Giroud comemora o seu gol. (Foto: Action Images via Reuters) |
A maré não estava puxando para o nosso lado. As
últimas duas atuações foram o estopim para que a gente começasse a se perguntar
se aquilo já seria o nosso atestado de óbito e que iríamos morrer por ali
mesmo, no meio do campeonato. Tudo dependia desse jogo contra o bom time do
West Bromwich. Todos esperavam uma boa atuação e uma vitória larga no Emirates
para que o Arsenal mostrasse que ainda tem muito a oferecer na competição.
Dos males, o menor: o Arsenal começou atacando muito,
colocando pressão na defesa dos Baggies, como era aquilo que todos imaginavam.
Com Giroud centralizado, Iwobi e Alexis deram trabalho para a defesa; com Xhaka
e Coquelin em uma boa noite, Rondón não teve vez. Era o cenário perfeito para
aquela vitória larga que eu tinha falado antes e tudo estava se encaminhando
pra isso. Estava. Faltou combinar com o goleiro Ben Foster.
Quando a bola não parava nas mãos do arqueiro, parava
na trave - em chute de Alexis após linda jogada dentro da área. O inglês foi
uma das principais causas para manter o placar sem gols, já que o Arsenal
conseguiu criar algumas chances. Com isso, o jogo se tornara perigoso: com os
Gunners atacando tanto, o West Brom poderia matar o jogo em algum
contra-ataque, e eu aposto que esse foi o cenário que passou na cabeça de
muitos torcedores que estavam assistindo a partida.
Momento em que Giroud conseguiu superar Ben Foster. (Foto: Getty Images) |
Mas toda a apreensão mais tarde se tornaria alívio. Já
no final do jogo, Özil voltou a ser o Özil que estamos acostumados e colocou a
bola na cabeça de Giroud, que conseguiu mandar a bola no ângulo, em algo
indefensável até para o inspirado Foster. Era o gol que representava a vitória
- magra, mas com certeza uma vitória importantíssima - e que podia mostrar que
a maré pode começar a puxar ao nosso favor de novo.
Alívio por voltar a vencer e pelo fim desse tenebroso
mês de dezembro. Voltamos a vencer, e isso era o mais importante. No nosso
caso, vencer por um a zero ou por dez a zero não faria diferença. O campeonato
continua e o Arsenal mostra que não está morto e continua na caça dos times à
sua frente. Sinto-me aliviado em saber que os jogadores souberam ler a nossa
situação e jogaram tudo o que podiam, eles representam o sonho de cada de
torcedor, que também continua vivo. E que venha o Crystal Palace.
P.S.: Eu, colunista
representando o Linha de Fundo, desejo um Feliz Natal (atrasado) e um próspero
ano novo para todos, e que em 2017 as crônicas continuarão rolando, obrigado
por todo o apoio.
Autor: Sergio Santana
0 Comentários