O futebol
presenciou umas das cenas que poucos amantes do futebol brasileiro imaginaram
ver um dia: Paulo Baier anunciou sua aposentadoria dos gramados. Aos 42 anos, o
maestro da bola jogou sua última partida vestindo a camisa do São Luiz, da
cidade de Ijuí, no Rio Grande do Sul. Reconhecido pelo talento, habilidade e
força de vontade, Paulo Baier deixa um legado para o futebol e também uma
lição: não importa a idade, pois sempre dá para fazer a diferença.
Foram poucos
jogadores que me fizeram ver um brilho vestindo a camisa do Goiás. Paulo Baier
quis ser um desses poucos. Um líder dentro e fora de campo, sempre usando a
grande camisa 10 esmeraldina. Dando assistências e gols importantíssimos.
Participando de campanhas memoráveis com a camisa do Goiás como em 2005, onde
levou o nosso clube para a Libertadores da América e em 2008, onde arrebentamos
vários times grandes e vimos uma dupla incrível com Baier e Iarley.
Viveu momentos
difíceis também. Em 2007, Paulo Baier quase caiu vestindo a nossa camisa. Como
não se lembrar daqueles dois pênaltis perdidos contra o Internacional, na
última rodada? Aliás, é impossível não se lembrar de Paulo Baier e ver em mente
aquele gol olímpico incrível encaixotado no Grêmio. E de suas cobranças de
falta, então? Era um exímio cobrador. Não metia bomba, mas sempre jogava aquela
bola colocada, perfeita e indefensável. Era um chute com elegância, com estilo
e inteligência. Poucos conseguiam fazer o que Baier fez.
Paulo Baier
foi ídolo apenas no Goiás? Imagine. Rendeu grandes fãs quando vestiu a camisa
do Palmeiras, Atlético Paranaense, Criciúma e Juventude. Além de outras equipes
em que Baier vestiu a camisa, pois diferente de muitos que só colocavam a
camisa e iam para o campo, Paulo vestia mesmo a camisa. Vestia para honrar,
para consagrar, para triunfar. Vestia para ser o melhor.
Essa é a minha
pequena homenagem ao eterno Paulo Baier, que mesmo jogasse por mais 20 anos,
talvez não veríamos o mesmo fôlego por causa da idade, porém, veríamos o mesmo
jogador que se tornou o maestro da bola no país. Quem sabe se tivéssemos mais
"Paulos Baiers" hoje em dia, o 7 a 1 não existiria.
Obrigado,
Maestro!
Wagner Oliveira || @wagneroliveiraf
Linha de Fundo || @SiteLF
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