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Palmeiras joga no limite, mas passa pelo América-MG

Imagine um estudante de uma escola cuja média para passar de ano é a nota 5. A escola é dividida em quatro bimestres e, no primeiro, ele estuda muito e tira nota máxima. Como julga que as matérias são fáceis, deixa os estudos de lado confiando no seu potencial. As notas não são boas nos dois bimestres seguintes e o aluno chega para a prova final dependendo de um bom desempenho para passar de ano.

Esse aluno resume perfeitamente o que foi o Palmeiras diante do frágil América-MG nesta tarde de domingo. Um time que entrou bem, pressionando e obrigando o goleiro adversário a fazer uma defesa incrível no primeiro minuto e, logo depois, obrigando-o a buscar a bola dentro do gol em um bonito chute de Tchê Tchê.

Depois do gol, o Verdão simplesmente parou de jogar. Talvez porque percebeu que do outro lado tinha um adversário incapaz de incomodar a meta defendida por Jailson, que não fez rigorosamente nada na partida além de cortar um cruzamento da esquerda já no segundo tempo.

Gol merecido: após ficar injustamente afastado dos gramados, Alecsandro voltou a balançar as redes.
(Crédito foto: Divulgação/ Cesar Greco - Ag. Palmeiras)
O Palmeiras, assim como nosso estudante, simplesmente foi levando o jogo e deixando o tempo passar. Um risco desnecessário: uma bola parada ou um chute inspirado - coisa que, é verdade, parecia mais improvável do que o normal – poderiam colocar tudo a perder. E assim, no sufoco, veio a prova final.  Alecsandro marcou o segundo e recebeu uma bonita festa do estádio e dos companheiros pelo seu retorno. Ele, mais do que qualquer um, merecia esse gol.

Se o futebol jogado foi ruim, não se pode dizer que o time sofreu. A não ser o torcedor, envolvido emocionalmente com a partida, ninguém cogitou que a vitória deixasse de estar com o time paulista. Excluindo os gols, a partida teve duas jogadas de destaque, ambas palmeirenses. Erik perdeu no primeiro tempo e Rafael Marques viu o zagueiro salvar já no final da partida. O Coelho não criou nada que merecesse sorte melhor no jogo (e também no campeonato).

Nessa altura do campeonato valem mais três pontos na conta do que o espetáculo que, diga-se, merecia a linda torcida palmeirense lotando o Estádio do Café. A propósito, se o aluno fosse realmente o Palmeiras ele passaria de ano nesta tarde. Contudo, tirando 4,8 e precisando de um arredondamento.

O DESTAQUE: Em uma partida muito ruim tecnicamente, o destaque fica com Alecsandro. Mais do que o gol, pela situação que o jogador precisou passar nos últimos meses. E menção honrosa, mais uma vez, para a torcida palmeirense que encheu o estádio paranaense.


BOLA MURCHA: Apesar de ter sido escalado para fazer uma função mais avançada, coisa que certamente prejudicou seu desempenho, Moisés passou longe das boas atuações que costuma apresentar. Não se escondeu do jogo, mas não parecia inspirado e pouco acertou – como praticamente todo time.

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