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Fio de esperança

Forte calor, dois times dentro da zona de rebaixamento e pressão sobre os treinadores. O clima da partida entre Capivariano e Taubaté na Arena Capivari foi quente.

Desde o primeiro minuto as duas equipes demonstraram que a tarde seria longa para seus torcedores. Em duas etapas distintas, melhor para o Burro da Central que após quatro jogos sem vencer fez 2x1 e voltou a somar três pontos, subindo na tabela de classificação.

Célio Gabriel realizou sua estreia no gol do Burro da Central. Foto:Bruno Castilho/EC Taubaté
O técnico Evaristo Piza foi o personagem da partida. Contestado em Taubaté, o treinador levou o time de Capivari para elite do futebol Paulista em 2014. Na segunda etapa, quando o placar já estava favorável ao Alviazul, Piza foi expulso após dar um bico na bola após pelota sair pela linha lateral. Na saída de campo, o treinador discutiu com torcedores da casa no alambrado. Os dois lados acusaram terem sido agredidos.

Retirado de campo, Piza foi acompanhar os minutos finais das arquibancadas, ao lado da torcida taubateana. Poucos minutos depois, o zagueiro Júnior Campos, também expulso, foi lhe fazer companhia junto à torcida. Guardada as devidas proporções, a situação lembrou Tite nas quartas de finais da Libertadores de 2012 diante do Vasco. Ali a torcida era para o Taubaté, independente das severas críticas recebidas pelo comandante nos dias anteriores. Todos estavam jogando juntos.

Na raça e na grande atuação do goleiro Célio Gabriel (finalmente titular!) o Burro segurou a vitória. Com o apito final, alivio e um início de esperança de que o Taubaté finalmente embale.

Preocupado com a segurança, visto que os jogadores e a comissão técnica taubateana ficaram presos no gramado por cerca de até dez minutos após o encerramento do jogo, os torcedores abraçaram o time até a descida para os vestiários. Quem sabe uma nova história comece a ser escrita a partir de agora para equipe na temporada. Mas o certo que ainda tem muito que ser melhorado!

Observações

1. Na minha postagem anterior a partida, citei que eram necessárias mudanças em todos os setores da equipe. E elas vieram. Na camisa 1, Célio Gabriel mostrou que tem que ser titular. O gol sofrido na cobrança de falta é discutível, mas o goleiro mostrou estar em melhor momento que o então titular Mauricio. Tiago Tremonti e Léo Aro precisavam momentaneamente sair da equipe. São ótimos jogadores, mas o banco os chamavam nesta rodada. Rychely, finalmente recuperado de lesão, fez seu primeiro jogo como titular. Marcou um gol e se doou pelo time.

2. No ataque, Éverton mostrou que veio para deixar seu nome no clube. Ainda é cedo claro, mas em seis jogos, o atacante marcou quatro gols, mostrando a fama de goleador que o fez ser ídolo na Primeira Divisão da Holanda.

Éverton marcou gols nas últimas quatro partidas da Série A2. Foto: Bruno Castilho/EC Taubaté
3. O torcedor novamente foi mal tratado nos estádios do interior. Após percorrer os 255 km que separam as cidades de Taubaté e Capivari, os taubateanos sequer tinha água no setor visitante. A organização parecia pouco se importar com os 34 graus na sombra. Após muita cobrança, no intervalo, um ambulante vendendo garrafinhas com o valor de R$5,00 fez a festa. Minutos depois, e de muita reclamação com representantes da Federação, duas caixas com copinhos de água foram dadas aos torcedores, que também tiveram dificuldades para entrar na Arena, pois apenas quatro policiais faziam a vistoria em todos os portões de entrada. Boa parte dos visitantes, não mais do que 30, entrou no estádio já com a bola rolando. Imagina se fosse jogo de grande público! Ah, a catraca eletrônica também apresentou defeito. 

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