Faz hoje 113 anos que um grupo nobre e brioso, de
jovens rapazes, se reuniu na Farmácia Franco, em Lisboa, para assinar a ata de
constituição do Sport Lisboa e Benfica. Conta à história que se encontraram
pela manhã, fizeram aquilo que mais gostavam: Treinaram, jogaram à bola, depois
almoçaram em união e decidiram fazer nascer um clube... O nosso clube. O clube
de minha família e o de milhões de portugueses em Portugal e espalhados pelo
mundo afora, que também é a minha família.
Nunca me esqueço, quando era pequeno e via meu avô,
meu pai e meu tio todos os fins de semana sentados em frente à TV reunidos
olhando a TV assistindo um jogo de futebol, sempre o do Benfica. Vivíamos em
Portugal e o resultado do jogo era o necessário para fazer com que o humor de
meus entes fosse definido para a semana, tratando-se de dérbi (contra o
Sporting) ou o clássico (contra o Porto) duplicava-se a razão para a alegria em
caso de vitória benfiquista ou tristeza e raiva em caso de derrota.

A mística foi tomando conta de mim, e meu avô, meu pai
foi me explicando o que era o Benfica, o que o Benfica representava para
Portugal, para o futebol português, mesmo eu tendo uma infância e juventude
onde o Porto começou a crescer, o Benfica e a sua Águia sempre foram o emblema
com mais títulos em Portugal, a equipe que primeiro venceu uma Liga dos
Campeões Europeus em cima de Barcelona e depois do fantástico Real Madrid de Di
Stéfano e Puskas. E claro, foi a equipe que foi a pedra fundamental para a
Seleção Portuguesa da Copa do Mundo de 1966, que eliminaria o Brasil atual
campeão mundial da época. E não havia como me deixar não me envolver com a
paixão de meu avô e meu pai que me contavam a história dos encarnados com tanta
paixão, eu via em seus olhos. Eu nasci pra ser benfiquista.

Inclusive Eusébio, ídolo máximo do Benfiquismo,
presente nas principais conquistas benfiquistas destes 113 anos, acabou se
tornando o meu grande ídolo no futebol, mesmo sem eu nunca ter visto jogar ao
vivo, e isto é uma coisa que vem com um benfiquista. Todo benfiquista (acredito
que até todo português) tem essa admiração, respeito, carinho e idolatria com o
"King". Afinal, foi ele quem fez o Benfica e o futebol português
alcançarem um patamar superior.
O patamar do Benfica hoje conta com um palmares de: 2
Ligas dos Campeões da UEFA, 35 Campeonatos Portugueses, 25 Taças de Portugal, 6
Supertaças de Portugal, 7 Taças da Liga, 3 Campeonatos de Portugal. Somando
assim, 78 troféus conquistados no futebol tornando-se assim na modalidade o
maior campeão de Portugal.
Se o Benfica conseguiu essa galeria de títulos, se
deve muito à seus torcedores. A claque maravilhosa que o Benfica tem, no seu
magnífico estádio. Transformam a Luz, num verdadeiro inferno, a torcida
fanática é uma verdadeira válvula que bombeia os jogadores a conseguirem os
objetivos. Por isto o Benfica segue vivo, nos três campeonatos nesta época:
líder do campeonato português segue nas oitavas de final, da Liga dos Campeões
da Uefa, rumo ao tri, e busca o 26º título da Taça de Portugal onde já está na
semifinal.
Com tudo isso dito, gostaria de agradecer ao meu pai e
ao meu avô por me passarem toda a mística benfiquista. À Cosme Damião por ter
sonhado e fundado o Sport Lisboa e Benfica e claro a todos os jogadores que
fizeram parte dessa história colossal que envolve o Glorioso Encarnado.
Ah, hoje o Benfica jogou venceu por 2 a 1, o Estoril
fora de casa, válido pelo primeiro jogo das semifinais da Taça de Portugal.
#CarregaBenfica
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