Lutando contra
a irregularidade de boas atuações dentro de casa contra péssimas partidas como
visitante, o Palmeiras saiu para enfrentar um Flamengo embalado. A ótima
vitória contra o Grêmio confirmou o bom desempenho alviverde dentro de casa,
mas era preciso somar pontos em estádios adversários também.
O ambiente
neutro, com boa presença de palmeirenses, também ajudou um pouco a reduzir a
dificuldade do jogo. Some-se isso a uma zaga flamenguista que não passa nenhuma
confiança ao seu torcedor e simplesmente entregou um gol para Gabriel Jesus,
logo aos quatro minutos. No lance seguinte, porém, a “lei do ex” ajudou Alan
Patrick a marcar um golaço e empatar.
E aqui entra o
maior ponto positivo do Verdão do jogo. Se seria normal um abatimento pelo gol
marcado rapidamente (o que acontecera com o Grêmio na última quinta-feira), ele
não veio. Mantendo uma bonita troca de passes, o Palmeiras criou várias chances
de marcar o segundo gol: duas com Gabriel Jesus e chutes de fora da área com
Roger Guedes e Moisés assustaram o goleiro flamenguista.
Foto: Guia do Boleiro. |
A rigor, o
único susto palmeirense na etapa inicial foi logo após o gol. Lançado em
velocidade, Éverton recebeu de Felipe Vizeu e bateu com perigo. O Flamengo
apostava nos contra-ataques, mas tinha dificuldades em encontra-los diante de
um Palmeiras melhor posicionado em campo. Faltava alguém para organizar melhor
a armação do jogo.
O jogo parecia
mudar no começo do segundo tempo. Sem a entrada desse organizador (Cleiton
Xavier seguiu no banco), o Flamengo voltou melhor e criou algumas chances nos
primeiros dez minutos. Depois disso, o Verdão voltou a controlar o jogo, em
especial depois de uma substituição diferente de Cuca: Luan (aquele!) veio a
campo no lugar de Matheus Salles, centralizando Dudu.
A entrada de
Cleiton Xavier no lugar de Roger Guedes colocou o Palmeiras dominante no meio e
o controle do jogo voltou para o Verdão. As chances já começavam a apareceu,
inclusive com um pênalti absurdo não marcado, quando Gabriel Jesus
aproveitou-se de outra falha da zaga rubro-negra e só não marcou porque Cesar
Martins espalmou para escanteio. Como não era goleiro, pênalti, expulsão e boa
cobrança de Jean resolveram a partida.
Com um a menos
e um Palmeiras muito bem distribuído em campo, o Flamengo sequer conseguia
esboçar um perigo para a meta alviverde. As duas únicas bolas paradas, de
longe, acabaram nas mãos de Prass. No restante do tempo, o Verdão seguiu
tocando a bola e segurou o placar com uma tranquilidade que não conseguia em
tempos de chutões.
PONTO TÁTICO: Cuca tem se mostrado sempre
agressivo nas substituições, fator importante para alterar de fato um panorama
de jogo. Hoje, foi bem ao colocar Luan
em campo em uma alteração que sequer os palmeirenses imaginariam. Sua entrada
bagunçou (no bom sentido) a organização do Palmeiras, alterando o
posicionamento de ataque e complicando um Flamengo até então melhor no segundo
tempo.
NÚMEROS DA BOLA: A superioridade palmeirense se traduz nos toques de bola.
Mesmo com posse de bola praticamente igual, foram 365 passes certos contra
apenas 237 do Flamengo. O Palmeiras fez a bola correr enquanto esteve com a
bola, enquanto o Flamengo insistiu em carrega-la com velocidade.
O DESTAQUE: Participando
decisivamente nos dois gols do Palmeiras, Gabriel
Jesus foi fundamental na construção
da vitória e, principalmente, na expulsão do adversário que facilitou bastante
o jogo. O trio com Dudu e Roger Guedes vem funcionando cada vez melhor.
BOLA MURCHA: Em um jogo bom e
consistente é difícil escolher um pior em campo. Em função da liberdade que Alan Patrick teve para marcar logo na saída de bola após o primeiro gol,
Thiago Martins fica com o “prêmio”.
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