Curitiba, PR, 18 - O desbravamento da América respirou, com aflição e
euforia "El Paranaense" sobreviveu ao grupo da morte.
Banco foi imprescindível. Reprodução/Jonathan Campos/Gazeta do Povo.
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A fria manhã da capital paranaense amanheceu quente de
amor! Curitiba se pintou de vermelho e preto, cores que representam o orgulho
de uma nação, um amor imensurável chamado Furacão, o temido "El
Paranaense" e sua sede por história. DNA de superação, disposição e
conquistas: A camisa Rubro-Negra só se veste por amor.
Amor não se explica, não se entende, se vive. Amor não
é paixão, daquelas de um só verão. O amor é posto à prova, testado
insistentemente, sofre interferências externas, percalços, aflições e alegrias,
emoções e frustrações, sem jamais morrer, sem nunca diminuir, sem nunca ser
traduzido.
Dia 17 de Maio de 2017. Esse dia ficará marcado na
história do gigante CAP, um dia de sofrimento, apreensão, alegria, frustração e
estase. Todo esse mix de sentimentos foi vivido em uma batalha épica, um
sentimento chamado Libertadores. Santiago do Chile foi palco de um ato alegre e
sofrido, desfecho feliz para o Atlético no grupo mais complexo do torneio.
O esporte é cíclico e inevitavelmente vive de
momentos, críticas e elogios são coisas comuns e que se intercalam de maneira
veloz. Há exatos quatro dias, uma derrota abalava a estrutura do Furacão,
questionamentos mil foram levantados, Autuori teria perdido a mão? O elenco
estava rachado? São coisas que estão aí, acontecem rotineiramente e estão
entranhadas na cultura do futebol e quem trabalha com o esporte em alto nível,
já vivenciou as diversas situações em suas carreiras. Diferente de críticas,
penso que analisar trabalho, pedir que rolem cabeças no calor da emoção, apenas
por ocasião de uma partida é algo simplista, e isso sim deveria ser extinto no
Brasil.
Hoje o entendimento é que o planejamento de poupar em
partidas prévias à Libertadores, partidas essas onde o CAP foi presa fácil,
frágil defensivamente, no final das contas valeu muito a iniciativa. O CAP
jogou com seus jogadores experientes, muitos contratados para a disputa da
competição continental, demonstrando brio e em nenhum momento abatimento com os
fatos que se sucederam. Posto tudo isso, a vaga é do Atlético.
Furacão gigante. Foto: Reprodução. |
Eram nove combinações possíveis em grupo que
possibilitava chances de classificação para os quatro times, as cartas estavam
lançadas e tudo poderia ocorrer. Ao jogo, o Furacão iniciou bem, teve
oportunidades e pecou na finalização ou mesmo no passe final, o castigo veio
próximo ao término do primeiro tempo, Santiago "tanque" Silva fez
1-0, placar definitivo da etapa inicial.
O segundo tempo trouxe um Atlético que não esmoreceu e
se manteve persistente, tentando mudar a situação. No outro jogo do grupo o
Flamengo vencia o San Lorenzo, com esse resultado o empate daria a
classificação ao Furacão. Depois dos 30 minutos veio o alívio, Eduardo da Silva
entrou na partida para empatar o jogo, o Atlético se classificava, mas isso
durou apenas 30 segundos, isto porque, o San Lorenzo empatara a partida.
Com isso, só a vitória interessava. O triunfo tomou
forma em uma contra golpe mortal, Douglas Coutinho que também havia sido
lançado no segundo tempo, bateu na saída do arqueiro chileno. A partida se
aproximava do término, e como um anticlímax aos 40 minutos novo empate, 2-2.
Novamente a vitória era necessária e se materializou fria e letal com Carlos
Alberto, mais uma substituição de Autuori, final 3-2 CAP e classificação assegurada
na raça, heroica, na garra, na experiência, no jeito Libertadores de se jogar.
O Furacão aguarda a definição dos demais classificados e posterior sorteio do
próximo adversário.
Por @carlosjr92educa
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