Nem nos meus piores pesadelos poderia imaginar que depois de estarmos a
uma vitória sobre o Santos para chegar ao G4, conseguiríamos conquistar apenas
um ponto de 12 possíveis e cairmos para a NONA posição. Ainda tivemos que
aceitar uma decisão vergonhosa do STJD no caso da interferência externa. É
tanta coisa que é melhor ir falando aos poucos.
Nos últimos quatro jogos perdemos para Santos, Flamengo, São Paulo e
empatamos com o Coritiba. Considerando a posição na tabela dos dois primeiros,
não podemos dizer que era nossa obrigação ganhar. Se saíssemos da Vila com um
empate estaria de bom tamanho. Se tivéssemos feito valer nosso mando de campo,
conseguiríamos pelo menos um empate também com o Flamengo. Só esses dois pontos
já seriam suficientes para nos levar à mesma pontuação do Corinthians e colar
no G6. Agora, perder para o pior São Paulo dos últimos 15 anos de virada em
casa e empatar com o Coritiba com um a menos desde o final do primeiro tempo é
inaceitável.
Esses últimos jogos mostraram a clara deficiência do Flu no sistema
defensivo, principalmente em bolas aéreas. Parece que não treinamos marcação em
cobranças de falta e escanteios. Toda bola levantada é um desespero. Nossos
laterais não sabem se posicionar, os volantes são lentos e os zagueiros sempre
deixam o atacante subir antes. Não bastasse esses problemas lá atrás, na frente
não estamos melhor. Toda falta a nosso favor que é levantada na área têm uns
quatro impedidos. Não é possível que o Levir não pegue o replay dos lances e
mostre a todos quando que deve começar a movimentação e onde eles devem esperar
a cobrança de falta. Todos nossos cabeceadores estão meio corpo na frente em
vários lances durante uma mesma partida. Deixamos de aproveitar boas chances
porque não sabemos a hora de correr.
Outro problema é a falta de definição de Levir. Cada hora jogamos com
uma escalação diferente. O time já não tem qualidade e ele fica inventado jogo
sim, jogo também. Cícero já jogou de volante e meia; Douglas já jogou de
primeiro e segundo volante; já jogamos sem centroavante e quando jogamos com
algum homem de referência, não definimos qual é o titular... A única certeza é
que se o Scarpa não tiver inspirado, não ganharemos.
Saindo de dentro das quatro linhas para falar do Fla-Flu nos tribunais,
é lamentável um órgão que se diz de justiça desportiva não aplicar as regras
que constam no regulamento da competição. É completamente proibido que o
inspetor de arbitragem se comunique com o juiz, ainda mais avisando que o gol
foi irregular (como provado na reportagem do Esporte Espetacular),
caracterizando interferência externa. Pior ainda foram comentaristas não só
defenderem a ilegalidade como acusaram o Fluminense de querer sempre levar
vantagem no tribunal.
Voltando ao campo, fica a expectativa para os últimos seis jogos.
Jogaremos com times que estão lutando contra o rebaixamento e teremos um
confronto direto com o Atlético Paranaense. Não está tudo perdido ainda, mas
cabe apenas ao Flu recuperar o bom futebol.
Saudações Tricolores
Matheus Garzon
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