Com a cabeça na Libertadores: Atlético é atropelado na estreia do
Brasileirão em Salvador.
Irreconhecível, CAP sucumbe ao Bahia. Felipe Oliveira / Divulgação / E.C. Bahia |
Com certeza o torcedor do furacão que não acompanhou a
partida inaugural do Brasileirão, contra o Bahia, ao tomar conhecimento do
resultado, caiu da cadeira. Beira o quase inacreditável, tomar quatro gols em
apenas sete minutos, o pior, vencíamos a partida até este "apagão".
6-2, a primeira coisa que me passou pela mente foi o fatídico Brasil x Alemanha
da Copa de 2014.
O que aconteceu com o Furacão? Devolvam-nos aquela
solidez defensiva do ano passado. Autuori perdeu influência no vestiário?
Jogadores não estão na melhor de suas temporadas? Existe um racha no grupo? Não
vou especular o que de fato acontece no CT do Caju, mas não foi esse o Atlético
que conseguiu a vaga na Libertadores.
Sobre o jogo não há o que dizer. Esse placar
exageradamente dilatado salta aos olhos, não tem como defender algo. O que foi
exaltado como um notável ponto positivo para o Atlético, a continuação, a
manutenção do trabalho com a permanência de Paulo Autuori no comando técnico do
Rubro-Negro, parece ter descido a ladeira. Nem de longe esse Atlético lembra o
de 2016.
Sim, seria
oportunista dizer que a temporada não é boa somente pelo jogo de ontem, quando
o CAP poupou vários jogadores vislumbrando a batalha por uma vaga as oitavas da
Libertadores. Não, não é apenas pelo histórico vexame em Salvador, às atuações
falam por si, aliás, não tem falado ultimamente. A base do elenco foi mantida,
com algumas adições festejadas que seriam as contratações do salto de nível,
qualificando o plantel. Chegaram Jonathan, Eduardo Henrique, Douglas Coutinho,
Luis Henrique, Carlos Alberto, Gedoz, Grafite, Eduardo da Silva e mais
recentemente Guilherme, que até fez um dos gols do Atlético contra os baianos.
Guilherme estreou vestindo a camisa do CAP com gol. Marco Oliveira/ Atlético-PR |
Até agora, foram 28 partidas oficiais no ano, por
Paranaense (17), Libertadores (9), Copa do Brasil (1) e Brasileirão (1). A
defesa do Furacão foi vazada 34 vezes, 16 somente no campeonato estadual. A
título de comparação, até o presente momento, o Furacão sofreu mais gols do que
em todo o Brasileirão de 2016, onde obteve a melhor defesa do campeonato
juntamente com o campeão Palmeiras, 32 gols ultrapassaram o sistema defensivo
atleticano na disputa do Brasileirão passado. A baixada esta temporada também
não tem sido o caldeirão histórico, derrotas, muitos empates e vários gols
sofridos.
No meio de
semana o Furacão terá um compromisso decisivo, duelo de vida ou morte no Chile,
em Santiago contra a Universidade Católica. O elenco do CAP chegou nesta
segunda (15) em território chileno, onde concluirá a preparação para o embate
final do Grupo 4 da Libertadores, vencendo a classificação estará garantida,
independentemente do que ocorra no outro jogo do grupo entre San Lorenzo e
Flamengo, na Argentina.
Nikão desembarcou com a delegação de 22 jogadores no Chile. Reprodução/Site oficial do Atlético. |
Escalação do CAP x Bahia: Weverton, Jonathan (João Pedro), José Ivaldo, Cleberson, Marcão,
Sidcley, Eduardo Henrique, Bruno Mota (Matheus Rosseto), Guilherme, Douglas
Coutinho, (Nikão), Eduardo da Silva. Téc.
Paulo Autuori.
Próximos jogos do Atlético:
Libertadores: 17 de Maio -
21h45minh (hora de Brasília) - San Carlos de Apoquindo.
U. Católica x Atlético.
Brasileirão: 21 de maio - 16h (hora de Brasília) -
Arena da Baixada.
Atlético x Grêmio.
Por: @carlosjr92educa
Carlos Alberto de Sousa Júnior - Colunista do Atlético
Paranaense
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