NĂ£o venho aqui para fazer o mesmo que todos vĂªm
fazendo: CrĂticas Ă³bvias Ă equipe. É clara e evidente a fraqueza deste Arsenal
2017 e, nĂ£o Ă© preciso escancarar ainda mais todos estes problemas com texto
pronto para apontar os defeitos do time. É algo inacreditĂ¡vel o que estĂ¡
acontecendo, pois estamos conseguindo – nĂ£o sei como – piorar ainda mais a
situaĂ§Ă£o. JĂ¡ tivemos nossas fases ruins e nossos momentos de “crise” em outras
temporadas nessa era Wenger, mas de forma tĂ£o vexatĂ³ria e humilhante como tĂªm
sido, principalmente nesses Ăºltimos meses, nunca antes foi visto.
AlĂ©m dos resultados que sĂ£o pĂ©ssimos, desta vez
estamos falhando até mesmo em apresentar um bom jogo contra equipes menores. A
falta de padrĂ£o e organizaĂ§Ă£o do time assusta. SĂ³ nĂ£o assusta mais que todas as
incertezas que rodeiam o Arsenal. JĂ¡ estamos em abril e nĂ£o temos plano algum
para a prĂ³xima temporada.
Cheguei a acreditar que, apĂ³s tantas frustrações,
encontrarĂamos um caminho de recuperaĂ§Ă£o no campeonato. AtĂ© voltamos a
apresentar um bom futebol depois de muito tempo na Ăºltima quarta-feira contra o
West Ham, quando vencemos por trĂªs a zero em casa; isso, apĂ³s termos mostrado
um espĂrito de luta para buscarmos o empate por duas vezes contra o Manchester
City trĂªs rodadas antes. Neste Arsenal, no entanto, nĂ£o se pode confiar...
Nesta segunda-feira (10), visitamos o Crystal Palace
no Selhurst Park, pela 32ª rodada da Premier League. A vitĂ³ria era
absolutamente viĂ¡vel, jĂ¡ que os Eagles tĂªm um dos piores desempenhos jogando em
casa na competiĂ§Ă£o e, Ă© um dos maiores fregueses do Arsenal e de Wenger. O que
vimos, entretanto, foi mais um vexame dos Gunners.
Uma noite para ser esquecida... mais uma na temporada (Foto: Arsenal Worldwide). |
O Arsenal, mais uma vez, entrou desfalcado: Petr Cech,
David Ospina e o capitĂ£o Koscielny, baixas recentes da equipe – todos
lesionados. NĂ£o seria um problema, jĂ¡ que tanto Emiliano Martinez, quanto
Gabriel entraram bem na equipe e foram destaques na Ăºltima partida – o
argentino, aliĂ¡s, Ă© um dos poucos pontos positivos dessas Ăºltimas semanas e com
certeza, merece mais atenĂ§Ă£o por parte do clube.
Apesar da imensa superioridade do Arsenal na posse de
bola – como quase sempre –, o time pouco produziu ofensivamente e,
defensivamente, sofreu com o ataque do Palace, principalmente na segunda etapa.
Townsend abriu o placar logo aos dezesseis minutos de jogo apĂ³s cruzamento de
Zaha. No segundo tempo, as coisas sĂ³ pioraram. Os donos da casa encurralaram o
Arsenal em uma pressĂ£o insuportĂ¡vel e, assim como no primeiro tempo, pouco
antes dos vinte minutos, aos dezessete, o Crystal Palace marcou mais um.
Novamente depois de jogada de Zaha, desta vez o autor do gol foi Cabaye, que
acertou um belo chute para aumentar a vantagem dos mandantes. O terceiro gol
nasceu de um pĂªnalti, cinco minutos depois. Martinez derrubou Townsend na Ă¡rea.
Milivojevic bateu bem e definiu a vitĂ³ria do Palace. Um 3x0 categĂ³rico. A maior
vitĂ³ria dos Eagles no confronto em toda a histĂ³ria.
Devo confessar que, assim como todos os fĂ£s do
Arsenal, jĂ¡ nĂ£o aguento mais essa histĂ³ria de: Ter que erguer a cabeça e seguir
em frente apĂ³s mais um revĂ©s, mas principalmente, apĂ³s mais uma apresentaĂ§Ă£o pĂfia de uma equipe tĂ£o valorizada.
Seguiremos, Ă© bem verdade, afinal, este Ă© nosso clube, o que amamos e
acompanhamos sempre, mas nĂ£o Ă© mais possĂvel tratar com tanta passividade o que
vĂªm acontecendo – ISSO NĂƒO É NORMAL. NĂ³s precisamos de mudanças no clube, de
uma nova mentalidade e, talvez sim, de novos profissionais, que sejam capazes
de levar este clube de volta ao seu lugar: No topo, brigando por tĂtulos e
sendo campeĂ£o.
Por: Thalles Monari // Twitter: @_thallesmonari
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