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Ordem e progresso

"A partir de agora todo treino é um jogo e todo jogo será uma guerra".Foi com essa frase que terminei minha ultima análise do Goiás, e assim como eu havia dito, o jogo entre Goiás e Vasco na ultima terça-feira(13) foi um teste pra cardíaco. Mesmo a equipe esmeraldina tendo dominado e atacado grande parte do jogo, o Vasco aguentou a pressão e conseguiu levar um empate pro Rio de Janeiro. O empate não foi bom para as duas equipes, já que o Vasco agora vê sua liderança ameaçada e o Goiás "à passos de tartaruga" tenta se afastar do Z4 e mudar o pensamento para um quase impossível acesso.


Goiás e Vasco não conseguiram sair do 1x1
foto:globoesporte.com
O ano de 2016 não tem sido fácil, a crise no Goiás que vem assombrando a serrinha desde o ano passado dura até os dias de hoje. Do início do estadual até a rodada passada da Série B, a temporada esmeraldina vem sendo marcada por resultados ruins, lesões graves, e grande insatisfação por parte da torcida. Gilson Kleina é o primeiro treinador, dentre tantos que já passaram por aqui de 2015 pra cá, que deu uma "cara" à equipe do Goiás, fazendo ela mostrar e impor um bom futebol dentro de campo. Diferente de Juninho Camargo, Arthur Neto, Enderson Moreira ou Léo Condé; o antes "verdinho" vem cada vez mais voltando a ser o "verdão" que tanto alegrou sua torcida.

O jogo começou bem equilibrado, nos primeiros 5 minutos o Vasco era quem tinha a posse da bola e quase transformou esse fator em gol, pois perderam uma chance incrível com Jomar. Assim como contra o Ceará bastou um ataque da equipe visitante para o Goiás ir pra cima e impor seu jogo, Daniel Carvalho(que dificilmente recebe meus elogios) atuou muito bem distribuindo passes e arriscando alguns chutes. Abusamos do ataque pelo lado direito com o esforçado Carlos Eduardo, que tentou vários cruzamentos visando achar Marcão no meio da área. Aos 34 minutos tivemos a melhor chance para abrir o placar com o chute de Léo Sena na trave, o primeiro tempo terminava com o Goiás finalizando 6 vezes e o Vasco apenas uma.


Mesmo sendo melhor no primeiro tempo, o esmeraldino não conseguiu abrir o placar
foto: esportes.terra.com.br
No futebol, muitas vezes o resultado não vem por merecimento. Embora tivéssemos dominado toda a primeira etapa, o famoso ditado "quem não faz leva" entrou em vigor no segundo tempo. O Vasco voltou em um ritmo muito forte, e dominou os 20 primeiros minutos com um repertório ofensivo que variava de chutes de fora da área até bolas paradas que lhes rendeu até um gol anulado. Aos 25 minutos Léo Sena conseguiu responder pra equipe esmeraldina e obrigou Martín Silva a fazer uma grande defesa, todavia foram os cariocas em uma falta duvidosa, pularam na frente do placar com um gol irregular de Marcelo Mattos após o cruzamento de Nenê.

Marcelo Mattos se encontrava em posição irregular quando Nenê tocou na bola
A tensão pairava no interior do estádio a medida que o Goiás buscava o empate. Gilson Kleina colocou Murilo e Léo Gamalho para tentar buscar o resultado, ambos substitutos entraram muito bem no lugar de Adriano e Edinei, e conseguiram virar o jogo novamente ao nosso favor. Se dizem que a justiça tarda mas nunca falha, o gol do Goiás veio aos 40 do segundo tempo, após um cruzamento espetacular de Juninho, achando Léo Gamalho que subiu imponente pra marcar de cabeça e empatar o jogo. Tivemos ainda mais 5 minutos de drama, com um pênalti não marcado a nosso favor e ainda vimos o zagueiro Luan "tirar" a nossa virada com os pés em cima da linha. Não havia tempo pra mais nada, o juiz acabara a partida e restava somente lamentar a vitória que havia escapado pra ambos os lados.

É óbvio que o empate ficou com gosto de derrota, mas o fato de termos melhorado a ponto de encarar Vasco e Ceará "frente a frente" precisa ser destacado. Mesmo sem Walter e Rossi, conseguimos impor nosso jogo e brigar pela vitória como nunca foi visto esse ano. Kleina está no inicio de seu trabalho no Goiás, porém vejo que ao menos nesses dois primeiros jogos ele trouxe ordem e progresso, seja ele tático ou psicológico, para o nosso time. Mais uma batalha se foi, e termino essa análise repetindo a mesma frase:  A partir de agora todo treino é um jogo e todo jogo será uma guerra. E a próxima será sábado contra o Bahia.

Linha de Fundo ll @SiteLF

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1 Comentários

  1. Gostei do seu comentário Artur! Condiz com o que realmente aconteceu na partida.

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