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O bom filho a casa torna

De volta ao lugar que não podemos mais sair, a primeira divisão do Brasileirão. O Vasco enfrentou o Palmeiras no último domingo e se viu fragilizado perante o adversário mais letal da competição. A diferença de orçamento, elenco e preparo técnico entre o Gigante da Colina e o Alviverde Paulista é gritante. O time se readaptou ao famoso "Cucabol" e voltou a ser o time compacto do ano passado, que foi reforçado com Borja e Guerra, que são nomes excelentes dentro do mercado sul-americano. Contudo, como aquela rodada já se foi, devemos focar nos próximos jogos e tentar somar o maior número de pontos para evitar situações como a dos anos de 2013 e 2015.

Colina Histórica no jogo de hoje (Créditos: globoesporte.com)
Hoje, por exemplo, a Colina histórica recebeu quase 20 mil presentes para nos incentivar num duelo contra o Bahia. Marcado por contra-ataques rápidos, muitas "pipocadas" por parte da defesa vascaína (Rafael Marques, Jean, Gilberto e Henrique), dribles bonitos, chances criadas, o 400º gol do Fabuloso, a estreia de Paulão e uma cena que nunca tínhamos visto antes, o camisa 10 da nau cruzmaltina no banco. Sim, Milton Mendes ousou e tirou o craque vascaíno por razões óbvias. A queda de rendimento de Nenê era nítida e ele precisa de um descanso urgente para retomar o bom futebol, pois nem mais a idade e o bom preparo físico são suficientes para o termos em sua melhor condição de jogo.

O jogo foi marcado por um Vasco dominante nos primeiros 25 minutos e depois nos deparamos com a apatia de sempre. Preocupante, pois ainda restava a segunda metade da partida. Contudo, no segundo tempo, a primeira mudança veio e mais um estreante apareceu: O zagueiro Breno. Sim, o Vasco contava agora com dois zagueiros que nunca haviam jogado juntos e que estariam se conhecendo durante o jogo. O grande problema disso foram as bolas aéreas, pois não havia sintonia entre o ex-Bayern de Munique e o outro estreante da partida, Paulão. Sim, não foi uma estreia dos sonhos, mas foi o famoso "deu para o gasto". Paulão foi um exímio Xerife e fez uma estreia segura, séria e sem muitos malabarismos. Jogava a bola pra fora quando precisava, chegava ao carrinho pra dividir e não se ausentou de marcar mais duro quando precisou.

LF após marcar o gol de numero 400 (Créditos: globoesporte.com)
O craque da partida, de muito longe, foi o arqueiro do Bahia: Jean. Uma exibição segura e com defesas milagrosas. A segunda finalização do Luis Fabiano, fingindo chutar com sua perna mais forte e chutando com a mais fraca, ele conseguiu chegar a tempo para defender a meta baiana. Foi uma atuação que deu gosto de ver. Agora, pelo lado do Vasco, Luis Fabiano fez uma partida decisiva quando precisou fazer contando ainda com uma assistência e um gol; apesar do Fabuloso não conseguir jogar no seu máximo potencial, o camisa 9, fez uma atuação muito boa para o seu atual padrão. Douglas continua melhorando e se mostrando um jogador que dificilmente ficará no Brasil. A sua inteligência dentro de campo e a qualidade no passe fazem com que ele seja uma grande promessa brasileira (e não só vascaína). Martin Silva foi o mesmo de sempre: Preciso, regular e com as mesmas dificuldades quando precisa sair jogando com os pés. Gilberto, apesar das irregularidades na defesa, foi irretocável no ataque: Subiu em todos as avançadas, dribles lindos, roubadas de bola, chutes a gol, cruzamentos; fazendo com que esta tivesse sido a sua melhor apresentação vestindo o manto cruzmaltino.

Tentativa de chute de Douglas (Créditos: globoesporte.com)
Mas mesmo que por somente um jogo, vimos hoje um Vasco mais compacto, que dominou boa parte do jogo, alternou o seu sistema tático em um 3-6-1 quando atacava e um 4-2-3-1 na defesa. Isso mostra, mesmo que pequena, alguma evolução existe. E o que nos resta é esperar para vermos essa nova zaga, Paulão e Breno, dar uma boa liga e, quem sabe num futuro próximo, melhores atuações do Gigante dentro e fora de casa.

Saudações Vascaínas e um Grande Abraço,

João Pedro Alves || @8_joaopedro
Linha de Fundo || @SiteLF

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