Em 2015 Londrina e Vila Nova se
encontraram nas finais da Série C, nestes confrontos o Vila levou a melhor e
foi campeão por 4 x 2 (na soma de placares). Desta vez o Alviceleste e o
alvirrubro se encontraram na Série B, com este querendo embalar uma boa
sequência de resultados após a vitória na rodada anterior, e aquele buscando a
recuperação da derrota diante do Ceará.
No início da partida as equipes
eram um pouco mais conservadora, sem a bola deixavam apenas os homens de frente
fazendo a contenção e atrapalhando a saída de bola adversária, enquanto os
demais se incumbiam de acertar a marcação. Por outro lado, as maneiras de
atacar eram diferentes, o Tubarão em boa parte das jogadas buscava Léo na
lateral esquerda e trabalhava a posse da bola; já os visitantes tinham o
contra-ataque como melhor opção para escapar da marcação bem acertada de
Claudio Tencatti. Cabe aqui frisar que apesar de manter a maior parte da posse
de bola, quem levou as chances mais perigosas nos primeiros minutos foi a
equipe goiana, isto se deve ao fato de o Londrina ter agredido pouco, ter sido
pouco incisivo.
Buscando resolver o problema de
"baixa incisividade" o Tuba começou a explorar o contra-ataque e as
jogadas nas diagonais, para pegar a defesa do Vila Nova de surpresa, esses
passes mais longos e objetivos às linhas diagonais fez com que o ataque do
Londrina chegasse à grande área da equipe visitante, pênalti este que não foi
assinalado pelo árbitro Francisco de Paulo dos Santos Silva Neto (guarde muito
bem este nome). Alguns minutos após o primeiro lance polêmico, a jogada com
passe rumo à diagonal encontrou Léo, este adentrou a área defensiva do
visitante e foi derrubado, sofrendo pênalti que desta vez foi perfeitamente
assinalado. A cobrança foi efetuada por Rondinelly, que converteu o penal e deu
alegria à torcida, mas em seguida a alegria fora interrompida pela invasão de
Jô. Isto não seria problema, Rondinelly estava seguro e provavelmente
converteria a segunda tentativa, o grande equívoco veio quando o árbitro mudou
sua decisão para uma falta que deveria ser cobrada pelos visitantes, após
conversar com o assistente que lembrou-lhe da nova regra para este tipo de
situação: NENHUMA, pois é, NENHUMA. Este caso necessita de explicação, a regra
foi alterada para que nenhum outro atleta que não o que se apresenta para a
batida vá em direção À BOLA com o intuito de efetuar a cobrança, Jô
simplesmente invadiu a área, gerando infração que pode até ser punida com
cartão amarelo; neste caso, o árbitro deveria ter ordenado que o penal fosse
cobrado novamente, apenas isso, mas preferiu seguir a decisão de seu auxiliar e
assinalou infração favorável ao Vila Nova. Após a confusão a partida se tornou
truncada até os minutos finais da primeira etapa, sem grandes chances para
nenhum dos lados.
Foto: Wellington Ferrugem/ Momento da confusão do árbitro |
A segunda etapa seguia da mesma
maneira que a primeira, alguns erros, muitos passes e o desenho era de um
empate com placar idêntico ao do início e com prováveis protestos da torcida
Alviceleste. Até que Tencatti chamou Marcelinho e deu outra chance ao jovem
recém-chegado do Foz, na primeira jogada em que participou driblou três
adversários e seguia em direção a área, era só a bola chegar que Marcelinho
tentava a progressão individual. A mudança não foi suficiente e o professor
precisou trocar, Rondinelly já cansado por Netinho, mudança esta pretendendo
ter um articulador que fizesse a bola chegar a Keirrison, ou ainda criar
jogadas nas diagonais com Paulinho Moccelin, Marcelinho e com os laterais. Mais
uma vez o efeito pretendido foi atingido, mas em pequena escala e foi
necessária mais uma alteração, saiu Keirrison e entrou Itamar, esta causou
fúria à torcida (boa parte dela) que não evitou em fazer ressoar o coro de
"Burro! Burro!" para o técnico. Não demorou muito pra que o coro e os
comentários de indignação pela mexida fossem substituídos pela estrondosa
comemoração da massa ao ver Itamar cabecear no lindo cruzamento de Igor Bosel e
abrir o placar para o Alviceleste, o atacante foi mais uma vez comemorar como
gosta: Próximo à torcida e com a sua dança, "mandou" o Passinho do
Itamar.
Foto: Wellington Ferrugem |
Ainda houve tempo para que o
alvirrubro leva-se perigo com uma bola de Vandinho que acertou a trave, e
também para que Itamar saísse em velocidade para com toda a experiência que
tem, paralisar o jogo ao causar falta em cima do zagueiro adversário que tentou
proteger a bola com o corpo e foi derrubado, como se isso não bastasse, este
mesmo lance gerou a expulsão imediata de Victor Bolt por agressão, já que o
atleta deu uma joelhada em Itamar que estava no chão. Ao final da partida, o
placar foi binário e a vitória foi comemorada, desta vez sem desperdiçar a
oportunidade de conseguir três pontos e subir na tabela.
Foto: Wellington Ferrugem |
Londrina (1) x (0) Vila Nova foi
o jogo do desafio para a torcida, caso o público fosse inferior a sete mil
pessoas, a partida contra o Vasco seria transferida para Brasília, mas os
torcedores cumpriram o desafio e somaram um público de 7019 pessoas (já
contando o grande número de corneteiros) e gerou uma rende de R$ 64.390,00.
O Alviceleste Paranaense veio a
campo com Marcelo Rangel, Igor Bosel, Luizão, Matheus e Léo; Germano, Rafael
Gava e Rondinelly (Netinho); Paulinho Mocellin, Jô (Marcelinho) e Keirrison
(Itamar).
Já o Vila Nova veio escalado por
Cuca com Wagner, Douglas Assis, Reginaldo, Anderson e Marcelo Cordeiro; Magno
Silva (Victor Bolt), Robston, Jean Carlos, Pedro Carmona (Rafinha) e Roger
(Fabinho);Vandinho.
Na
próxima rodada:
Oeste x Londrina - Arena Barueri
- 14/06 às 19h15min
Vila Nova x Sampaio Corrêa - 14/06
às 19h15min
Vitor
Guimarães || @VitorBatata3
Linha
de Fundo || @SiteLF
1 Comentários
Eu entendi a referência dos números binários kkkkk
ResponderExcluir