Enfim, ele estava de volta! O homem que qualquer
palmeirense que se preze queria de volta durante o tempo em que esteve fora. O
homem que guiou o Palmeiras ao maior título de sua história recente. O homem é
Alexi Stival, ou simplesmente Cuca! E não havia melhor forma de ter nosso
comandante de volta: Allianz Parque lotado, futebol bonito e muitos gols,
convertidos em um sonoro 4 a 0 encima do Vasco. Reestreia memorável.
Cuca utilizou o mesmo esquema que obteve sucesso em
2016, armando o time com: Sandra; Marilene, Maria, Neusa e M. Andrezina;
Silvânia, Valquíria e Rosa; Dirce, Maria e Nicolasa. Não, esse não era nenhum
tipo de time feminino, era apenas uma homenagem do Palmeiras para o dia das
mães, com o nome da mãe de cada jogador nas camisas de Prass, Jean, Mina, Edu
Dracena, Zé Roberto, Felipe Melo, Tchê Tchê, Guerra, William, Dudu e Borja,
respectivamente.
A torcida,
mais que empolgada, clamava não apenas por uma vitória, mas também por um show,
um futebol convincente. E esse show começou a ser montado logo aos quatro
minutos, quando Dudu invadiu a área e foi derrubado por Jomar; pênalti para o
Palmeiras. Jean bateu forte no canto direito para abrir o placar. Após o baque
do primeiro gol, o Vascou tentava igualar o jogo, mas dificilmente oferecia um
perigo real à meta de Fernando Prass. Nas ocasiões que exigido, nosso goleiro
deu conta do recado. Pelo nosso lado, continuávamos tentando impor o jogo, mas
esbarrávamos no preciosismo. Foi então que aos 40’, Tchê Tchê acha Jean, que
invadiu a área e chutou para a defesa de Martin Silva, no rebote, Guerra mandou
para o fundo da rede para fazer 2 a 0. No fim da primeira etapa, a melhor
chance do Vasco: Prass tocou para Jean, o lateral se confundiu com a bola e
entregou de presente para Douglas, que de frente com Fernando Prass, acertou o
travessão. A essa altura, Cuca já tinha invertido as posições de Jean e Tchê
Tchê. O primeiro tempo acabou com dois gols de vantagem para o lado alviverde.
Jean celebra seu gol. (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação) |
Na segunda etapa, voltamos mais incisivos, aplicando
um futebol bonito e muito vertical, sem dar chances ao Vasco. Logo no primeiro
minuto, Tchê Tchê recebeu pela direita e cruzou para Borja completar de cabeça.
3 a 0 Palmeiras! Na comemoração, todo o banco de reserva mostrou-se solidário a
Borja, abraçando-o em forma de apoio. Depois do terceiro, chances não faltaram
para logo marcarmos o quarto, mas o goleiro rival impedia que marcássemos mais
um. No meio do segundo tempo, Cuca trocou William por Fabiano, relocando Tchê
Tchê para o meio-campo. Com o jogo se aproximando do fim, Dudu apareceu
driblando em direção à área e já dentro dela, foi derrubado mais uma vez por
Jomar. De pênalti, Borja fechou a conta. Ainda houve tempo para Keno e Roger
Guedes entrarem em campo nos lugares de Guerra e Dudu, mas o jogo acabou no 4 a
0 mesmo.
É claro que o time todo foi bem, disso ninguém duvida.
Chega a ser injusto querer nomear um único jogador exclusivamente como
responsável por uma vitória maiúscula como essa de domingo, mas em especial,
gostaria de destacar a partida de Dudu. Como jogou bola o camisa 7. Fez uma daquelas partidas onde não foi
preciso fazer gols ou dar assistências para ser o melhor em campo. Driblou,
balançou, gingou, sambou... Fez o que quis sobre a linha defensiva vascaína.
Mostrou-se diferente de alguns jogos anteriores, onde por vezes teve atuações
apagadas, mostrou-se novamente o protagonista. Tem tudo para evoluir cada vez
mais.
Outro fato bacana que envolveu a partida foi a
homenagem que o Palmeiras fez aos seguranças presentes na confusão generalizada
do dia do jogo contra o Peñarol, em Montevidéu. O presidente do clube, Maurício
Galiotte, entregou medalhas para cada um dos heróis que salvaram nossos
jogadores naquele dia. Belíssima atitude.
Dessa forma, iniciou-se não somente um novo ciclo de
Cuca no comando, mas também nossa campanha de defesa do título do Brasileirão.
O primeiro de 38 passos foi dado e, aliás, muito bem dado. Esperamos que com
Cuca, Borja possa recuperar seu futebol mostrado na Colômbia, que jogadores
como Dudu e Tchê Tchê voltem a jogar a bola de 2016 e principalmente, que o
Palmeiras finalmente encontre um padrão de jogo. Mas não há dúvidas que nosso
comandante é capaz de tudo isso e muito mais.
O Palmeiras volta a campo na quarta-feira (17), quando
enfrentará o Internacional no Allianz Parque em jogo válido pela Copa do
Brasil. Vamos à busca de mais uma vitória, Avanti!
Por: Matheus Moraes | Twitter: @mathmoraees
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