A bonita festa da torcida
norte-americana foi fundamental para empurrar o time da casa rumo à vitória.
Com um gol em cada tempo, os Estados Unidos bateu o Equador por 2x1 e avançam
para as semifinais da competição após muita emoção: com um jogador a menos por
parte do segundo tempo, os minutos finais foram um teste para cardíaco após o
gol de honra dos equatorianos.
O apoio da torcida tem sido fundamental e decisivo para a boa companha norte-americana. (Fonte: Ussoccer.com) |
EUA:
O mesmo de sempre que deu certo
O time norte-americano conseguiu
mais uma vez mostrar um bom futebol e muita eficiência para derrotar o Equador.
Com um estádio lotado, o time viu o seu principal jogador, Dempsey, fazer o seu
melhor jogo na competição, fazendo um gol e dando uma assistência, fora as boas
finalizações do atacante. Utilizando a mesma escalação desde o início da Copa
América, com exceção do lateral Yedlin que foi expulso no jogo diante do
Paraguai, o técnico Klinsmann mostrou que a experiência e o entrosamento do
grupo que joga há muito tempo junto, funcionou.
Em um primeiro tempo onde tudo
funcionou, desde o goleiro até o atacante, os norte-americanos controlaram toda
a etapa, sem dar muita chance e espaço para os visitantes. Já na segunda etapa,
Klinsmann sofreu uma grande perda pra semifinal. Após reclamar muito em um
lance de expulsão equatoriana, Jones também acabou indo para o chuveiro mais
cedo e está fora da semifinal. Mesmo com mais espaço, os EUA mostrou quem
mandava ali, e ampliou o placar. A defesa dos norte-americanos se mostrou muito
bem, mesmo depois de sofrer gol. Os equatorianos foram com tudo para tentar o
empate, mas a forte marcação (e sorte também!) garantiram a seleção americana
pra semifinal pela 2ª vez na história.
Agora o time se prepara para
enfrentar a temida e favorita Argentina ou a surpresa Venezuela. Independente
do adversário, os Estados Unidos tem que mostrar o que vem fazendo até aqui.
Bons jogos, pressão e precisão nos chutes, além de se favorecer do apoio das
arquibancadas. Se conseguir fazer isso, principalmente se enfrentar a
Argentina, terá boas chances de chegar à final do campeonato. E acreditar que é
possível. E acabar de vez com a história de que nunca será forte no futebol.
A união do time pode fazer a diferença na semi-final (Fonte: Ussocer.com) |
EQUADOR:
O fim de um sonho
O sonho de conquistar o título da
Copa América ficou pelo caminho para os equatorianos, ainda que a jornada nessa
edição tenha sido mais do que honrosa. Perder para os donos da casa em um jogo
inspirado de Dempsey está longe de ser um absurdo, além de ficar a marca de
passar de fase em um grupo que o poderoso Brasil foi eliminado.
Apesar de tudo, não foi um bom
jogo na fase decisiva de quartas de final. Em que pese à torcida contra, foram
muitos os espaços deixados pelos equatorianos para que os norte-americanos
trabalhassem a bola e chegassem com facilidade ao gol de Dominguez. O gol nem
demorou a aparecer: logo aos 23 minutos, Dempsey estava livre em mais uma falha
de marcação equatoriana. A desvantagem complicou ainda mais um dia pouco
inspirado dos equatorianos cuja proposta de contra-atacar acabou comprometida.
Restou propor o jogo, coisa que não é exatamente a especialidade da La Tri.
O segundo tempo começou ainda
mais complicado, levando o segundo gol após outra boa jogada de Dempsey, o
ponto de desequilíbrio do jogo e que não conseguiu ser bem marcado pelo meio-campo
equatoriano. O que parecia um jogo perdido teve uma daquelas reviravoltas que o
futebol proporciona com a expulsão de Jones.
Com um a mais, os equatorianos
conseguiram crescer na partida e descontaram. O final de jogo foi uma grande
pressão que poderia ter levado o jogo para os pênaltis com um pouco mais de
capricho. A eliminação foi dolorosa, mas longe de apagar o bom trabalho que vem
sendo feito até aqui. O foco volta para as eliminatórias para o próximo jogo
contra o Brasil.
Frederico
Kuhnen | @Fred_Metro2002
Stéfano
Bozza | @stebozza
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