É difícil deixar a calculadora de lado faltando apenas três
partidas para o final do campeonato, ainda mais quando, na pior das hipóteses,
o Palmeiras precise vencer apenas dois dos seus três jogos – e isso
considerando que seus perseguidores (que possuem um confronto entre si)
mantenham 100% de aproveitamento.
O empate conquistado em Belo Horizonte é muito mais
importante do que parece. Um desavisado que pegasse a tabela entenderia que a
rodada foi ruim para o Palmeiras, mas vale lembrar, os seus principais rivais
tinham jogos fáceis e o adversário do Verdão era o poderoso Atlético-MG, time
com um dos melhores times e elencos do país – quiçá o melhor.
A pressão inicial do Galo é até aceitável considerando o
poderia ofensivo dos mineiros. Robinho, Fred e Luan, com direito a Cazares e
Pratto no banco, são de assustar qualquer defesa, mesmo a melhor do campeonato.
Foram quinze minutos de terror, período este em que o time parecia destinado a
sofrer o primeiro gol da partida.
Por outro lado, se ataca muito, o Galo tem uma defesa com
uma quantidade elevada de gols sofridos – e o Verdão um dos melhores ataques.
Não é mero acaso, evidentemente, e em uma das raras escapadas ofensivas, Dudu
achou Gabriel Jesus. Gol e choro. Choro de emoção, choro de alívio. Choro que
foi acompanhado por lágrima de muitos palmeirenses espalhados pelo Brasil. 1x0.
Gabriel Jesus voltou a marcar pelo Verdão. (Foto: Globo Esporte) |
O Atlético não chegou a sentir o gol, mas a pressão não era
a mesma. Como não era mesma a sensação palmeirense de antes do início do jogo
(e principalmente ao longo dos primeiros quinze minutos): a vitória era
possível. Melhor organizado no segundo tempo, as chances atleticanas
diminuíram, enquanto que as palmeirenses aumentaram.
Ironicamente, o gol de empate veio em um dos momentos de
maior dificuldade criativa do Galo na partida. Pratto, que acabara de entrar,
empatou após cruzamento de Robinho. Imaginava-se uma pressão que não aconteceu.
Exceção feita a uma boa chance de Fred, o jogo ficou mais equilibrado.
Na reta final, foram três ótimas oportunidades de vencer a
partida. Talvez não fosse justo pelo que jogou o time mineiro, mas o fato é que
Vitor Hugo perdeu uma chance incrível no último lance da partida. O empate
ficou com gostinho amargo por esse lance, mas deve ser comemorado: mantém duas
rodadas de frente para o vice-líder. Mais do que nunca, o Palmeiras só depende de si. E que venha
o Botafogo!
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