Não foi um grande jogo do Palmeiras em sua estreia oficial em 2017, mas
terminou como muitos jogos de 2016 em que não jogamos tão bem: Com vitória.
Importante especialmente para Eduardo Baptista que conseguiu sua primeira
vitória e evita críticas que seriam certas em caso de iniciar com tropeço.
Os primeiros jogos contra times do interior são sempre mais complicados
em função da questão física. Ela pesou bastante a partir dos trinta minutos do
primeiro tempo, em especial por conta do forte calor que fez em São Paulo.
O começo foi muito bom com boa movimentação, troca de passes e chances
criadas. Aos poucos, a marcação do Botafogo se acertou e o Verdão começou a
cansar. Ainda sem o entrosamento inicial, alguns erros bobos foram vistos. A
reta final do primeiro tempo lembrou times horrorosos de 2012 e 2013, quando o
alviverde não conseguia ficar mais de um minuto com a bola.
De novidade, além das novas peças e do esquema levemente alterado, a
alternância de posições – fato raro no Palmeiras de Cuca. Roger Guedes jogou um
pouco na esquerda, Dudu foi centralizado, Veiga foi jogar aberto na direita.
Funcionou muito mal ontem, mas tende a ser uma ótima alternativa para confundir
a marcação adversária com o tempo e com treinamentos/entrosamento.
Tchê Tchê comemora com Felipe Melo o gol da vitória. (Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação) |
No ataque, principal dúvida dos onze titulares,
William foi bem. Não teve nenhuma chance de gol, mas participou, saiu da área e
até criou uma boa chance que quase resultou em gol. Jogos com times muito
retrancados, como ontem, devem ter um centroavante mais fixo como Alecsandro.
O lado negativo foi a marcação pelas laterais: Tanto
Jean, quanto Zé Roberto tiveram várias situações de perigo ao longo do jogo e
que deram alguns sustos na torcida, fruto também do novo estilo de marcação que
não encaixou. O espaço entre as linhas foi se desorganizando com o cansaço
também, nada muito diferente do esperado.
O segundo tempo foi ainda pior fisicamente e tornou o
jogo fraco tecnicamente. Na única chance de gol, Tchê Tchê bateu com a esquerda
e marcou o gol da vitória. Uma cena que deve se repetir bastante com o seu novo
posicionamento mais ofensivo. De resto, valeu mais pelo grito do Felipe Melo
que, como de costume, agradou muito a torcida e fez a imprensa ter mais um
chilique.
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