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Flamengo supera jogador a menos, mas Palmeiras reage no fim e mantém a liderança

O domingo nem tinha terminado após o empate do Palmeiras contra o Grêmio e só se falava no jogo da rodada seguinte quando o Verdão receberia o Flamengo. Líder contra vice-líder. O melhor mandante recebendo o melhor visitante. Um ponto de diferença entre eles. A promessa era de um jogão, daqueles memoráveis, daqueles que costumam acontecer quando esses dois times se enfrentam.

Se tecnicamente não se viu um jogo primoroso, os ingredientes de um grande jogo estiveram presentes. Teve emoção, gol, expulsão, sacrifício e sufoco. E nesse pacote deve-se incluir o pré-jogo com flamenguistas lotando aeroportos na viagem do elenco rubro-negro e a recepção do ônibus palmeirense com direito a corredor alviverde.

Nesse cenário todo, quem entrou melhor em campo foi o Flamengo, ficando no campo de ataque praticamente os dez minutos iniciais da partida. Mesmo com Gabriel Jesus escalado depois de muito suspense, a tradicional pressão palmeirense nos primeiros minutos não aconteceu. Um sinal de que a noite não seria das melhores.

Passados os dez minutos iniciais, o jogo ficou mais equilibrado e truncado. As chances eram raras e não exigiram qualquer intervenção dos goleiros Jailson e Alex Muralha. Mesmo assim, a bola correu bastante até perto dos 40’, quando Marcio Araújo cometeu mais uma falta e acabou expulso com algum atraso já que deveria ter sido expulso em lance anterior. Com todo segundo tempo pela frente, o cenário era bastante favorável ao Palmeiras – cenário esse que sofreria muitas mudanças ao longo da partida.

Mina disputa bola pelo alto. Foi um dos melhores em campo pelo Verdão.
Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação.
Como esperado, o Flamengo voltou bastante recuado e esperando um contra-ataque para surpreender. O sacrificado da noite foi Diego, possibilitando que Leandro Damião continuasse em campo para tentar segurar a bola no ataque. Cuca, por sua vez, lançou Barrios na vaga de Gabriel. A exposição do time talvez fosse um pouco acelerada ainda no intervalo.

Se o segundo tempo começou conforme previsto com um Palmeiras pressionando, o rumo do jogo mudou completamente quando Alan Patrick entrou em campo e ninguém percebeu. Com um espaço gigante deixado por Zé Roberto pela esquerda, ele entrou livre para marcar no primeiro toque na bola.

Tempo para virar, havia de sobra. O problema é que o Palmeiras estava uma bagunça em campo e, com o gol sofrido, ficou bastante desorganizado. A entrada de Cleiton Xavier no lugar de Roger Guedes para articular o time não funcionou. Quem quase marcou foi o time carioca que perdeu pelo menos três ótimos contra-ataques para definir a partida.

A situação já era desesperadora – perder em casa, com um a mais e entregar a liderança para o Flamengo seria trágico -, quando Gabriel Jesus tratou de empatar com um bonito gol. Nessa altura do campeonato, o empate não era tão ruim quanto poderia ser no começo da partida. E na base do abafe, aproveitando-se também do desgaste físico flamenguista, a virada quase veio nos minutos finais. Seria, contudo, um castigo muito grande para quem jogou tão bem com um a menos e, sobretudo, um prêmio absurdo para quem jogou tão mal como o alviverde.

O DESTAQUE: Mais pelo gol decisivo do que pela atuação em si, Gabriel Jesus calou aqueles que duvidavam da sua condição física para o jogo. Além de correr muito, dividiu sem medo e voltou a decidir para o Verdão.


BOLA MURCHA: A curta paciência da torcida com Barrios se justifica mais a cada jogo. O atacante não ganhou uma bola pelo alto e errou a maioria das jogadas que tentou. Em alguns lances parece com falta de vontade.

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