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Liverpool 3-1 Arsenal: Há algo muito errado acontecendo

A partida contra o Liverpool, válida pela vigésima sétima rodada da Premier League, era nossa primeira pela competição depois de três semanas. O jogo prometia ser muito difícil, pois além de termos que jogar fora de casa contra o time que mais pontua enfrentando os seis primeiros colocados e da ausência confirmada do nosso maestro Mesut Ozil, uma notícia, pouco antes de a partida começar, pegou todos de surpresa: Alexis Sanchéz começaria no banco; mas disso eu falarei depois.

Alexis Sanchez smirk
Duas das muitos reações de Sanchéz durante a partida (Foto: BT Sport/Getty)
Assim como prometido, a partida foi realmente muito difícil, especialmente na primeira etapa. Sem Sanchéz, as esperanças ofensivas do Arsenal ficaram por conta de Giroud, Welbeck e Iwobi, mas assim como o resto do time, nada conseguiu fazer nos primeiros 45 minutos além de assistir o Liverpool jogar. Logo aos nove minutos, Sadio Mané encontrou Roberto Firmino sozinho na área, que com facilidade, colocou os Reds em vantagem. Pela intensidade do futebol apresentado pelo Liverpool, 1x0 era pouco, Petr Cech teve que fazer boas defesas para evitar que o os donos da casa abrissem uma larga vantagem, entretanto, aos quarenta, Mané e Firmino trocaram de papéis, dessa vez o brasileiro que encontrou o senegalês sozinho na área, e nosso arqueiro não foi capaz de evitar mais um gol. Descemos para o intervalo com uma desvantagem de dois gols e um futebol pífio até então apresentado.

Para o segundo tempo, uma única, mas crucial mudança na equipe: Sanchéz, que entrou no lugar de Coquelin (seguramente o pior jogador em campo). E em somente três minutos da segunda etapa, fomos capazes de criar mais perigo do que na primeira inteira; após cruzamento, Giroud cabeceou e obrigou Mignolet a fazer uma defesa espetacular para salvar a meta dos Reds, e se o gol não veio, a chance pelo menos serviu para mostrar que havíamos voltado do intervalo mais ligado no jogo. Aos 57’, iniciou-se uma possível reação Gunner, quando Welbeck, após receber belo passe de Alexis, deu um toquinho astuto na bola para encobrir o goleiro Mignolet e descontar para o Arsenal. Infelizmente, a reação não passou disso, e por mais que tenhamos conseguido emparelhar o jogo, não fomos capazes de ser efetivos e o único gol que vimos depois do de Welbeck foi o de Wijnaldun, que já nos acréscimos, somente concluiu a aula de contra-ataque orquestrada por Lallana e Mané e colocou números finais no jogo.

"Welbeck, após receber belo passe de Alexis, deu um toquinho astuto na bola para encobrir o goleiro Mignolet" (Foto: Twitter @Arsenal)
Fica nítido que há algo errado acontecendo quando uma derrota em clássico para um concorrente direto fica em segundo plano. O que todos realmente queriam saber é: Por que diabos Wenger deixou o craque do time, o jogador mais efetivo do campeonato, aquele que não tem medo de chamar a responsabilidade no banco de reservas? Isso realmente ninguém entendeu. Alguns torcedores mais otimistas acreditaram nas palavras do técnico quando o mesmo disse que optou por bancá-lo por preferir priorizar o jogo aéreo, mas sejamos sensatos, isso não faz sentido, ainda mais em uma partida importante como essa de sábado e sem nosso outro principal jogador, Ozil.

Já há alguns dias, vinha circulando na imprensa um boato de que o chileno poderia deixar o Arsenal ao fim da temporada. Outro boato diz que Sanchéz e Wenger tiveram um grande desentendimento, e que Alexis já teria deixado claro sua vontade de trocar de clube. Se é verdade ou não algum desses boatos, não é tão simples saber, mas para muitos Gooners, esses 45 minutos que o chileno ficou no banco de reservas só serviram para dar mais força para uma possível saída do chileno do clube.

O jeito agora é levantar a cabeça e seguir em frente, afinal o Arsenal é maior que qualquer jogador. Entraremos em campo novamente na terça-feira, diante do Bayern pela Champions League, onde teremos a dificílima (mas não impossível) missão de reverter um placar de 5x1. Que a atmosfera do Emiretes dê força para nossos jogadores.

Por: Matheus Moraes // Twitter: @mathmoraees

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