nove
disputados. Esta é a campanha do Tupi na Série B. Ainda é cedo? Sim, mas apesar
da competição ser longa, o objetivo claro do time de Juiz de Fora é chegar a
aproximadamente 45 pontos (média para escapar do rebaixamento). E pelo
"andar da carruagem", já existe o receio de que o time apenas cumpra
tabela no Brasileirão, o que deixa a torcida muito preocupada.
Os resultados não estão agradando (Foto: Marina Proton) |
O principal
fator pelo início pífio é: O elenco é limitado, tanto em qualidade, quanto em
quantidade. A maior parcela de culpa é da diretoria, que não se planejou da
melhor forma desde o início da temporada, não conseguiu um patrocínio master e
não se preocupou em investir a maior parte do dinheiro das cotas de TV em
reforços. Talvez até seja possível achar um time competitivo com onze jogadores
do elenco atual, mas é quase impossível que em trinta e oito rodadas nenhum
deles irá desfalcar a equipe pelo menos algumas vezes, o que já aconteceu neste
campeonato. Estes poucos desfalques, até aqui, já comprometeram as atuações.
A outra
parcela de culpa é de Ricardo Drubscky, que ao ter dito antes do início da
competição: "A gente contratou o
melhor possível com o dinheiro que nós temos e estou muito feliz", se
deu como satisfeito com as peças que tinha para uma competição difícil, pela
qual ele já tinha disputado por outros clubes e tinha experiência o bastante
para saber que estes reforços não seriam suficientes. Em nenhuma partida o
técnico conseguiu repetir a escalação da partida anterior, seja pelos
desfalques ou pela persistência em de mudar o que deu certo, insistindo-nos
mesmos erros – Jonathan ainda não mostrou à que veio, mesmo assim não perde a
titularidade, enquanto Vinícius Kiss vem tendo poucas oportunidades.
Apesar de
escalações erradas em algumas apresentações, a demissão do técnico não é a
solução dos problemas. Ninguém irá fazer milagre com este elenco e a
necessidade de novos reforços é nítida. Contudo, essas responsabilidades não
estão sendo dividas da maneira correta. E como é mais fácil colocar a culpa no
treinador, é provável que, mais cedo ou mais tarde, haja uma troca de comando –
algo típico do futebol brasileiro. Enquanto isso, Ricardo Drubscky terá que
"se virar" com o que tem em mãos, sob uma pressão grande por
resultados. E a torcida já perdeu a paciência com o técnico, que tinha todo o
crédito quando chegou, mas apenas o prestigio da última passagem não irá
sustenta-lo no cargo. Até quando irá suportar?
O torcedor está vendo o sonho se transformar em pesadelo (Foto: Marcelo Ribeiro) |
Portanto, não
há solução? "Só não há solução para
a morte". Mas está na hora da diretoria,
comissão técnica e jogadores
reverem seus conceitos e dividirem as suas responsabilidades. Ainda a tempo da
diretoria se mexer e buscar contratações pontuais; ainda a tempo de o técnico
repensar algumas escolhas; e ainda a tempo de alguns jogadores renderem mais.
Não queremos nada mais do que respeito com essa instituição centenária e uma
campanha digna no fim da Série B. Gostaria muito que este texto chegasse até
vocês, principalmente ao senhor Gustavo Mendes (responsável pelo futebol do
clube), que pode não saber, mas está carregando um sonho de 27 anos e a cidade
espera que não se transforme em um grande pesadelo.
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